quarta-feira, 9 de abril de 2008
São Francisco e os Muçulmanos
A foto acima é de uma igreja em Foz do Iguaçu localizada em uma região da cidade conhecida como Grande São Francisco. Na rua principal do bairro, Avenida Mário Filho, está a igreja dedicada ao Santo, há uma imagem no canteiro central da avenida também dedicada ao santo e finalmente há a Igreja. Na foto se vê que aí, nesta representação ecumênica, se celebra uma ocasião em que São Francisco pregou para os muçulmanos.
Em uma rápida viagem pela internet encontrei menção deste evento interessante. Em um site cristão, pelo jeito fundamentalista e machista, diz que na ocasião, São Francisco participava na Quinta Cruzada "Cristã" contra os muçulmanos quando, se não me engano na Turquia, São Francisco atravessa a linha de guerra e adentra o acampamento "inimigo" para falar com o sultão al-Malik al-Kamil, que era também o general do Exéricito Muçulmano do Egito, Síria e Palestina.
O que fazia São Francisco em uma cruzada? Segundo o esse site fundamentalista cristão, São Francisco queria converter o sultão para o cristianismo. Os autores do site dizem ainda que São Francisco não tem nada dessa imagem de um asceta vestido de roupa hippie, tipo um bicho grilo, comedor de tofu do Partido Verde (Esse cara é republicano), seguido por passarinhos. O entrevistado do site é autor de um livro chamado São Francisco e a Conversão dos Muçulmanos.
Prefiro a versão que aparece na Igreja de São Francisco do bairro de São Francisco de Foz do Iguaçu. Vemos na foto, São Francisco, de pé, falando e um casal que escuta. Não vejo nada de exércitos. Esse é só o começo da pesquisa. Vou continuar procurando coisas. Embora a Igreja de São Francisco em Foz seja simples, eu creio que vale a pena uma visita. A Igreja organiza freqüentemente festas e eventos para arrecadar dinheiro. Há muito envolvimento entre a Igreja e a comunidade.
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Um comentário:
Bom, desculpe um comentário hiper-atrasado, mas acho que vale a menção.
Moro na região desde 1990, e lembro na infância que aquelas estatuetas foram, um dia, um mero - e simples - presépio permanente.
Como toda obra pequena, frágil e não cercada, foi vandalizada até ser reformada daquele jeito e "lançada" uma praga sobre os futuros vândalos da obra.
Não lembro qual salmo continha a praga (109,119?), mas com certeza não ajudou muito na minha formação pessoal ver uma igreja usar de maldições como arma no arsenal.
Até hoje eu vejo "o de azul" como a Virgem Maria.
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