domingo, 29 de outubro de 2023

Solimões e antissemita: dois conceitos que me incomodam . Não dá para corrigir. Desisto! Desisto?

Primeira questão? Solimões

Mapa do Google mostra Itacoatiara no Rio Amazonas


Itacoatiara no Rio Amazonas

Vi hoje em um site amazonense  uma notícia ótima. O rio Solimões e o rio Negro estão dando sinais de que os rios começam a "encher". A notícia diz que uma régua de medição do nível do rio colocada em Itacoatiara indicava um ganho significativo no nível de água. Até aí, maravilha. Me alegro. 

Logo em seguida a notícia tenta contextualizar para que os leitores saibam do que se está falando. A nota "esclarece" ao Brasil que a régua está em Itacoatiara porque Itacoatiara está no lugar onde o rio Solimões realmente começa seu curso. Acho que ficou claro para o Brasil porém me confundiu. O Rio Solimões começa de verdade em Itacoatiara? Se assim é o que ele faz entre Itacoatiara e Tabatinga na fronteira com a Colômbia e Peru?  

É por isso que a grande maioria dos brasileiros não sabem que o Rio Solimões é o mesmo Rio Amazonas. Temos o direito de dar o nome que a gente quiser. Mas poderíamos esclarecer dizendo que o Rio Amazonas é "chamado de Solimões" pelos brasileiros  ao passar a fronteira com a Colômbia e o Peru. Até este local, o rio é conhecido como Amazonas tanto na Colômbia como no Peru. Ao passo que as crianças brasileiras aprendem que o Rio Amazonas começa no encontro com o Rio Negro, ou seja que o Rio Negro encontra o Solimões, as crianças no Peru e na Colômbia aprendem que o Rio Amazonas nasce do encontro dos rios Marañón e Ucayali no Peru. Se queremos a integração latino-americano por que não começamos harmonizando os nossos currículos?  


Segunda questão: antissemitismo!


Esta foto se chama diáspora de SEM (SHEM/שם ) e CAM (HAM/חם ). Arte sobre mapa da NASA, Fonte Wikipedia / Pesquisas sobre a dispersão baseadas em trabalhos dos arqueólogos israelenses Yohanan Aharoni, Michael Avi-Yonah, Anson F. Rainey e Ze’ev Safrai, Publicada também no The Macmillan Bible Atlas   


Segunda questão: Semitismo!

Segundo a linguística existe um grupo de idiomas chamados "semitas". Assim como português, espanhol, francês, italiano, catalão, galego são latinos, o árabe, o hebraico, o amárico são línguas semitas. Então linguisticamente árabes e judeus falantes de hebraico e etíopes falantes do amárico são semitas. Neste caso o árabe não pode ser antissemita caso contrário eles seriam contra eles mesmos. 

Em nome do esclarecimento seria bom sabermos o que são aquelas pessoas que estão protestando contra Israel. São anti-Israel. Serão anti-israelenses? Serão anti-israelitas? São antissionistas? Acho difícil que sejam anti-judeus referindo-se à fé judaica ou referindo-se ao comerciante ou empresário judeu Por que alguém, seria anti-fé judaica?  Seriam os protestos contra o judeu ou contra a construção de colônias de judeus nos territórios reservados para os palestinos. Este esclarecimento seria ótimo e poderíamos apoiar os esforços da crescente cobrança do defensores da solução de dois estados que linguisticamente seriam, os dois, semitas. 

O Alcorão e a Bíblia (Tanakh), dois livros sagrados da humanidade foram escritos em línguas semitas. Jesus era semita. O profeta Mohamed era semita. Os dois povos vieram de Abraão ou Ibrahim que veio de Noé que teve três filhos. O filho chamado Sem é pai dos Semitas ou seja judeus e árabes. O filho chamado Cam*, parece que tinha a pele meio escura é pai dos africanos começando pelos etíopes. O filho chamado Jafé ou Yafet, esses não sei para onde foram porque, como minha base é livros sagrados e idiomas, eu não conheço nenhuma família linguística chamada "jafetiana". 

* Cam em Hebraico é Ham (חם) e significa preto e sem racismo. Mas no Brasil da minha época de criança às vezes a palavra Cam era escrita Cão - e nos nossos significados cão ou é cachorro ou é "capeta"; Por isso os Filhos de Cão foram vistos como amaldiçoados e deu no que deu: o tráfico de pessoas "hamíticas" e a escravização das pessoas de pele "ham", negra ou escura.    

Eu creio e defendo que eliminando o que não é, a gente possa entender o que é.     


Crise dos turistas: as diferentes filas e situações de fila na Fronteira Trinacional

 

Já foi assim: cabinas para controle de entrada e saída já funcionaram muito bem. Veículos Peugeot em fila passando pela PF rumo a Puerto Iguazu para uma festa  


Grupo de jornalistas na área de controle da Migraciones argentina às 6h da manhã com direito a luz verde ou vermelha para liberar bagagens

Embora o título desta postagem mantenha o destaque à Crise dos Turistas, o propósito aqui não é destacar a crise. Vou dividir a postagem em sete partes: 1) A fronteira não é para amador 2) Ranking das filas 3) Vingança do proletário 4) Pequenos mas metidos (Mercosul, Aladi, Capitais) 5) Pode ficar pior 6) Cachorro atrás rabo 

1) Não é para amador
A fronteira não é para amador e ao mesmo tempo é só para amador. Note que a raiz da palavra  "amador" é parte do verbo "amar". Há uma relação de carinho. O amador ama. Há quem ame a fronteira. E há quem administre. Este último deve ser cobrado. Essa história de valorizar o amador é emprestado de Freeman Tilden um dos grandes divulgadores da disciplina e arte da "interpretação" que pode ser aplicada a tudo inclusive à "interpretação da fronteira" com o intuito de valorizar o interpretado. 

2) Ranking das filas
As filas da fronteira são muitas e de vários aspectos: fila para entrar na Argentina, fila para entrar no Brasil, fila zero para pedestres entrar no Paraguai. No quesito organização de fila o primeiro lugar vai para a Argentina. Neste quesito o lado brasileiro leva no momento a pior nota por falta de estrutura e idiosincrasia do brasileiro. Note que quando se fala em fila na fronteira em Foz vem à nossa mente uma longa fila de carros com seus passageiros torrando em seus respectivos interiores. No caso da "fila da Argentina", a gente pode observar o item três. 

3) A vingança do proletário
A fila da Argentina desmente o ditado de que a corda quebra ou se rompe sempre no lado mais fraco. O lado mais fraco da fronteira na área de transporte público é o do usuário desse transporte. Esses, por que não dizer nós, somos privilegiados.  Quem mais sofre na fila são as pessoas que têm carros e quanto mais caro o carro maior o prejuízo. Quem vai de Foz do Iguaçu para Puerto Iguazu de ônibus do "transporte coletivo metropolitano internacional de passageiros - TCMIP" leva no máximo meia hora para atravessar a fronteira. Todos os passageiros desembarcam sem exceção. Entram em uma fila e 15 minutos depois o ônibus já está saindo. Enquanto isso na fila, estão todos os carros dos que se deram melhor na vida e "dançaram" na fila.  A passagem pelo balcão migratório inclui também a passagem pela raio X da Aduana, se estiver funcionando.  Se o passageiro estiver enrolado, o motorista dá um ticket para que ele embarque no próximo ônibus da mesma empresa. O TVMIP não é nome oficial até porque não existe "metrópole trinacional". Cada lado tem sua área metropolitana com cada lado inventando a roda. A área metropolitana mais definida é  a de Ciudad del Este que é capital. Mas nem tudo são flores para os proletários que atravessaram a fronteira sem demora.  A vingança dos "com carro" acontece na volta. Os ônibus não funcionam à noite e noite começa a partir da 19h30. Sábado e domingo lá por volta das 15h já é noite.

Não há fila para pessoas sair do Brasil e nem para pessoas entrar no Paraguai. Mas preste atenção em duas coisas: falamos somente de pessoas que vão a pé para o Paraguai. No mínimo dois, três milhões ou serão quatro milhões de pessoas fazem isso por ano? Esse monte de gente não aparece em nenhuma estatística migratória. É como se fossem invisíveis. E isso não é bom para as estatísticas do turismo do Paraguai em número de visitantes registrados pela Direção Geral de Migraciones. O complexo Migratório de Ciudad del Este tem menos entrada de "turistas" do que o complexo de Puerto Falcón (PY) -Clorinda, (ARG) na grande Assunção e perde para Encarnación. As autoridades não gostam disso. Aguarde mudança que um dia vem!

4) Pequenos mas metidos
No Brasil a gente diz que Foz do Iguaçu é a fronteira mais movimentada do Brasil o mesmo pode-se dizer nos lados "vinculados" no Paraguai e na Argentina. Isso é muito bom. Mas também é muito ruim. Nenhum país do mundo parece levar a sério fronteiras. Prova disso é que na academia continuam saindo do forno TCCs, dissertações e mestrados sobre fronteiras. A maioria são lugares esquecidos que separam dois ou mais países. É por isso que uma Tri-Fronteira com dezenas de centenas de milhares de moradores com estruturas razoáveis incluindo faculdades, shoppings, cinemas,  não é do agrado da administração pública. 

A Tri-Fronteira forma uma comunidade pequena mas metida e que força os governos a criarem soluções desconhecidas. Exemplo a ANTT do Brasil (e suas equivalentes na Argentina e Paraguai) tiveram que criar um subsistema de transporte internacional de passageiros e enxertá-lo no sistema da  ALADI dentro do Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre (ATIT). O enxerto tem nome: Circuito Turístico  da Tríplice Fronteira.
Não confundir as vans, ônibus e carros do Circuito Turístico da Tríplice Fronteira. com os ônibus de empresas como a Rio Uruguay, Crucero del Norte, Nuestra Señora de la Asunción, Chaco Boreal pela Argentina e Paraguai e Easybus pelo Brasil. Os primeiro fazem um "circuito fechado" dentro do turismo. As outras são concessões dadas pelas capitais Brasília, Assunção e Buenos Aires. Os ônibus saem da Rodoviária de Foz com destino a Rodoviária de Ciudad del Este com parada no complexo migratório brasileiro e paraguaio para que façam trâmite de saída do Brasil e mais tarde de entrada no  Paraguai. 
Os brasileiros não fazem saída do Brasil desde que o presidente Fernando Collor acabou com a necessidade.  Os ônibus dão tickets para continuação da viagem no próximo ônibus da empresa para os passageiros que necessitem de mais tempo nos guichês.   

Há uma linha que une Puerto Iguazu e Ciudad del Este via Foz do Iguaçu sem direito de parada. Ela não pode ser usada por alguém que planeja desembarcar em Foz do Iguaçu a não ser por motivo de saúde tipo infarto. Neste caso o ônibus para, o SAMU é  chamado e ninguém desce. Fora isso este ônibus não pode parar em Foz exceto nos sinaleiros (semáforos), não pode desembarcar passageiros e muito menos embarcar. Mas de vez em quando vejo um ônibus parar e alguém descer. Super ilegal!     

5) Pode ficar pior
Neste quesito convido aos iguaçuense que gostam de memórias que corram para fotografar e guardar lembranças boas e ruins do complexo sanitário, migratório- aduaneiro da Ponte Tancredo Neves. Haverá uma nova estrutura. Quem garante que será melhor? Quem viu o projeto? Há projeto? A estrutura atual vai ser demolida? Lembremos que o complexo é sanitário, migratório- aduaneiro e atende à logística da importação, exportação, transporte e documentação de cargas e no meio disso tudo também o transporte de passageiros em diferentes categorias inclusive a do turismo. Está tudo planejado?

6) Cachorro atrás do rabo 
Por que o cachorro, em determinado momento, dedica 100% de sua energia a perseguir o seu rabo? É uma situação parecida com o currículo da Tri-Fronteira e há outras (fronteiras)* em situação pior. Os problemas de hoje foram discutidos há anos e as soluções propostas há muito tempo foram abandonados e agora estão sendo apresentadas de novo como soluções. Uma delas é a contratação de terceirizados para agilizar a tramitação de entrada e saída de turistas em Foz do Iguaçu. 

Terceirizados já foram utilizados em uma época em que tudo parecia que iria dar certo. É o que aparece na foto (lá em cima) onde mostra uma fila de carros Peugeot partindo para uma festa oficial de lançamento do veículo em Puerto Iguazu. Lembre-se que os Peugeot são Made in Curitiba. Na época o governo havia acabado de entregar a nova estrutura que incluía um número de cabinas para atender quem deixava o Brasil em direção à Argentina e que entrava no Brasil vindo da Argentina. Ainda dá para ver as luzes vermelhas que indicava que o guichê estava sendo usado. 
O projeto da contratação de terceirizados foi suspenso por motivos de segurança já que os terceirizados teriam acesso à informações sérias e confidenciais. O motivo é que o controle da migração de turistas é fichinha para a polícia federal que tem que ficar de olho na entrada e saída de agentes do crime internacional como "traficantes de pessoas". A proposta agora é trazer terceirizados com a oferta do trade em tentar bancar as despesas e contratação. Esta parceria não é bem vista. Na cama onde os policiais federais deitam, você não goitaria de estar nela por cinco minutos.  
Mas muito antes disso, a estrutura funcionou como uma área integrada onde prevalecia os "ensinamentos" de um documento apelidado de "Protocolo do Recife" cujo nome completo é "Terceiro Protocolo Adicional ao Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do Comércio no 5 (Acordo de Recife), entre os Governos da República Federativa do Brasil, da República Argentina, da República do Paraguai e da República Oriental do Uruguai". 

A principal tese do Protocolo do Recife ou Acordo do Recife se chamava "País Destino País Sede". Por exemplo: O brasileiro que sai de Foz do Iguaçu com destino à Feirinha de Puerto Iguazu não pararia na estrutura da PF, RF em Foz para fazer saída do Brasil. Tanto a saída do Brasil, caso necessária, como a entrada na Argentina seria feita na Aduana do País Destino por funcionários dos dois países que estariam juntos. Por isso integrada. Juntos estariam PFs, agentes da RF juntos com Gendarmes e agentes da AFIP - Administración Federal de Ingresos Públicos. Este negócio não caiu muito no gosto dos funcionários brasileiros mas quem sou eu para julgar? 
Na volta, a entrada no Brasil seria feita na estrutura em Foz com funcionários dois dois países Gendarmes, PFs, Agentes RF e AFIP. Na época, chegava muita reclamação aos meus ouvidos em minha mesa na antiga Gazeta do Iguaçu. Quem reclamava eram  brasileiros que denunciavam que um gendarme argentino o parou e o mandou descer do carro em pleno território brasileiro. Eles geralmente concuiam perguntando: "Virou casa da Mãe Juana? E a soberania?  E assim a busca de soluções para um atendimento rápido volta à estaca zero começando na ponta do rabo de novo. 
 
Alguns fatos para a gente se espertar
Não posso dizer onde li, onde vi, mas já vi uma tese de doutorado registrando uma ideia de Moisés Bertoni para a construção de uma ponte rodo-ferroviária sobre o rio Paraná unindo Paraguai e Brasil. Ou teria sido Argentina e Paraguai? Vamos resgatar esta história?

O império de Percival Farquhart recebeu milhões de hectares de terra extras para a construção de uma ferrovia ligando Guarapuava a Foz do Iguaçu (lembrando que a Foz do Iguaçu de então ia até Guaíra). O projeto não saiu até hoje (a menos que alguém diga que Cascavel era Foz então, na prática a estrada de ferro chegou a Foz.) 
Seja como for, parte da terra foi tomada de volta pelo governo. Parte dela destinada ao Parque Nacional do Iguaçu. Daqui a cinco anos alguém vai ter a ideia de acrescentar um trem unindo o Brasil e Paraguai e alguém pode propor um remendo na Ponte da Integração. O trade turístico tem que abrir os olhos e lembrar que dentro da complexidade de logística da fronteira, a logística turística concentrada no transporte é pequena. Por isso o trade tem que lutar para aumentar seu espaço e fazer sentir (literalmente) seu peso: mais de dois milhões de passageiros transportados. Não esquecer que turismo é exportação. É um produto de exportação que o comprador, compra paga mas não leva.  já li isso de um turismólogo.  
Por fim, lembremos todos que o ministro do turismo acaba de assinar a adesão do Brasil ao Código Internacional para a Proteção de Turistas. Não creio que essa assinatura vá ser levada a sério. A matéria do Ministério do Turismo tem dez linhas. Seja como for proteger o turista é uma responsabilidade. E protegê-lo em todos os sentidos inclusive da chuva, do sol e dos desastres naturais.     

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Crise dos turistas: Lista de Passageiros e o Circuito Turístico da Tríplice Fronteira

Radio Cultura 

Eu gostaria de dizer duas coisas. A primeira: tudo vai melhorar. A segunda: antes de melhorar, as coisas podem piorar. Escuto nos noticiários dizer que a Polícia Federal mudou o protocolo sem avisar. Isso é bicho feio. Mas é mais feio ainda se a gente perguntar: que protocolo? A resposta é: ninguém sabe. Pelo que vejo de certa distância, a PF está exigindo que cada passageiro compareça em pessoa para mostrar seus documentos e dá a entrada e saída em seus papéis. 

Até pouco dias,os passageiros de ônibus e vans de turismo ficavam dentro de seus veículos, no ar-condicionado, enquanto os guias corriam com a lista e os documentos para os trâmites. Mesmo assim há que lembrar que ha trâmites e trâmites. Há muitas respostas a serem dadas até para esclarecer o público e não aumentar a confusão na cabeça dos cidadãos comuns sobre a migração de fronteira. 

Primeiro, ao pessoal do setor de turismo, lembro que a lista de passageiros vai continuar a ser exigida pois a existência dela deve-se à exigência da Agência Nacional de Trasportes Terrestres (ANTT) para fins de fiscalização de veículos. Assim não deixem de fazer a lista pois quem o fizer pode ser multado. O uso da lista pela PF além de honrar a ANTT é um especie de pacto de cavalheiros para facilitar a vida dos turistas e colaborar com o setor do turismo. A lista de passageiros de turismo aqui na fronteira está na praça desde a época do empresário Galindo Ortega no Porto Meira para o turismo captado na barranca do rio Iguaçu, passando pelo Fernando Valente (STTC), Ermínio Gatti (Gatti Turismo), no meu ver, pioneiros na nova maneira de fazer turismo. Nova comparada com o tempo do Hotel Cassino ou do Federico Engel quando ele ia pescar turistas em Puerto Aguirre (foi assim que ele pescou Santos Dumont).  

Todo o rolo que está acontecendo hoje e vai piorar poderia ter sido evitado desde 1997 quando da criação do Polo Internacional Turístico do Iguaçu pelo Mercosul. A discussão do Polo não vingou e morreu no ovo em 2002. Se morreu, morreu. Porém, em 2007 foi criado o Circuito Turístico da Tríplice Fronteira. Não confunda este Circuito Turístico com "Roteiro de Turismo".  Este circuito tem força de entidade com existência legal. A primeira reunião tripartite dele aconteceu em julho de 2007 em Ciudad del Este. O circuito mais ou menos tentou preencher o espaço do Polo, embora calçasse um número muito menor. 

Mas na prática o "Circuito Turístico, ligado à ANTT é uma "modalidade específica de serviço de transporte internacional de passageiros". Se você tem um veículo transportando passageiros na fronteira a agência que controla seus trabalho é a ANTT. Como a ANTT vai legalmente diferenciar entre uma empresa de turismo que faz transportes de passageiros na Tríplice Fronteira e uma empresa como a Catarinense, a PLUMA ou a Nuestra Señora de la Asunción que também fazem transporte internacional (regular) de passageiros? A resposta legal foi o Circuito Turístico da Tríplice Fronteira limitadíssimo às cidades de Foz do Iguaçu, Puerto Iguazu e Ciudad del Este incluindo os aeroportos e parques nacionais e isso em relação a lista de passageiros. Quando se fala em aeroportos inclui o Foz-Cataratas e o Iguazu-Cataratas. Tem que checar como está o Aeroporto Internacional Guarani. Diz o Manual de Procedimento de Fiscalização do Transporte Rodoviário Internacional de Passageiros (p 44 / 6.1):

"O objetivo primordial do acordo é dinamizar o fluxo turístico na região e permitir que as empresas transportadoras realizem suas operações de transporte sem a necessidade de emissão de Autorizações de Viagem Ocasional (Permisos Ocasionales, para as viagens realizadas por empresas Argentinas ou Paraguaias) para cada viagem realizada, conforme prevê o Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre (ATIT). Entretanto, mantem-se aqui inalterada a natureza turística dos serviços, bem como sua característica de viagem em “circuito fechado”. (Se ligue no "circuito fechado")

Com isso convido a todos os interessados a promoverem conscientemente uma reunião do Circuito Turístico da Tríplice Fronteira em uma das cidades mencionadas com a possibilidade de incluir Presidente Franco já que com a Ponte da Integração logo vai começar o transporte turístico internacional de passageiros e seus problemas para esta cidade. É urgente também incluir Hernandarias já que a cidade está dando sinais muito fortes de querer cobrar seu espaço no Circuito Turístico da Triplice Fronteira. É preciso também concluir ou adiantar processos com o Aeroporto Internacional Guarani que fica em Mingá Guazu ou seja, ao pé da letra, fora deste circuito. Por fim, os arquivos de reuniões anteriores do Circuito devem estar com o Foztrans. Vão lá!

sábado, 21 de outubro de 2023

Cataratas e Caminhos para Silvana

 

Rota da Fé / Turismo Religioso

Nota: as informações não são propostas de roteiro de viagens e excursões. São sugestões de roteiros de temas para a produção de conteúdo de apoio à "interpretação" do patrimônio histórico, material, imaterial (intangível) da região Cataratas e Caminhos com ênfase no trecho Guaíra - Itaipulandia - Foz.  

Pelo que vi a Rota da Fé  começa em Santa Helena no Cristo Esplendor, passa por Missal (São Pedro) e termina em Itaipulândia (NS Aparecida) inspirado no Caminho de Santiago oficializado durante a Termatalia em 2018. É uma rota de turismo confessional ou seja católica. A rota contará com caminhadas, exploração com bicicleta etc. 

A minha abordagem do turismo religioso é pela visão do ensino religioso previsto na constituição nacional para ser inserida no projeto educacional. Seria uma disciplina de matrícula voluntaria em horário normal de aulas. Teria como alvo a divulgação do campo religioso visando a criação de uma sociedade de tolerância, entendimento e promotora da paz entre diferentes comunidades e etnias. O ensino religioso não é confessional, não é evangelização, não é catequético e nem proselitista. 

Em uma região como o Oeste do Paraná, tendo Foz do Iguaçu como exemplo, trataria de explicar as religiões ou não-religiões de diferentes etnias e comunidades. Com esta visão é muito importante a história da região visitada incluindo aí as diferentes interseções dessa história nos últimos 400 anos: espanhóis, jesuítas, bandeirantes, erva mate, colonização europeia pós-anos 1930 e a relação dos diferentes municípios no que ser refere a colonização católica (Missão Verbo Divino Foz do Iguaçu, Toledo e Cascavel). 

Abordagem também para a fundação e estabelecimentos de outras denominações como luteranos e episcopais. A proposta leva à interpretação do patrimônio cultural, religioso, histórico de todos os grupos de maneira inter e transdisciplinar partindo e direcionando as descobertas do local para o internacional; do pessoal ao social; do detalhe ao geral; do fato ao princípio; do biográfico ao histórico lembrando Alencar (1998 p.54)

Repetindo, nesta visão, Guaíra e Terra Roxa fazem com que a região da Rota da Fé entre também nas áreas de interesse da Rota Jesuítica (Mundo Jesuíta - PY, ARG, BR/RS ) e da Rotas da Erva Mate ambas com muito de sua história compartilhada com o Paraguai e Misiones (Argentina) que exige interação com a história do Paraguai em diversos capítulos da história.  A primeira, devido ao fato da segunda e a terceira Redução da Província Jesuítica Paraquária  terem sido fundadas no Guayrá (atual Paraná) com vestígios em Santo Inacio e Itaguajé, ambas no Paraná na área de influência dos rios Paranapanema e Paraná. Por Guaíra passaram mais de 12 mil indígenas fugindo dos bandeirantes conduzidos pelo padre jesuíta Antônio Ruiz de Montoya. 

A "rota da fuga" dos jesuítas corresponde à parte do trajeto proposto para o  Caminho das Águas (feito a remo) e isso poderia ser lembrado a cada remador. Quando passaram pela região da atual Guaíra as mais de 700 balsas-canoas se desviaram das Sete Quedas e passaram a pé pelo território que hoje é Paraguai (República) seguindo por terra, a maioria, em direção à Redução de Nuestra Señora de Natividad del Acaray - com vestígios na área de influência da Itaipu Binacional em Hernandarias no Paraguai.  O refugiados das reduções de Santo Inacio e Itaguajé foram também assistidos pelos moradores das Reduções de Jesús del Monday e Santa Maria del Iguazu nas Cataratas do Iguaçu.   

O território da atual Terra Roxa já foi parte do que hoje é Guaíra e nos limites de Terra Roxa existe vestígios da antiga Ciudad Real del Guayra já com certo grau de proteção do IPHAN. Vale lembrar que o que hoje é o Paraná já foi Guayrá dominado pela Espanha com autoridades a partir de Assunção. Além da Ciudad Real del Guayrá (Terra Roxa-Guaíra), a segunda Ciudad Real no território do antigo Guayra se chamou Ciudad Real de Villarrica  del Espíritu Santo (hoje em Fênix) cujos vestígios são protegidos pelo Parque estadual de Vila Rica do Espirito Santo. 

Roteiro Histórico Religioso

Guaíra

Igrejinhas de Guaíra: NS del Perdón, NS de los Milagros de Caacupe (ambas com nomes em espanhol). Visitar a Igreja oficial atual. Casa do Frei, 

História da Mate Laranjeira, Fundação de Monjoli, o Trem Guaíra - Porto Mendes, a Navegação na Bacia do Prata; Navegação atual ao Paraguai, MS e Parque Nacional Ilha Grandem  Arquitetura da Guaíra da época da Mate Laranjeira.


Terra Roxa associada à Guaíra

História e relatos dos vestígios da Ciudad Real del Guayrá

Atrações locais e atividades econômicas (agricultura / roupas infantis) 

Marechal Cândido Rondon

Mal. Rondon como a cidade mais alemã do Paraná  

Casa Gaza, Turismo Rural, Cachoeira da Onça, trilhas trekking e bicicleta, Igreja Católica e Igreja Luterana (mais antigas) Comunidade e Igreja São Roque, Praia e estrutura de Porto Mendes

  

Santa Helena 

O Cristo Esplendor, Centro da cidade, Centro administrativo, Prainha (atividade)


Missal


Itaipulândia

Monumento a Nossa Senhora Aparecida, cidade e história, Lago e trilhas etc

No aguardo

Medianeira

Céu Azul

Matelândia

São Miguel do Iguaçu

Santa Terezinha de Itaipu

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Feliz aniversário para a guia de turismo Rosa Saucedo

Recepção no Kattamaram. Um show do Ademir!

 Fui convidado para estar em uma festa organizada pelos guias de turismo de Foz do Iguaçu para comemorar e homenagear a guia de turismo Rosa Saucedo que completou 80 anos. Achei muito bonito e agradeço a direção da Três Fronteiras Navegação que abriu as portas do Kattamaram  para a comemoração do aniversário a bordo da embarcação com direito a uma navegação pelos rios Iguaçu e Paraná. 

Agradeço a guia e já gabaritada como boa fotógrafa de aves Vera Swiderwski bem como ao colega de longa data e põe longa nisso, Valmor Sparrenberger pelo convite. Mas não foi possível comparecer por conta de um pequeno problema de "dentição" o que prejudicou meu sorriso. Na foto acima aparece a nossa homenageada cercada por amigos. Feliz aniversário Rosa! 
Na foto logo abaixo, fiz um corte para ampliar o tamanho da foto para destacar o rosto feliz da aniversariante que, sendo guia de turismo, uma profissão bela, viciante, difícil, exigente e que por tudo isso conquista fidelidade de seus profissionais. 

Parabéns!
Em Foz do Iguaçu são várias dezenas de guias de turismo que atendem os nossos visitantes nacionais e internacionais. Sei que a vida não está fácil para a maioria e muitos. O conglomerado turístico da cidade deve olhar com mais carinho para estes profissionais. Me preocupo, como ex-guia de turismo em Foz, no Pantanal e na Amazônia, que por toda parte, haja a tendência de penar que uma gravação nos lugares turísticos, como atrativos naturais, museus, sítios históricos possa substituir o guia. Engano! Hoje já se começa cobrar algo que se chama interpretação do patrimônio algo que a máquina pode ajudar mas não susbtituir;E um dos motivos é que a máquina não sabe sorrir, não sabe pegar na mão, tranquilizar o cliente entre outras habilidades. Tudo o que eu disse foi inspiradona aniversariante. Tudo de bom para a Guia Rosa e para todos os guias.       
 
   

Kattamaram iluminado no Porto no rio Iguaçu 


Ponte da Integração Iluminada

domingo, 15 de outubro de 2023

Yabuticaba Mercadito de la Selva um empreendimento com gosto de "atrativo" já está aberto

Yabuticaba Mercadito de la Selva. Calle (Rua) Hipólito Irigoyen, 386

Os diferentes níveis do empreendimento

Como se diz na linguagem do turismo, Puerto Iguazu acaba de ganhar um novo atrativo. Foi inaugurado nesta segunda-feira, 9, um empreendimento que ganhou o nome de  Yabuticaba Mercadito de la Selva. O nome vale o quanto pesa. Foi inspirado em uma árvore centenária de jaboticaba presente no terreno. E o mercadito é exatamente isso. Há várias sublocações a empresas da cidade que mantêm aí suas filiais e onde se consegue desde verduras, frutas, erva mate, temperos e outros artigos.  

O mercadito é um empreendimento multiespaço que ocupa um terreno arborizado, daí vem a palavra "selva" preservado da Mata Atlântica ou Bosque Misionero como se diz em espanhol.  Tudo isso nas proximidades do Cassino ,,, na área central de Puerto Iguazu. 

O Mercadito de la Selva idealizado pela empresária Patricia Durán tem três andares que se aconchega no no declive do terreno. O primeiro andar no nível da rua, é o Mercadito em si. 

No andar de cima, está um espaço gastronômico com capacidade de atender grupos turísticos, jantares corporativos e festivos e confraternização com cardápio assinado pelo chefe Diogo Irato e equipe. O terceiro nível está abaixo do primeiro, é a área arborizada onde há diversos ambientes entre eles um "asador" cercado por lugres agradáveis para receber pequenos grupos.

A nova experiência da fronteira foi idealizada  pela empresária Patricia Durán presente no setor de turismo e hotelaria. A inauguração contou com a presença de autoridades como o governador de Misiones, Oscar Herrera Ahuad e o ministro de turismo da Província, José María Arrúa. O prefeito de Puerto Iguazu, Claudio Filippa também esteve presente. Os três falaram sobre a importância dos investimentos e das parcerias entre as iniciativas governamentais e privadas e lembraram os esforços da cidade em se preparar para receber turistas gerando empregos para a população local. 

A empresária Patricia Durán, agradeceu a confiança de diversas empresas que aderiram ao projeto sublocando áreas internas para a venda e divulgação de seus produtos. Entre eles está o Matebar que tem loja no centro da cidade e tem presença no Mercadito de la Selva. A marca de alfajores Cachafaz também se juntou ao projeto junto com diferentes empresas dedicadas ao vinho argentino.

O evento de inauguração também foi prestigiado poo empresários e autoridades do turismo de Foz do Iguaçu. O presidente do Visit Iguassu, Felipe Gonzalez e a diretora executiva Elaine Tenerello; Fernando Martin, Enio Eidt  além de  jornalistas iguaçuenses convidados. 

Galeria de fotos abaixo: 


O centenário "pé de Jaboticaba" que deu nome ao "Yabuticaba Mercadito de la Selva" 

Governador de Misiones, Oscar Herrera Ahuad, o ministro de turismo da Província, José María Arrúa e a empresária Patricia Durán

Prefeito de Puerto Iguazu, Claudio Filippa


Ideia dos diferentes níveis do estabelecimento





Um dos espaços aconchegantes  

Matebar e Yerbateca

Variedade de ervas produzidas na província

Variedades de alfajor

Um dos espaços variados de vinho



quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Para ajudar a entender a Palestina: Diferentes momentos de uma terra sofrida há milênios

Filístia ou Filistéia - A versão King James (Rei Jaime) da Bíblia em inglês de 1611 chama a Filisteia de Palestina 

Esta postagem apresenta fotos e ilustrações ou mapas da região genericamente chamada Palestina desde os tempos bíblicos. Ao longo de pelo menos quatro mil anos a região mudou de "donos" sendo alvo de batalhas, guerras, invasões comandadas por uma lista extensa de governos estrangeiros à região. 

O primeiro mapa mostra a região chamada Filistéia ou Filístia no Tanakh ou escritura hebraica (o judeu não usa a expressão Velho Testamento). A versão King James da Bíblia em inglês publicada em 1611 usa a palavra "Palestina" em vez de Filistéia. Depois o uso foi abandonado passando adotar a palavra e conceito  "Filístia", onde habitavam os filisteus. Lembra de Golias? Lembra de Dalila? Lembra de Sansão? Sansão foi aquele que, com raiva por causa de uma "assunto" pessoal, pegou 300 raposas, amarrou as raposas, rabo com rabo, no meio de cada encontro de rabos colocou uma tocha (com fogo) e soltou os animais no trigal dos filisteus (Juízes 15: 1- 5) destruindo a colheita dos filisteus. 
 
Note neste mapa, as cidades que pontuam o litoral ou costa da Filístia: Gaza, cidade principal da atual Faixa de Gaza seguida por Ashkelon, Ashdod e Joppa. As três últimas estão dentro do atual território israelense. Joppa é o antigo nome de Yafo hoje ligada à cidade de Tel Aviv por isso o aeroporto que serve à região é chamado de Tel Aviv-Yafo. 


O segundo mapa mostra a Palestina no tempo de Cristo desta vez sob o Império Romano. Note os nomes das províncias da região segundo a divisão feita por Roma: Idumea, Judeia, Samaria, Galiléia e Perea. Acima do mapa aparecem a Fenícia e a Síria. A Fenícia corresponde ao Líbano. Foi perto da fronteira com a Fenícia que Jesus realizou o primeiro milagre: a transformação de vinho em água. Hoje a região é fronteira Israel-Líbano, altamente fortificada. Mateus relata o encontro de Jesus com a mulher Siro-Fenícia, aquela que mostrou ter mais fé que os judeus para quem Cristo pregava. Gosto de lembrar que Siro-fenícia é equivalente a dizer "sírio-libanesa" assim como nome de nosso hospital "Sírio-Libanês".  Na época bíblica o nome o nome Líbano já era usado. No extremo sudeste, no mapa, abaixo do Mar Morto, aparece a região chamada Nabatea ou nabateia. Os nabateanos (nabateus) já são árabes e fundadores da cidade de Petra, na atual Jordânia. 

O terceiro mapa mostra o mundo Ottomano, ou quando os ottomanos dominaram meio mundo. A Palestina dominada pelos ottomanos era administrada como Palestina Prima, Palestina Seconda e Palestina Tertia. Os ottomanos dominaram as palestinas e o seu mundo até o final da Primeira Guerra Mundial. 

O quarto mapa mostra que após o fim do Império Ottomano, ingleses e franceses ocuparam a extensa região que ganhou o nome *status) de "protetorados", um britânico e outro francês. Foi desse protetorado que saíram as modernas repúblicas do Líbano, da Síria, o Reino da Jordânia, p Medinat Israel e o Estado Palestino, que  ainda não se concretizou. 

O quinto mapa mostra a proposta de divisão da Palestina entre judeus e árabes oficializada pela ONU. A parte em amarelo pertenceria ao futuro estado árabe e a parte branca ao futuro estado de Israel. Jerusalém que estava na área dedicada ao Estado Árabe teria um governo com características especiais. Pesquise sobre o assunto inclusive para entender o por quê da maioria dos países do mundo manterem suas embaixadas em Tel Aviv e não em Jerusalém.

Por fim o último mapa mostra a situação de 2012 quando os territórios da região destinada aos palestinos é pulverizada e entra em jogo a questão dos assentamentos israelenses em área palestina. Por isso o mapa é chamado de "Disappearing Palestine"  que traduzi como a "Palestina que está sumindo". Não coloco o mapa aqui por ser recente e por incerteza quanto aos protocolos de uso das fotos, mas, acrescento que um pouco antes do presidente Trump deixar o poder anunciou que tinha um plano de paz para Israel e Palestina. 
o Plano de paz do presidente Donald Trump previa a construção de um túnel entre o território chamado de Cisjordânia e a Faixa de Gaza (Veja o mapa e proposta).

 
A Palestina no tempo de Jesus Cristo como parte do Império Romano

O Império Ottomano - localiza a região do atual Israel e Faixa de Gaza. Dentro da divisão administrativa do Império Ottomano, a região que os franceses e britânicos iriam ocupar se chamava Bilad al-Sham   



Com o fim do Império Ottomano, França e Grã Bretanha dividiram o domínio criando os Protetorados (Mandates) Britânico e Francês.  

Mapa de como deveria ficar a Palestina com a criação de um "Lar" o povo judeus e árabe 


A Palestina que está sumindo: A Palestina em diferentes momentos: 1946 logo após o fim da II Guerra Mundial. Em 1947 antes da Proclamação do estado de Israel. Em 1949 depois da criação de Israel e em 2012. Até hoje o avanço das colonias judias em cima do que restou causa a pulverização  do território palestino