segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Duas coisas para dizer da estrutura aduaneiro-migratória na Ponte da Amizade: uma boa. Outra ruim

Primeiro a Coisa Boa

As duas coisa foram registradas no sábado, dia 13 de janeiro deste ano. Publiquei o material em duas postagens diferentes no Facebook.

A primeira super positiva:

Feliz domingo
A vista do rio Paraná a partir da área primária aduaneiro-migratória do lado brasileiro da Ponte Internacional da Amizade Brasil-Paraguai, começa a ser alegre e fantasticamente recuperada. Parabenizo as pessoas (porque sempre há pessoas) por trás da iniciativa inicialmente tímida e silenciosa. O propósito desta publicação que reforça a postagem de ontem é compartilhar esta velha postagem de 2006, em um blog quase abandonado chamado Jacksonlima.jor intitulada "Muro Local" Na época eu fazia títulos muito curtos. Na verdade o que eu queria dizer era: O Muro de Berlim Local. O JacksonLimaJor tem muito material da época.

Na postagem de 2006, no fervor das obras para ampliação da estrutura, ps predios antigos foram demolidos. Como havia muitas ações de descaminho e contrabando, com lançamento de objetos para burlar a fiscalização as autoridades decidiram construir um muro. Na postagem eu disse que meu sonho era ver o muro no chão e a vista do rio recuperada. As fotos da postagem no Face, republicadas aqui o rio reaparecendo pouco a pouco. Meu sonho em relação a isso está sendo realizado.
Atenção autoridades envolvidas, está na hora de autorizar suas assessorias de imprensa para que compartilhem o que está acontecendo. É uma notícia que pega bem. Meu conselho! A próxima postagem vai mostrar algo que não pega muito bem! AS fotos da postagem sobre a positiva recuperação da vista do rio e obras de arte da Ponte que continua mais charmosa com passar do tempo. As fotos:

O muro que roubou a vista do rio recebeu pinturas de atrativos turísticos

Esta estradazinha passa por baixo da Ponte da Amizade

O mirante já pode ser visitado sem custo. Obrigado!  

Uma maravilha de Ponte

Muro sendo desmanchado em uma das extremidades
deixando ver a estradinha

Mais uma visão da estradinha


A Segunda não tão positiva:
O texto é grande. Mas o sufoco na Ponte (da Amizade) é maior

Daqui dá para ver o começo da fila lá atrás. Também pode ser chamado de fim da fila. Note um senhor retornando para o começo depois da tentativa de furá-la. 

Junção de filas: a oficial na calçada e a não oficial crescendo abaixo do meio fio um pouco antes do liberou

A coisa ruim

Fase I

Eu e todo o mundo que atravessamos a Ponte Internacional da Amizade a pé no sábado, procedente de Ciudad del Este por volta das 14h, esbarrou com uma fila. O boato na fila é que quem nela estava tinha que apresentar nota fiscal. A fila empacou. Logo quem obedeceu viu pela rabada lateral do olho, um casal de fura-filas passar direto se dirigindo à mesa do desembaraço. Felizmente os guardas terceirizados detectaram os furões e os fizeram voltar para o começo da fila. Infelizmente o número de furões começou a aumentar. Primeiro quatro, depois mais seis, e mais 20, eu perdi a conta, os guardas perderam o controle e uma voz entre os pacientes acatadores da fila anunciou: liberou! Todos alegremente começam a andar. Na mesa do controle, o funcionário, talvez dois, pegou uma maleta para revisar.

Todo mundo continuou a jornada. Para onde? Escutei alguém vociferar um "Oh Não" e outro disse: Catraca! Se quando a boiada estourou eu pensei em gado, agora ao ver a "Catraca", não tive como não pensar em gado de novo. Como na minha frente ia uma senhora com hijab (véu), eu, com minha leve labirintite senti a cabeça rodar e pensei por um momento que estava em Israel em um daqueles postos de controle nas fronteiras de povoados e bairros ocupados da Cisjordânia. Não tive como não falar alto para os companheiros de calvário dizendo que essa catraca parecia coisa de Israel versus Palestina. O senhor árabe confirmou que naquela fronteira tem sim catracas como esta mas com arame farpado.
Daí minha mente me perguntou o que aconteceria se alguém desse um grito de horror, ou se houvesse uma troca de tiro, qual seria a rota de escape para aquela multidão de civis, homens, mulheres, crianças, carrinhos de bebê e cadeiras de roda? Como passariam todas por aquela catraca de uma vez, um por vez? Minha mente perguntou também quem teria inventado essa catraca? Quem fábrica? Na disciplina prevenção de acidentes deve ter um capítulo sobre saídas bloqueadas. Não esqueçamos da Boate Kiss no Brasil e do Shopping Ykua Bolaños no Paraguai. As Três Fronteiras ou Região Trinacional merece respeito por abrigar as Cataratas do Iguaçu, Sítio Sagrado reconhecido por seus próprios méritos etc

Fase 2 - A catraca
A Catraca

Uma pessoa por vez






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