O trem já está la na frente |
O primeiro projeto da Estrada de Ferro Antonina – Curitiba foi feito pelos engenheiros negros e irmãos André e Antonio Rebouças. Quando a obra começou em 1880, dez anos após o primeiro projeto, duas coisas tinham mudado. Primeiro o traçado original de Rebouças. Em vez de partir de Antonina, a Corte, lembre que ainda éramos Império, aprovou a partida da linha de Paranaguá.
Véu da Noiva |
Por isso ele cedeu seus direitos em 1873 ao Barão de Mauá considerado o maior empreendedor brasileiro e criador da primeira estrada de ferro do Brasil em um período em que o empresariado majoritário não tinha nada contra continuar escoando a produção em lombo de burros. Porém o Barão tampouco conseguiu iniciiar a obra no prazo devido a dificuldade de capital nacional. Assim a concessão foi transferida para a Compagnie Générale de Chemins de Fer Brésiliens (CGCFB) – cuja tradução embora horrível fica assim: Companhia Geral de Caminhos de Ferro Brasileiros, de capital francês. Para botar a mão na massa a CGCFB contratou a belga Societé Anonyme des Travaux Dyle et Bacalan.
Pontes e Túneis |
A construção começou em 1880 e terminou em 1885. Cinco anos para construir uma estrada de ferro naquela época. Um milagre, já que além das dificuldades do terreno ainda havia a malária. "Chegamos a manter 9 mil homens em serviço, dos quais a metade na cama, atacados pela malária ou outras doenças", comenta o site Patrimônio Belga no Brasil.
Viaduto São João, fabricado na Bélgica, montado in situ |
Destaque para a Ponte São João e o viaduto da Grota Funda. O Viaduto São João tem quatro vãos. Um de 12 metros, o segundo com 16,32 metros, o terceiro com 70 metros e o quarto com 12 metros. Confira o site para ver todos os números. O site presta um bom serviço ao destacar a participação belga já que quando falamos em ferrovias os ingleses aparecem em primeiro lugar.
Nota:
Tem muita gente envolvida nessa história. Um deles é o engenheiro Teixeira Soares. Leia mais sobre ele
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