segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Custódio Alfaiate - um personagem de Foz do Iguaçu

"Gustódio Alfaiate é meu nome político", disse o senhor acima vestido de capitão de embarcação. "Meu nome civil, de nascimento é Custódio da Silva". Conversei com o Custódio na Fundação Cultural, um bom lugar para encontrar gente com projetos. Falando com ele, descobri que ele nasceu em Minas Gerais e veio para o Paraná com os pais quando tinha cinco anos. A família veio para a região de Tamboara e Paranavaí. Lá se criou no campo na roça e aprendeu uma profissão: Alfaiate. Na última eleição foi candidato a vereador em Foz do Iguaçu. No bairro onde mora, disseram, fez 90% dos votos. Longo caminho para quem chegou em Foz em 1977 por causa da obra. "Não trabalhei na obra. Trabalhei indiretamente", disse explicando que abriu uma alfaiataria na Vila São Sebastião e costurava para os trabalhadores da obra em parceria com alguém que vendia cortes de pano lá no canteiro. A primeira vez que veio a Foz foi numa excursão em 1965. Era na época do "pau-de arara turismo". Hoje no que se refere à profissão, ele diz que está na reserva mas uma vez alfaiate sempre alfaiate e quando o dever chamar ele estará pronto. Ele gosta da profissão; ele diz que ganhou até diploma de consagração pública na época do presidente Ernesto Geisel por causa da profissão. Em Foz já deu até aula de costura em projetos sociais. "Eu não vou pagar aluguel de uma sala, mas se a prfeitura arranjasse uma sala eu daria aulas para ensinar uma profissão a quem precisa". Ele gosta da Marinha. Reclama porque nunca conseguiu ser atendido pelo comandante da Capitania Fluvial do Rio Paraná. Não consegui confirmar se ele já foi da marinha e nem consegui saber se ele já viu o mar. Fica para a próxima. O Custódio mora perto do Templo Budista em uma região do Jardim California chamado Morro do Galo. Sobre a eleição, Custódio diz que o partido não apostou. Confira esta nota sobre o Custódio no Megafone

domingo, 22 de janeiro de 2012

Seleção Brasileira de Futebol Americano em Foz!

Bianca Bueno foi a primeira pessoa a abrir uma faixa de fundo amarelo com letras verdes onde se lia: Futebol Americano no Brasil – Eu acredito! Fotografei-a de longe. Logo ouvi outras pessoas repetindo a frase. E mais importante: escrevendo em pedaços de papel a mesma frase. Um deles estava em uma das cabinas de radiodifusão. Então, fui lá falar com a responsável pela primeira exposição da faixa. Aí descobri que ela se chama Bianca Bueno e joga no Cuiabá Angels – time feminino do novo esporte que começa a, pouco a pouco, entrar no Brasil.

Porém, Bianca Bueno me contou que a verdadeira autora da faixa era a senhora que estava sentada com ela. Nome: Regina Schultz – mãe do jogador Ricardo Schultz, camisa 66, que ontem, segundo dona Regina faria o último jogo no Brasil pois, o filhote estaria de malas prontas para o Nebraska (USA) onde vai fazer faculdade e jogar para uma universidade. “Ele ganhou 60% da bolsa”, disse a mãe curitibana já aproveitando para mostrar que o coração está apertado pela viagem do filhote para tão longe. Claro que ele já viaja e atualmente joga para o Cuiabá Arsenal.

Logo depois deste encontro, a próxima cena que vejo é a dona Regina pegar pelo pescoço, é uma maneira de dizer, mas logo quem? O coordenador defensivo da seleção brasileira, o americano Clayton Lovett. Conversa particular é particular por isso não sei exatamente o que ela dizia a Lovett mas, como boa mãe curitibana, ela não estava muito contente com a escalação. O futebol americano ainda é jovem no Brasil e não leva muita gente aos estádios. Mas é um fenômeno e está aí.

O ambiente no estádio do ABC era muito bom. Inclusive na hora em que chegou a seleção chilena. Eles chegaram abordo de um ônibus da Jovitur imagine sío eu mesmo para me ligar no nome da empresa que trouxe os atletas! O vereador de Foz do Iguaçu Carlos Budel estava lá. Ele disse que gostava do público do futebol americano. "E vem família inteira", destacou. Gostei também de encontrar a caravana de Santa Catarina. Descobri até o blog overtime do FA – especializado em futebol americano. O site é de Jaraguá do Sul! Informações sobre o resultado e coisas técnicas, veja no Over Time!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Congresso de Educação Física 2012: em Foz

Curso pilates / ballness no Hotel Internacional Foz do Iguaçu

O 27° Congresso Internacional de Educação Física de Foz do Iguaçu terminou. Quarta-feira (18) foi de encerramento, entrega de certificados e partida da maioria dos participantes que vieram de vários países e de todo o Brasil. Há tempo não acompanhava o evento. Em algumas edições e no tempo em que Foz do Iguaçu era boa de festa, passei várias noites em festas do congresso. Hoje Foz do Iguaçu está mais triste – minha opinião. Como cidade que tem o privilégio de ser receptora, anfitriã, cidade-destino, cidade-sede de eventos além de ser uma cidade que tem um povo bom que merece festa, Foz do Iguaçu está devendo. Mas agora os centros de poder da cidade estão falando da futura “Avenida Beira Rio” que será um “parque linear” onde espero que abundem os bares, as festas – e não somente os condomínios fechados e hotéis, onde quem quiser possa varar a noite sem o perigo de serem fuzilados pelo crime. E como ia dizendo, em algumas edições até participei e fiz cursos como o de biodança. Nesta edição não fui à festa nenhuma mas pude cobrir vários eventos para A Gazeta do Iguaçu.

Vi uma sala lotada com 70 alunos fazendo o curso teórico de introdução ao rafting – coisa em que Foz do Iguaçu está se destacando graças ao Canal de Itaipu e a presença da seleção brasileira de canoagem com o patrocínio do BNDES apostando nas Olimpíadas de 2016. Não consegui acompanhar a aula prática de técnicas de remo no ICLI. Fiquei sem fotos do evento mas vou atrás. Já na piscina do histórico Hotel Salvatti – o primeiro edifício de Foz do Iguaçu – acompanhei as aulas de recreação aquática e hidroginástica. Adorei a aula da professora paulista Gilmara Lucchesi. Muito animada aula. Grande profissional. Fiquei devendo falar do curso de natação até porque não consegui chegar no local pela manhã. Não deu. Moro no Morumbi - bairro de Foz, e ir de ônibus e voltar, ao centro, pode levar meio dia.

Em terra firme, fui ao Hotel Foz do Iguaçu onde a professora Inelia Garcia (Foto principal) deu um curso de alongamento em ballness e pilates não necessariamente nessa ordem e nem com esse título. A professora disse de cara que não gosta dessa história de mistura de técnicas que recebem grandes nomes inventados como, na área dela, pilates na água, yoga-pilates e power-pilates. Em outros eventos e ambientes vejo a mesma reclamação onde gurus e discípulos nem querem saber do que chamam de yoga comercial; e muito menos power yoga, woga. Recentemente vi a mesma reclamação no campo religioso afro-brasileiro onde há quem misture candomblé e umbanda, umbanda com santo daime e outras experiências gerando nomes como umbandaime. “Gosto de umbanda e respeito sacramento do daime – mas não misturo”, me disse uma autoridade no assunto. A professora Inelia Garcia, honesta e sem nhen-nhen-nhen detonou de uma vez a esperança de seus alunos oferecerem “pilates para grávidas” e assim ter um diferencial para levantar um capital extra. “Não pode. Não permito. Pilates para grávida vai terminar em aborto”. Gostei – agente não nasce para estar agradando a ninguém a qualquer preço! Foi meu primeiro contato com a bola. Um de meus interesses é ver como a bola pode me ajudar esticar as costas. Que problema!
Ouro grande momento para mim nas visitas a alguns dos 43 cursos oferecidos no congresso foi o de massagem anti-stress realizado no auditório do Hotel Lanville. Eu nuca tinha entrado naquele auditório. Muito bom! Outro evento muito prestigiado conduzido pelo professor André Nessi. Prova de que o curso é bom é que só nesse congresso esta foi sua 12ª participação. “Nesses 12 anos nesse congresso umas 2 mil pessoas passaram por mim”, me disse ele.

As fotos dão uma idéia do que estive comentando.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Mosquito da dengue: levemos isso a sério

O caderno de Ciência da Folha de São Paulo da última quarta-feira, dia 5 de janeiro, trouxe a reportagem “Mosquito da dengue pode driblar veneno”. Gostei, fiz a foto da página e postei aqui com link. Isso me fez lembrar da campanha “Foz contra o Mosquito” que fez parte da campanha maior “Iguaçuenses contra Iguaçuínos”. O que saltou à vista foi a falta de seriedade científica nessa história. Esquecemos que inseticida é veneno e que spray é simplesmente o modo como o veneno é “entregue” ao mosquito. O spray é um mecanismo. No caso do inseticida que usamos é um veneno a base de piretrina e piretróides. Já foi o DDT (difenil dicloro tricloretano] nos evlhos tempos. Não basta dizer “um spray contra a Fêmea do mosquito”. Outra coisa que me saltou à vista é a falta de informação sobre o fumacê. Que veneno é usado? É malathion? Ainda este mês ode chegar no mercado um novo produto contra o mosquito. A pesquisa tem o aval da Fundação Oswaldo Cruz e a proposta é que o "produto" mate a larva do mosquito em tanques, caixas d’água etc. Ele vai ser anunciado como “pastilha”.

E de novo digo, pastilha não mata. O que mata é o princípio químico ativo. No caso da “pastilha” que estará à venda, repito, este mês, ela é fruto da manipulação genética do Bacilus thuringiensis israelensis. Se liguem nisso! Não aceite conversa pela metade. É hora de entender a coisa completa. Resumo dizendo que a briga que surgiu em Foz foi desnecessária. Há pelo menos 4 classes ou propostas de luta contra o mosquito de dengue:

Guerra aos criadouros ( Limpar terrenos, garrafas de boca para baixo, pneus etc)
Guerra ao mosquito em vôo ( O fumacê é exemplo )
Guerra à fêmea “mocosada” na sua casa ( Métodop iguaçuense)
Guerra à larva OGM – pastilha à base de "organismos geneticamente modificado".
Tela de mosquito em casa (Me parece bem inteligente, acrescente um mosquiteiro também)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Que 2012 seja um grande ano!

O Blog de Foz começa 2012 atrasado. Hoje é o Dia dos Reis Magos. O dia primeiro passou há seis dias. Aproveito para lembrar que 2012 será um ano de eleições municipais e, como sempre, será difícil. Meu primeiro desejo para Foz neste ano novo é que na guerra eleitoral que já vem, não aproveitemos para parar tudo e dar marcha à ré. Se possível evitemos estrelismos e preciosismos, já-ganhei e outros sentimentos daqueles que sobem à cabeça. Desejo a todos uma pitada de humildade.

Batemos um recorde no turismo! Mas mesmo assim é pouco se humildemente lembrarmos que existe um mundo lá fora. O Parque Nacional do Iguaçu recebeu 1.394.187 visitantes. Não chegou aos 1.4 milhão previsto mas é uma boa posição. Não sei até quando poderemos ficar torcendo por recordes anuais e aumentos pois o crescimento do turismo em Unidades de Conservação (UCs) tem que ser sustentável e depende de humores não muito estáveis. A qualquer momento alguém em Brasília subirá ao poder, no ICMBio e vai lembrar da capacidade de carga da área.

Dos 1.394, 187 visitantes, a maioria veio do Brasil fechando o ano com 751.353 brasileiros. O restante veio do resto do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai) – totalizando 309.312 "mercosulenses". Chamo a atenção para um fato que exige de nós muita mais humildade ainda. Os restantes 335.522 visitantes vieram dos 192 países do mundo – pelo menos dos que são membros da ONU.

Dividindo 335,522 pessoas por 192 vamos ter uma faixa de 1.700 pessoas por país. E nesses países estamos incluindo fortes emissores como os EUA,Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Japão, Austrália e mais recentemente os emergentes como Rússia, Índia e outros mesmo na América Latina como o México. Lembrando Guilherme Paulus da CVC, teremos que ter o cuidado de não colocarmos todos os nossos ovos no mesmo sexto. Vejo gente batendo no peito e se vangloriando de que o brasileiro é responsável pelo maior número de visitantes. Mas quantos por cento do fato do brasileiro estar presente aqui vem do momento econômico nacional e quanto é parte de uma estratégia nossa? É neste ponto onde peço a humildade que mencionei acima! Pé no chão! Coração aberto e pé na tábua!