Cenário de 14 de março de 2020. Braço Iguaçu, Prainha na área do Salto S.Martin |
Fui às Cataratas do Iguaçu neste sábado,14. Não havia filas
para comprar ingresso. Um movimento normal. Não se sentia ainda pressão de queda de visitação nem por
conta do coronavírus e nem por conta da seca. O rio Iguaçu, na altura de Porto Amazonas está
quase desaparecendo. A vazão dele era de
14 metros cúbicos por segundo no sábado. Nada de chuva em Curitiba e RMC.
A situação melhora um pouco depois que o
rio Iguaçu recebe o Rio Negro. Em
Fluviópolis ele engorda para 83 metros cúbicos. Não é nada, as Cataratas precisam de 1.500 metros cúbicos por segundo. Em União da Vitória chega a 94 metros cúbicos por segundo. Depois
de seis hidrelétricas – que também estão em situação crítica - mais para baixo, a vazão nas Cataratas era de 560 metros cúbicos por segundo. Escandalosamente baixo.
Quem teve acesso ao meu livro 7 Arcos e 3 Degraus, vai entender se eu disser
que a seca afeta o Arco I das Cataratas aquele que
fica em frente ao Hotel das Cataratas. O Arco II também está muito seco. Do Terceiro Arco, adiante, há
um pouco mais de água e para quem está no Mirante brasileiro na área do
elevador, a quantidade de água preenche todo o espaço embora para quem conheça, a falta de água permite ver sequelas da seca à frente de seus olhos.
Contemplação |
Ainda dá
para encontrar pessoas paradas na passarela com olhos fixos nas Cataratas como
se estivessem bebendo literalmente a beleza das Maravilhas do Mundo. Fotografei uma
senhora que estava nessa situação e perguntei a ela se havia um motivo para uma
contemplação tão profunda. Ela disse que
ela simplesmente viveu cada momento em que ficou parada nos diferentes mirantes. (Falei com
ela depois da contemplação, não interrompi). Compartilho algumas fotos desse
momento de Cataratas com pouca água.
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