quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Lixo: o lado negativo do turismo de compras

Lixo transcontinetal deixado pelos nossos turistas. Destino dele: Aterro Sanitário  
Andando, como sempre, pelas ruas de Foz do Iguaçu, passei por um hotel na área central. Um ônibus de "turistas" acabava de deixar o hotel tendo como destino sua cidade natal neste grande e extenso Brasil. Me chamou a atenção o que deixava para trás. Lixo, muito lixo na forma de caixas de mercadorias, protetores de isopor e plásticos de várias espesuras. Fiquei pensando: isso é contabilizado de alguma maneira? E quem paga o preço disso, além do planeta, é claro! No lado paraguaio da fronteira a situação é pior. São toneladas de material a base de isopor, além de plásticos, que são abandonados nas ruas pelos "turistas" num esforço de passar o mais leve possível pelas autoridades brasileiras. 

E isso sai de graça?
Quando chove, a enxurrada leva todo esse material para a rede fluvial o que significa o sistema rio Acaraymi e Acaray o que produz o desastre visto no bairro San Rafael em suas previsíveis e frequentes enchentes. Não acho que fosse má ideia que o Paraguai cobrasse uma taxa da China, Taiwan e Coreía também, seja lá como for, para ajudar a custear um destino melhor, quer dizer, reciclagem do isopor e do plástico. 

O pessoal de cooperativas de reciclagem em Foz do Iguaçu apresentaram no Festival de Trismo das Cataratas do ano passado produtos feitos de isopor reciclado. Assim, peço que façamos algumas coisas: conscientizemos a esses "turistas" sobre o que eles deixam para trás; que tornemos público o que pode ser feito com isopor e como reciclá-lo e que as autoridades - inclusive os vereadores, criem leis que taxem, cobrem, puna monetariamente a "cadeia produtiva" do lixo. Viver neste planeta nao sai grátis. [Fotos 'bairronauta" / JL]

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