sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Onde encontrar "Rodocrosita" em Puerto Iguazú?




Esta nota é rápida. Logo a completarei. Quero apresentar a pedra oficial da Argentina. Se chama rodocrosita, é rosa, às vezes, rosa-avermelhado, diferente, algo rara e é uma das coisas que se procura e que não se pode deixar de ver quando se visita a Argentina. A pedra serve para tudo. Para a mineração ela é fonte de manganês. E seu uso é basicamente industrial. Na Argentina existe uma verdadeira indústria de jóias e artesanato em cima da rodocrosita.

Para os místicos, a pedra encoraja atividades em geral, a vivacidade, o erotismo e expressões espontâneas sentimentais e levanta o espírito. É também para estimula a circulação, equilibrar a pressão alta, os rins e os órgãos reprodutores. Eu uso uma para espantar infartos e outros piripacos.

Em Puerto Iguazú, você vai encontrar a rodocrosita em várias lojas na Avenida Brasil, aquela área que as agências de turismo oferecem como "comércio argentino" e por toda a cidade, dano a volta da quadra principal do centro comercial. A maioria ou oferece a pedra como artesanato ou jóias (caras). Há lojas também nos hotéis de quatro e cinco estrelas e em qualquer lugar que se possa arrancar o olho do turista.

Fiel ao espírito de valorizar as coisas do povo e dos mais simples recomendo duas lojas que encaixam (ou encaixavam) no meu perfil. São elas a Joyería Artesanal (Joalheria Artesanal) na Avenida Costanera com Tres Fronteras e a loja Pedras Nativas, na Avenida Tres Fronteras. As duas lojas não sabem que eu existo. Recomendo por recomendar. Eram boas há alguns meses. Espero que continuem. A foto ilustrativa mostra um colar. Mas você a encontrará, solta, anéis, em forma de pássaro e muitas outras formas.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Conhecendo o Gauchito Gil em Puerto Iguazú




Fotos: Capelinha dedicada ao Gauchito Gil; imagem do Gauchito. Ver abaixo a oração ao Gauchito Gil.

Se você vai viajar pela Argentina, de Puerto Iguazú a Buenos Aires, de Buenos Aires a Patagônia, você vai ver ao longo da estradas nacionais ou provinciais pequenos santuários (capelinhas), decorados com velas, bandeiras vermelhas, fotos e até presentes. Os santuários são de todos os tamanhos e formas. Quem vai do centro de Puerto Iguazú para as Cataratas (lado argentino) verá o primeiro santuário, do País, no lado esquerdo da estrada, à frente e ao lado do Instituto Tecnológico (ITEC) Iguazú. Vale a pena parar e dar uma olhada. Se for na época em que se celebra o aniversário da morte dele, em janeiro, o lugar pode estar superlotado.

Quando era vivo, até o final do século 19, Gauchito Gil se chamava Antonio Mamerto de la Cruz Gil Núñez. Me parece que ele era "correntino", quer dizer da Província de Corrientes, a província logo após Misiones e que limita com o Brasil (RS) ao longo do rio Uruguai. Em Mercedes, Corrientes, até 200 mil pessoas vem de toda a ARgentina e Rio Grande do Sul para venerar, tocar, rezar, fazer promessas e agradecer ao Gauchito Gil.

Segundo a lenda, Gauchito foi morto a tiros por uma patrulha da polícia da Província. Diz a lenda ainda que depois de ser baleado ele olhou para o "carrasco" e lhe disse mais ou menos assim: quando você chegar em casa, reze pra mim e aquele seu filho que está morrendo vai se curar". E assim aconteceu. Hoje a Policia de Corrientes manda mais de 3 mil policiais para proteger os peregrinos que vão a Mercedes por causa dele.


Oração e promessa ao Gauchito Gil:

Oh! Gauchito Gil te pido humildemente,
se cumpla por tu intermedio ante Dios,
el milagro que te pido:
Y te prometo que cumpliré mi promesa y ante Dios te haré ver,
Y te brindaré mi fiel agradecimiento y demostración
de fé en Dios y en Vos Gauchito Gil. Amen

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Jardim dos Beijaflores



Foto de Clarence /Album

Em espanhol se diz "Jardin de los picaflores" e fica em Puerto Iguazú, Argentina. É possível que o "Jardim dos Beija-flores" seja a menor atração turística de Puerto Iguazú. É possível também que seja a mais comentada, falada e recomendada internacionalmente por gente que entende da coisa. O "Jardín de los picaflores" é o jardim interno de uma casa de família. A mulher é brasileira de Santa Catarina. O marido é argentino. A casa é arborizada. Há vários bebedouros para beija-flor. Uns bancos onde se pode sentar.

O resto do show é com eles. Quem mais recomenda o "Jardim" são especialistas que visitam Puerto Iguazú para observar pássaros. Estive lendo o diário de um viajante que foi ao Jardim três vezes durante a permanência de cinco dias. Eu também fui ao Jardim. Não consigo esquecer o barulho agradável dessas pequenas aves que só existe nas Américas. "Jardin de los Picaflores" é também o nome de um livro disponível no local. Se puder, compre uma camiseta para ajudar a manter o local. Recomendo!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Lembrando Roger Tory e a Observação de pássaros na Tri-Fron

Roger Tory Peterson
1908 - 1996
In Memoriam
A observação de pássaros é um fenômeno do século 20. Antes disso só havia caçadores de pássaros e cientistas estudiosos de pássaros. Existia também os conhecedores gastronômicos - que são aqueles mais antigos que sabiam tudo sobre pássaros fritos, assados, torrados e cozidos. Já denunciava Eurico Santos, grande escritor naturalista brasileiro, "... a gula orientou a observação a respeito dos seres emplumados..." Do tipo você já comeu pica-pau? Quanto aos cientistas, muitas foram as expedições que partiam com cientistas armados com espingardas. Todo pássaro que descobriram, levou chumbo e chegou morto para ser empalhado depois, claro, de ser dissecado e "entendido".

Mas esta nota aqui é para falar da boa e agora já velha "observação de pássaro". O observador de pássaro não é cientista. Não é biólogo. É um cidadão de qualquer profissão que deseja ver, observar e identificar pássaros. Para isso ele carrega binóculos e se for sério mesmo, uma caderneta para anotar a espécie vista, a hora e o local exato. Ele carrega uma coisa mais preciosa ainda: um guia de campo. O primeiro Guia de Campo foi feito pelo amante da natureza e pintor Roger Tory Peterson em 1934. Assim Peterson foi o pai da observação de pássaros moderna. Hoje há livros Guias de Campo para pássaros de todos os países, continentes, regiões, ecossistemas e biomas.

O primeiro Guia de Campo que vi era de Roger Tory Peterson, dedicado aos pássaros do Centro-Oeste dos Estados Unidos. Eu o comprei em um sebo em Maceió dos anos 70. Era um livro pequeno, de bolso. Graças a esse livro, meus olhos abriram-se para os pássaros e pude saber que caga-cebo, se chama "bananaquit".

Estou escrevendo isso aqui ligado à minha famosa "Lista do que Fazer na Tri-Fron". Na lista dou um link para uma agência de turismo especializada em observação de pássaro em Puerto Iguazú. A orientação geral da empresa é para o público de fala inglesa. Por quê? É uma pena que este hobby não tenha pegado por aqui. É razoavelmente desenvolvido na Argentina. Aqui não. Uma grande população interessada em pássaros, ajuda muito na questão ambiental. A destruição das matas, banhados, campos extingue pássaros. A região está pobre em observação de pássaro ou seja, temos uma observação primitiva para os estrangeiros e nenhuma para o público local. Isso pode mudar. Estou sabendo de um movimento para a criação de um Clube de Observação de Aves (COA)em Foz do Iguaçu.Logo descobrirei mais e acrescentarei as dicas. No Brasil começa a haver um movimento de observação de pássaros e está entrando em vigor o verbo "passarinhar". Eu mesmo criei um verbo desses, se chama "ornitomirar".

As agências de turismo já podem organizar saídas de observação de pássaros em Foz do Iguaçu. Mas ainda para turistas e de preferência americanos. Isso é triste. Não me conformo que o Brasil não tenha sabido, primeiro, entrar para valer na indústria da observação; segundo, incentivar o hobby para os cidadãos em geral. Final: o Só os EUA tem mais de 50 milhões de observadores.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Links para três textos

Escrevi algumas notas sobre três importantes ícones de Foz do Iguaçu. A Mesquita Omar Ibn Al-Khatab, o Templo Budista e o CEAEC. No momento de postagem publiquei o material no Notas do Turismo. Assim agora faço links para o material para que fique mais fácil de encontrar. Aí vão:

Mesquita Omar Ibn al-Khattab
Quem foi Omar Ibn al-Khattab?
Templo Budista
Sobre o CEAEC
Mais sobre o CEAEC
Mais sobre o CEAEC II

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Apometria


O Blog de Foz do Iguaçu, que se dedica a mostrar o que Foz do Iguaçu tem, quer hoje chamar a sua atenção para um grupo de pessoas que trabalham com uma técnica chamada "apometria". Escrevo sobre a Apometria por que estou escrevendo sobre todos os grupos ligados à espiritualidade em Foz do Iguaçu e muitos deles coloquei na Lista do que fazer na Tri-Fronteira. Não estou colocando a Apometria na lista, no sentido clássico turístico-cultural. Até porque o que a Apometria tem em Foz do Iguaçu é um local de trabalho, o Lar Escola Seara do Bem.

O que posso dizer, no nível pessoal, é que já fui ao Lar Escola, em certo momento e saí de lá animado, provocado, cutucado. Me foi dito que eu poderia fazer muito mais, que sabia muito mais do que eu tinha assumido até o momento. A foto foi feita há alguns meses quando eu andava pela região. O Lar Escola Seara do Bem fica na rua do Centro Social Urbano. A Apometria é chamada de Medicina Espiritual. Coloco abaixo alguns links do mundo apométrico.

Site um
Site dois
Casa do Jardim

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Uma porção de lambari em Foz do Iguaçu



Na minha "Lista das 120 Coisas a fazer na Tri-Fron", termo que eu uso para evitar dizer "Tríplice Fronteira", sugeri provar uma porção de lambari em um restaurante às margens do Rio Paraná. Não há muitos restaurantes às margens do Rio Paraná. Me lembro do Restaurante Cataratas Iate Club, do Clube Amambay de Caça e Pesca e do Clube Maringá (não sei se os últimos dois têm sites). Comer uma porção de lambari, olhando para o rio Paraná,acompanhado de amigos é um programa definitiva e tipicamente foz-iguaçuense.

Li por aí que há, nos neotrópicos (onde?), 129 espécies de peixes chamados "lambari". Por isso eu não sei dizer quem é quem no universo "lambarístico". O lambari a que me refiro é pequeno. Aquele que é pescado em garrafas de cerveja ou tubaína com farinha ou migalha de pão dentro. Ele é tão pequeno que entra na garrafa nadando e depois não consegue sair dela (Está parecendo comigo). Já vi lambaris maiores em pesque-pague da região. Lembrei-me do pesque-pague dos Wandscheer e dos amigos com quem vou lá!Boa pedida!

Outro lugar que tem bom lambari, com tendência a ser maiorzinho, é um bar antigo localizado na Avenida General Meira, após passar a Avenida Berlamino de Mendonça. Me parece que o bar se chama "Mezomo". Todo mundo conhece. Fica em frente ao primeiro ponto de ônibus da Avenida, sentido centro-Porto Meira. Finalizo dizendo que os lambaris são caracídeos e muitos têm um nome científico que começa com Astyanax.

Astyanax, além de ser um lambari do beiradão, foi também um herói grego filho de Heitor (Hector) e Andramache. Parece que Heitor entrou em óbito enroscado no cavalo de Tróia. Mas isso não tem nada a ver com lambari do Paranazão. Para complicar as coisas, os japonese da Nitendo inventaram um jogo (video game) chamado Astyanax. Complicado! Se você se viciar em lambari frito, você pode tentar fazer a receita mineira "lambari com queijo". É o que aparece na foto acima, retirada (temporariamente), do site de uma empresa que fornece, imagine o quê? Lambari! Logo eu fotografo, uma porção só para você ver. Viu? Turimso é cultura! Turista informado não é enganado!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Blog do Rio Iguaçu



É isso mesmo! Anuncio o meu mais novo blog. Se chama "Rio Iguaçu". A civilização ocidental não tem olhos para os rios. Eles são usados e destruidos mas quase não vistos. O rio Iguaçu é o rio da integração do Paraná. Iguaçu é o Palácio. É o Parque.Iguaçu, as Cataratas. Iguaçu nos nomes das cidades. Iguaçu nas lojas, no comércio. Há até um restaurante chique na Nova Zelândia chamado Iguaçu. Minha idéia é que o blog seja de utilidade para o turismo, para a educação, para o contato entre as pessoas de todas as regiões da Bacia do Iguaçu. Estou postando o material agora, mas trabalho nele desde 2007. Creio que o rio Iguaçu é o verdadeiro fio que une o estado. É nossa identidade. É preciso vender a idéia. Mas o rio Iguaçu é também catarinense e argentino. E, por causa das Cataratas do Iguaçu, do Parque Nacional do Iguaçu é também do mundo! Estou trabalhando também nos blogs irmãos: Río Iguazu e Iguassu River. Os blogs podem variar. Não são tradução. Reescrevo tudo pensando em quem vai ler. Logo anuncio oportunidade para que você ajude ou patrocine e participe da "Comunidade Iguaçuense" - no novo sentido. Vai lá!