quinta-feira, 24 de março de 2022

O turismo não pode voar com uma asa só. É preciso normalizar as relações internacionais

Tuiuiu - um grande voador. Duas asas em harmonia (Foto SOS Pantanal) 

 O Turismo é como um pássaro. Precisa de duas asas para voar. Uma asa se chama "turismo nacional" que está ligado ao turismo interno, que promove negócios, viagens, entretenimento, integração nacional e acontece a grosso modo em moeda nacional.

A outra asa é conhecida como "turismo internacional". A asa internacional traz divisas estrangeiras e é classificada como uma espécie de exportação. É analisada pelos ministérios de economia e entra na balança comercial.

A retomada do turismo só acontecerá de verdade quando as duas asas estiverem voando juntas. No caso de Foz do Iguaçu, quando o voo da LATAM procedente do Aeroporto Jorge Chávez de Lima, finalmente volte a aterrissar no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu-Cataratas.

O voo de Lima é simbólico. Lima é como um ponto de concentração de voos (HUB), ponto de chegada, partida e conexões que vem sendo trabalhado há muito tempo. 

À beira do Pacífico, o Peru está de peito aberto para o além mar. Há até suspeita (segundo Thor Heyerdahl) de que os polinésios emigraram do Peru para as ilhas polinésias. Os voos para Lima chegam de Los Angeles, de Sydnei via Tahiti, Ilha de Pascoa diretamente ou via Santiago. Os passageiros chegam dos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Coreia além de  capitais latino americanas como Rio, Buenos Aires, Panamá, Bogotá, San José, Asunción e outras. 

E de Lima se espalham para destinos internos como Iquitos na Amazônia, Cuzco, Arequipa, Nazca e também para o Chile, para a Colômbia, para o Equador com Galápagos puxando a fila. Para o Brasil os voos partem para o Rio de Janeiro, São Paulo e  imaginem, Foz do Iguaçu. É Foz do Iguaçu entre as grandes.

Por isso o turismo necessita de um planeta em paz em todos os sentidos: na saúde, nas relações internacionais, na sinceridade do relacionamento entre as nações e de muita confiança. Assim continuemos torcendo pelo fim da pandemia e pela Paz. Sem paz, triunfa a indústria da guerra e aumenta a miséria dos povos. 

Depois de dois anos de pandemia, o turismo desabou. O turismo como setor altamente impactado deve ter aprendido que a saúde é o bem mais importante e  que todo esforço deve ser feito pela manutenção da saúde física e mental. Isso leva à necessidade de prestar atenção também às questões ambientais especialmente o respeito à terra e todos os seus habitantes, inclusive os vírus provocados pelo desmatamento, crescimento urbano desordenado e outros tipos de invasões humanas. 

Que cada trabalhador do turismo, quer  seja o dono da empresa, o operador, o guia, o garçom, a garçonete, o porteiro ou as camareiras, seja embaixador ou embaixadora da Paz, considere-se um embaixador do Brasil e que todos colhamos juntos os frutos do turismo. 

Livro da Pastoral do Turismo que a CNBB quer divulgar em 2022

PS.: O turista viajando é um ser exposto e vulnerável a desastres naturais, sociais e climáticos. Está no mesmo barco que os habitantes locais. Prova de que isso é verdade foi o chamado do Papa João Paulo II ao encorajar que a igreja em cidades turísticas criassem pastorais do turismo. Foz do Iguaçu já tem? No Brasil a CNBB já está apostando na retomada do turismo e na preparação de agentes de ações das pastorais do turismo.       


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