Esta é minha homenagem, um pouco tardia, ao colega Romero Sales, que faleceu esta semana em Foz do Iguaçu. Paraibano de Campina Grande, Romero tinha (tem) uma personalidade forte e uma interpretação pessoal da vida com direito à vocabulário próprio. Palavars como inseto, esquema derrubado e preá eram usadas por ele para traduzir conceitos como amigo, colega, pessoa e outras. Tópicos, teorias e notícias eram resumidas na palava "H" - é mais que uma letra. Uma vez em uma coluna minha (Notas do Turismo) na Gazeta do Iguaçu, expliquei os saudosos Jogos Mundiais da Natureza (JMN): "meu colega Romero diria o seguinte - o JMN é um "H" (projeto) do Jaime Lerner, para dar visibilidade ao "esqueminha" (estratégia de marketing de lançamento)da Costa Oeste, para atrair mais insetos turistas, insetos ecoturistas, aumentar o esquema do turismo de negócios e eventos que traga "derrubados" (clientes) de maior poder aquisitivo...".
Outra figura (amigo) que também faleceu, o Seu Beto Munaro, deu as boas vindas ao Romero quando ele entrou na Gazeta do Iguaçu onde trabalhou e chegou a editor. Seu Beto admirou-se da luta do nordestino e disse: "Romero, sua vida é uma batalha". Romero gostou da palavra Batalha e em dez minutos a transformou em um apelido para o seu Beto. O seu Beto, paranaense de Altônia, ficava vermelho quando o Romero entrava no carro, e dizia: E aí Batalha! Eu lamento que ele tenha deixado o Planeta da Batalha, seus derrubados colegas tão cedo. Mas Romero sabia umas coisas a mais que os insetos do dia a dia com quem vivia. Romero era fã do Rāmāyaṇa, um obra época composta de 24.000 e é partae importante da literatura sânscrito. às vezes, às tardes, ele me chamava para ir lá fora tomar um ar - trabalhávamos juntos então. Olhava para as núvens, o céu azul e dizia: respire esse prana! Assim minha homeanagem a esta grande pessoa que no palco da vida não teve a galera apropriada e correta para assisitir o seu show! E quem tem? Tchau Romero! Minhas condolências à família!
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