sexta-feira, 28 de julho de 2023

RS e empresa de Foz assinam contrato de concessão do Parque Estadual de Turvo: leia-se Yucumã

Governador Eduardo Leite assina o contrato de concessão. À direita, a secretária de Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann 

Juliane Nunes assina o contrato sob o olhar do governador Eduardo Leite e outras autoridades  

O contrato de concessão do Parque Estadual do Turvo entre o Governo do Rio Grande do Sul e a empresa iguaçuense Três Fronteiras Navegação e Turismo foi assinado no último dia 21 de julho. A canetada ocorreu no auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff) em Porto Alegre. Pelo Rio Grande do Sul assinou o governador Eduardo Leite e  pela nova concessionária, a diretora executiva do Grupo Macuco, Juliane Nunes. Participaram autoridades do governo gaúcho, convidados e imprensa. 

Segundo Juliane Nunes, em 30 dias será entregue o Plano de Transição Operacional. "O objetivo é gerar o menor impacto possível e com maior eficiência para garantir o desenvolvimento socioeconômico das comunidades do entorno, através do turismo sustentável”  e acrescenta  “Queremos aplicar a mesma expertise que desenvolvemos há mais de 36 anos no Parque Nacional do Iguaçu, visando gerar conforto e conhecimento para aos visitantes e trabalhar em consonância com os lindeiros ao Parque do Turvo”.

Hoje, visitantes de Yucumã (lado brasileiro de Moconá) se aventuram no leito pedregoso para ver as quedas de perto. Expectativa é que a nova concessionária melhore as estruturas    


O Parque Estadual do Turvo possui 17 mil hectares e está localizado na cidade de Derrubadas, a 500km de Porto Alegre às marges do rio Uruguai. O projeto de concessão foi elaborado em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o governo do estado do Rio Grande do Sul. “O governo manterá o papel de regulador e fiscalizador, garantindo que os interesses públicos sejam preservados e que a natureza seja tratada com o devido respeito”, explicou o governador Eduardo Leite. “Essa abordagem demonstra resultados positivos, com uma notável melhoria na qualidade dos serviços e na oferta de atividades de lazer e turismo sustentável”.

Para a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, a concessão permitirá a modernização do local e a qualificação de suas áreas verdes. “O objetivo é melhorar as condições do parque, proporcionando à população a oportunidade de fazer um turismo ecológico de qualidade, sem onerar os cofres estaduais. Além disso, a ideia é manter o foco no ensino por meio da entrada gratuita para estudantes e professores em atividades escolares e de educação ambiental”, destacou. A menina dos olhos do Parque Estadual do Turvo, além da fauna e flora exuberantes e seus mais de 17 mil quilômetros de terras protegidas, é o Salto Yucumã às margens do rio Uruguai, beleza natural compartilhada com a Argentina onde recebe o nome de Moconá. 

 

segunda-feira, 24 de julho de 2023

O Chaco Brasileiro - um bioma que o Brasil apagou

Assista o vídeo

A tarefa trinacional de hoje é apresentar a engenheira florestal Vane Costa

Parece que o brasileiro só sabe que existe um lugar chamado "Chaco" porque escuta falar que houve uma "Guerra do Chaco". Já para muita gente que transita entre Foz do Iguaçu e o Paraguai (quer dizer microcentro de CDE), é popular a expressão Chaco Boreal. E se perguntamos o que é Chaco Boreal, a primeira reposta será: é uma empresa de ônibus que liga Foz do Iguaçu a Hernandarias; Ponto para a empresa!


Minha missão hoje é apresentar uma mulher daquelas que não gostam de ver o mundo na mesmice. O nome dela é Vande Gosta, engenheira florestal. Eu nem sei onde ela mora. A Dra Vane Costa fala no vídeo sobre o Chaco que é "um bioma brasileiro que o Brasil não reconhece". No vídeo a nossa engenheira divulgadora científica lembra que o Chaco Sul americano é dividido nas seguintes porcentagens por país:
Argentina (40%), Bolívia (35%), Paraguai (20%) e Brasil (5%).
No Brasil o Chaco entra no bioma pantanal. Acho que é um bom tema para começar uma semana.

A cidade brasileira que representa o Chaco brasileiro é Porto Murtinho (MS) em frente a Carmelo Peralta no Paraguai. Nos comentários alguém lembra que esta região do "Pantanal" tem o nome de Nabileque. Mais uma coisa que lembra a necessidade de integração de informações entre os países chaquenhos Vane Costa

quinta-feira, 20 de julho de 2023

Foi por pouco Aviador Santos Dumont: o que teria sido da área das Cataratas do Iguaçu caso o Pai da Aviação não tivesse passado por aqui em 1916?

Título definitivo de Jesus Val sobre as 1.008 hectares ao redor dos "Saltos" 

Obrigado Santos Dumont! Vir às Cataratas foi seu voo mais alto! Sua visita continua rendendo!

Uma lista mais ou menos cronológica das tentativas de apoderação da área das Cataratas do Iguaçu:


1. Jesus Val ganhou as terras da Colônia Militar por ordem do Ministério da Guerra e Colônia Militar  por Título Definitivo assinado em 13 de Janeiro de 1912 (Documento acima)

2. Jesus Val faz negociação com Frederico Engel para tocar o hotel localizado na "esplanada do saltos" 


O Hotel Engel-Jesús Val na "Esplanada dos Santos"

3. Engel guia Santos Dumont na visita às Cataratas e na visita entrega Jesus Val como sendo um particular estrangeiro (1916)

4. Santos Dumont vai a Curitiba e intervem perante o Governador

5. Terra é desapropriada.Val vai pra Justiça (1916 - 1919). No final do processo tanto Val como Engel da iniciativa privada de Foz saem perdendo.

6. A Desapropriação da terra joga por terra negócios de Jesus Vaz com Aníbal Barbosa de Buenos Aires que pretendia construir uma Usina Hidrelétrica, um Hotel e uma Serraria. Havia multa por rescisão de contrato. O que deve ter afundado Val em dívidas. 

Hotel de Jesus Val - projeto "europófilíssimo"

Usina hidrelétrica de Jesús Val

Olaria de Jesús Val


7. Jorge Schimmelpfeng cresce os olhos naquela direção e começa fazer o Hotel Modelo dele (Anos 1920)

O Hotel Modelo de Jorge Schimmelpfeng


8. Mais tarde e já em operação, o Hotel Modelo pega fogo


9. Os próximos olhos a olharem na direção do "terreno da Galinha de Ovos de Ouro" foi o Governo Federal  que começa a construir o Hotel das Cataratas 



10. Hotel é inaugurado (1958) . O Rei do Turismo ganha a concessão; Quebrado,já que os cassinos foram fechados no Brasil, passa concessão para a RealTur do grupo da nascente REAL que termina nas mãos da Varig / Tropical 

11. Governo do Estado lidera iniciativa sui generis de uma revitalização do Parque Nacional do Iguaçu (1996/1967)

12. Definido consórcio da Área de Visitação em 1999/2000. Ganha o  Consórcio SATIS que virou Cataratas S.A. que virou Cataratas URBIA (2022). 

13. Próximo golpe foi dado pelo Governo Federal que detonou a Varig/Tropical que terminaram falindo (2007)

14 Paraná registra em 2º Cartório de Registros de Foz do Iguaçu as ex-terras de Jesús Val como de propriedade do Estado. Justiça Federal anula registro (2012 - 2020)

15. Entra a Orient Express (2007)

16. Orient Express passa para a Belmond Hotéis (2014)

17. Belmond Hotéis é adquirida pelo grupo LVMG (Louis Vuitton Moët Hennessy).

18. Governo do estado cresce o olho e faz lei que estadualiza a arrecadação do Parque Nacional do Iguaçu (1920)

19. O Presidente Bolsonaro na política de abrir as porteiras para deixar o gado passar teoria defendida pelo seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, criou um estilo de neo-concessão modelo atrelado ao BNDES que entrega tudo que estiver dentro de um Parque Nacional a uma única concessionária. É previsível "desgostos" e desavenças no ar.

É o capítulo em que estamos! Proteger as Cataratas por seu valor Intrínseco, Paisagístico, Cultural, Natural e Espiritual é obrigação de todos. Sempre lutando para que estas maravilhas não tenham dono a não ser o povo brasileiro e os povos do mundo que fazem um desfile para aqui chegar e se beneficiarem daquele ambiente que Santos Dumont viu.

Aviso: 

Todas as informações são parte da Memória da Justiça Federal no Paraná. O processo inteiro está disponível para todos os olhos em PDF. Ou A Q U I Basta clicar!     

quarta-feira, 19 de julho de 2023

Lembrando: Templo Budista de Foz do Iguaçu uma postagem de 5 de jan de 2008

Long Nü, filha do Rei dos Nagas e discípula de Manjushri, chegou à iluminação antes de atingir a adolescência



O templo Budista da Ordem Budista Internacional (ORBI) localizado em Foz do Iguaçu, Paraná não é um templo empenhado em arrebanhar novos seguidores. É um templo criado para atender as necessidades dos chineses que vivem na região da Tri-Fon – tanto em Foz do Iguaçu como em Ciudad del Este. É um templo de língua chinesa por isso não tem nenhum programa de divulgação para as línguas locais ou seja português, espanhol, guarani ou árabe. Embora não esteja preparado para atender aos visitantes no estilo turístico, quer dizer que haja um guia, que haja alguém que vá explicar o que é o budismo e possa responder a perguntas do tipo: qual é o deus do budismo? Quem é Buda?

O jornalista Marcio Fernandes, da revista Rolling Stones Brasil, me entrevistou sobre a Lista do que fazer na Tri-Fon, e me disse que já tinha apurado que existe queixas quanto à falta de explicação para visitantes no templo. Eu respondi ao meu entrevistador que isso não tem nada demais. “O Chinês acredita que tudo já está explicado”, eu disse e ele escreveu isso. Eu gostei. 

Isso é difícil para o ocidental. Na filosofia que os chineses chamam de Ch’an e os japoneses chamam de Zen, o importante é o vazio. Nesse templo aproveite para olhar, observar, ficar em silêncio e tentar absorver o que puder. Não esqueça do vazio. Os mestres Zen, desenvolveram meditações baseadas no vazio. Veja este poema zen, como um exemplo:

Livre como o vento e a Lua,

o olho no interior do olho.

Tão infinito quanto o universo,

a luz além da luz.

A sombra do salgueiro,

o brilho da flor,

o lar de todos.

Bata e lhe será permitido entrar.


O poema está falando de quê? De nada. O que você tem que fazer é lê-lo, recitá-lo e cada dia ele ficará mais bonito. Um dia, de repente você entende o poema. O budismo não é uma religião com deus. Quer dizer não tem um conceito de Deus, como a gente. Mas isso não significa que não tenham o conceito do divino. Então o budista é um seguidor de Buda? Mais ou menos. O budista é a pessoa que quer se tornar um Buda. Buda significa iluminado. Esse é o grande segredo do budismo. Toda pessoa pode chegar a ser iluminada. Mas o que turista quer saber é quem são aquelas estátuas espalhadas no pátio exterior do templo? A resposta simples é são budas. Aí tudo fica mais confuso. Como budas? Buda não é o Deus do budista?

Não! Aquela multidão de estátuas, no pátio do templo são “bodhisattvas”. E que é um bodhisattva? A pessoa que está lá e que possa receber vocês quase não fala português. Tentando explicar o que é um bodhisattva, ela diz: esses são candidatos a budas. A resposta mais aprofundada, em melhor português, segundo o livro “Cultivando o Bem, do Mestre Hisn Yün é: 

a) “Qualquer pessoa devotada a encontrar o “estado búdico”. 

b) É aquele que alcança a fronteira do Nirvana, mas opta por permanecer neste mundo para auxiliar a outros a alcançar a iluminação”.

Sobre a resposta à pergunta: quem é o Buda?, eu dou uma dica. Quando a maioria das pessoas fala de Buda, se está falando de uma pessoa que nasceu na Índia 463 anos antes Cristo. Ele era um príncipe chamado Sidarta Gautama que abandonou toda a riqueza e luxo partiu pelo mundo em busca de respostas. Essa pessoa real é chamada de o “Buda Histórico”, e é conhecido pelo nome de Buda Shakyamuni. Esse é o Buda que você está querendo entender.

Mas no universo existem milhares de Budas que não são deuses. Se você conseguir se iluminar, se livrar de todas as ilusões, descobrir a essência mesmo sem ser budista, sem ter escutado a doutrina você será um pratyeka-buda, que significa “alguém que despertou sozinho”. Nomes de alguns Bodhisattvas:


Samantabhadra,

Kshitigarbha

Mahastamaprapta

Avalokiteshvara


Note que a maioria dos nomes dos boddhisattvas, acima, estão em sânscrito (língua erudita e sagrada da Índia). O último bodhisattva mencionado na lista, Avalokiteshvara é conhecido na China como Kuan Yin, a bodhisattva da Compaixão. Kuan Yin assume inúmeras formas para ajudar a quem necessite. Por que não tenta chamá-la em caso de dificuldade?

Notas
Material publicado no blog Notas do Turismo. Mesmo sem divulgação, recebeu no período 1333 visitas.
Em 2015 produzi este material mais completo

quarta-feira, 12 de julho de 2023

 (Vídeo I)

O vídeo acima marca o lançamento da segunda etapa do meu canal. Só sobre curiosidades da língua que a faz complexa, interessante e cheia de curiosidades.Serão pelo menos 10 vídeos. Para marcar o iício da caminhada destaco aspectos da "inteligente complexidade".  

Motivo da iniciativa! 

Um dia, vi um vídeo no YouTube onde um missionário que acabara de chegar dos Estados Unidos falava sobre sua descoberta de que o Paraguai era bilíngue por lei e por cultura. Ele frequentara a escola preparatória onde aprendeu espanhol básico. Depois de chegar ao Paraguai, na primeira reunião com paraguaios ele via que ao "buenos dias" as pessoas acrescentavam "mba'e teko? E outros olhavam, para ele e prolongavam a frase? mba'eteko pio? Os novos amigos e irmãos explicaram sobre o guarani e começaram a ensinar coisas do dia a dia. Não demorou muito, o missionário chegou a uma conclusão e disse: o guarani é uma língua simples de um povo simples. Isso me lembra um livro dos anos 1970 sobre línguas que alertava: povo primitivo não fala uma língua primitiva. Não existe língua primitiva ou seja simples.

Esta semana lancei a segunda etapa de divulgação do guarani com a liberação do vídeo acima. 

A estrela dele é uma lista dos modos verbais em guarani comparados com os modos verbais do espanhol, português e inglês. Os números podem ser aleatórios já que tudo depende de conceitos. Mas seja lá como for o número de modos verbais vai de 3 a sete em português, espanhol ou inglês. Em guarani são 35. Todos os paraguaios falantes do guarani do mesmo modo que os falantes de português usam todos esses modos o tempo todo mesmo que não saibam como se chamam. 

Parte II) 


Na segunda gravação já publiquei os nome dos modos verbais em guarani e inclusive sinto a satisfação de dizer que na maneira do guarani construir seus termos técnicos são mais lógicos e fáceis de entender que os termos usados no mundo ocidental. Pouca gente sabe o que realmente quer dizer indicativo, subjuntivo ou até imperativo em português, por exemplo. 

Confira a lista dos 35 modos verbais do guarani (nomes em espanhol) abaixo:

segunda-feira, 10 de julho de 2023

Festival das Cataratas 2023 - Última entrega: Um show no Salão do Oriente Médio


Lu Braga, jornalista, escritora, editora do Jornal do Líbano, palestrante e voluntária

Duas vezes na tarde do segundo dia do Festival de Turismo fui entrevistar talentos iguaçuense e a entrevistada me olhou como se dissesse você não me conhece?  "Sou filha do Fulano".  A segunda foi esta

A primeira foi Ana Siolari  no Salão do Oriente Médio, um dos stands ais visitados e disputados do evento. Eu estava andando atrás (em busca) de um stand quando escutei o tambor forte de música libanesa Quem mora em Foz do Iguaçu, não diz simplesmente música árabe. Sabe que é libanesa. Não é saudita, tunisiana ou marroquina. O som daquele tambor me despertou. Me lembrei dos dias da antiga FERNATEC uma feira infelizmente descontinuada e que espero que volte um dia. 

Ana Siolari entre Leandro Araújo (esq) e Alison Capelar
 
Observando a apresentação, além de ver a habilidade da dançarina, fiquei impressionado com o dançarino e percussionista do grupo. Olhando bem para o percussionista pensei, "eu conheço este árabe". Eu já vi esse árabe. Terminando a apresentação, me aproximei. O árabe veio com tudo para me dar um abraço. Não é que ele me conhece?!  Daí vi que o nome desse árabe é Alison Capelari. O Alison é o percussionista número um de Foz do Iguaçu. Não só toca qualquer tipo de ritmo em tambor, bombo, zabumba, atabaque profano e sagrado como ensina a arte. Eu já fui aluno dele no batuque do Teatro Barracão por umaa semanas. Estava indo bem. Não sei porque parei. 

Daí quando me dirigi à dançarina, perguntei:você é libanesa? Ela disse não e ela antes de tudo disse "sou filha do Maim. Do Gilmar Maim? O dos eventos? E de onde veio essa habilidade como bailarina? De minha mãe, ela é uma pioneira em Foz, a Lucianie Siolari.    


Contando sobre o encontro com o Allsion para o Tiago Storch, meu filho e aluno de maracatu do Allison ele disse: o Alison tem cara de árabe, tem cara de turco, de cigano e se transforma em qualquer ritmo.  Parece que quando foi procurado pela equipe contratante perguntaram ao Alison se ele sabia o ritmo e arte árabes. "Daí ele correu e aprendeu", disse o meu filho. Junto com o Allison e a Ana Siolari estava o terceiro árabe da apresentação que é curitibano. O nome dele Leandro Araújo, também respira música e cursou  faculdade de dança, qualquer dança em Curitiba. 


A apresentação foi um sucesso tão grande que no rosto de cada integrante do stand havia um sorriso. Todos se reuniram para fotos. Foi nessa ocasião que descobri que o Stand vem se desenvolvendo ao longo dos anos no festival como um Salão do Oriente Médio organizado por uma importadora de produtos daquela região do mundo. No local encontrei Lu Braga, jornalista, comunicadora, palestrante e voluntária em causas ligadas à saúde. No stand conheci o livro "O que o câncer fez comigo" que narra a história de Lu no enfrentamento da doença. 
Daí comecei a entender que  Lu Braga é muito mais que parte importante do stand, da empresa importadora que que expunha na feira. Descobri que o voluntariado era palavra chave. Que a empresa dona do stand aposta em uma "liderança humanizada" feminina que entre coisas contratou pacientes oncológicos para trabalhar no stand no Festival. Daí comecei a entender por que tantos sorrisos nos rostos das pessoas naquela tarde naquele stand em particular. 

 



FIM

 

domingo, 9 de julho de 2023

"Cataratear" para não esquecer. A missão do Salto Fio Dental (Hilo Dental) nas Cataratas

Foto 1: A Ilha de San Martín e Salto Fio Dental

Foto 2: A desembocadura do Salto fio Dental no rio Iguaçu, no andar térreo dos três degraus 


Originalmente postado no Facebook*

Este não é o nome oficial. Nem existe, sequer, nome oficial. Na primeira foto vemos o arco principal das Cataratas (lado argentino) visto do segundo mirante em frente ao Hotel das Cataratas. Na segunda foto vemos o detalhe que mostra a Ilha San Martín e imediatamente na extremidade, à esquerda, da pequena floresta sobre a ilha, um pequeno salto que lembra um fio / hilo que parece estar, no seu ritmo, dividindo/criando a ilha. E está. A terceira e quarta fotos mostram o Salto Fio Dental durante uma enchente quando a vazão atinge 14, 25 ou até 46 milhões de litros de água por segundo.

Foto 3: Fio dental "engorda" em uma cheia significativa 

Foto 4: O Salto Fio Dental de fio dental não tem mais nada. Saltinho explode em volume d água com mais de 40 mil litros de água por segundo

Imagine você tentando serrar uma rocha com um fio dental. Com paciência, perseverança e tempo (muito tempo) você conseguirá. Do mesmo jeito, o pequeno salto que pouco aparece nas fotos e quando aparece não recebe a devida atenção, está trabalhando.

Daqui a 100 mil anos, já vai dar para ver. Guarde esta postagem para mostrar. Se você é ateu, a explicação basta por aqui. Se você é cristão e vê as Cataratas como uma maravilha de Deus, se ligue na ferramentas que Deus usa para construir maravilhas. Uma delas se chama erosão (que opera para cima, para baixo e para os lados). É por causa da observação dessa ferramente que o ditado português afirma que "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura".
Obrigado
saltinho fio dental, você está fazendo um bom trabalho


* NOTAS

"Cataratear" é um verbo de criação livre do autor (2020). Traz a ideia de visitar e ver as Cataratas prestando atenção em seus múltiplos e mínimos detalhes. É uma versão do "waterfalling" em inglês

"Cataratear" es un verbo de creación libre del autor que también propone el mismo verbo en Jopará / Guarani e castellano como "kataratea" que se conjuga asi: akatarateá, rekataratea, okataretea, jakataratea, rokataratea, pekataratea, okataratea (yo catarateo, tu catarateas, él cataratea, catarateamos etc)

Obs.: la idea de "cataratear" fue inspirada en el verbo "to waterfall" que nombra al hobby "waterfalling" de visitar cataratas del mundo practicado por fanaticos casi adoradores de cataratas, cachoeiras, saltos y similares en verdaderos "waterfalling tours".
Ejúmina, rekataratea haguã!