terça-feira, 1 de maio de 2012

Amigos que já são nomes de ruas: estou ficando velho na Tri-Fron

Josivalter Vilanova
Esses dias perambulando pela fronteira passei por três lugares diferentes. Lugares que sempre vi mas que nesse momento em que passei a ficha caiu. Primeiro em Ciudad del Este vi o Teatro Municipal Mauro Céspedes. É sempre normal ver lugares públicos que são nomeados para homenager alguém e a gente tem que investigar a história para saber quem foi. Em Puerto Iguazu, fui ver a Avenida Beira-Rio ou a Costanera (Costaneira) que se chama Eduardo Arrabal – é a primeira “costanera” da Tri-Fron. Por fim, dia desses, dando uma geral no Porto Belo, um bairro de Foz, aquele onde fica o templo budista, para fazer um artigo sobre o bairro, com dicas sobre como chegar ao Templo Budista, escrevi: pegue a Rua Ângela Aparecida de Andrade até o começo da Rua Dr. Josivalter Vilanova que você vai sair no Templo Budista. Daí, me dei conta de que estava vendo ruas e edifícios públicos como nomes de amigos. Mauro Cépedes foi um grande amigo. Secretário de Turismo de CDE e agitador cultural estivemos em centenas de eventos juntos em Foz, Curitiba, Ciudad del Este e Madri. Eduardo Arrabal também foi meu amigo. Ele é fundador do Aventura Nautica e Iguazu Jungle Explorers na Argentina e um dia fomos ao Pantanal juntos. Passamos uma semana a bordo de um carro SSang Yang junto com a esposa dele, o cineasta canário residente na Argentina, Tito Stinga e Héctor Cruz artista plástico e fundador do Museu de la Pachamama em Aimacha del Valle, Argentina e um outro colega chamado Marcelo. Josivalter Vilanova, o conheci nos anos 90 quando ele era vereador e médico em Foz do Iguaçu. Com médico ele me fez um check-up, o único que fiz na vida e me fez usar uma maquininha que registrava as palpitações do coração. Como vereador me lembro dele numa cerimônia em que eu recebia um Moção de Aplauso pela publicação do jornal The Informer - informativo turistico da região publicado em inglês. E aí estão três lembranças, três pessoas que me fazem sentir "fronteirço”. Me faz sentir daqui embora tenha chegado aqui ontem (1977) quer dizer em tempos geológicos não é nada. Mas em tempo na escala humana, já pesa.




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