segunda-feira, 20 de março de 2023

Não é à toa que Chrostowski é chamado de Patrono da Ornitologia do Paraná - Segunda Parte

 

Carcará ou Caracará. Foto Andreas Trepte 

Tadeusz Chrostowski viu um Polyborus tharus ou caracará que mesmo entre os pesquisadores tinha outro nome como Falco tharus em março de 1911. Onde? Na comunidade existente até hoje com o nome de Chapéu de Sol ou Chapeo de Sol como ele escreveu nas notas. Chapéu de Sol fica perto de Verá Guarani e pertencem hoje ao mesmo município. Nessa época, Tadeusz Chrostowski teve até uma pequena parcela de terra com uma casa simples e uma roça. Ele plantou e cuidou da terra. Por isso ter sido mencionado como o "colono cientista" ou algo assim. 

Nas anotações Tadeusz Chrostowski mostra como estava atualizado sobre a literatura ornitológica da época. Ele cita por exemplo,  G.I. (Giovanni Ignazio) Molina, sacerdote, ornitólogo, entomólogo que nasceu em 1740 no Chile. Vale destacar que ele é parte da lista dos jesuítas cientistas já que o Blog está em campanha de promoção do Mundo jesuíta. Molina descreveu até a fauna intestinal de pássaros como o quer-quero.   

Ele cita também o livro Revision der Spix'schen Typen, de C.E.Hellmayr para o Field Museum of  Natural History. Hellmayrs fez um grande estudo de aves do Brasil especialmente do Pará no começo do século 20.

E por fim vem o livro de Władysław Kazimirovich Taczanowski, polonês, igual a Chrostowski nascido na época sob o domínio russo.  Daí a obra de Taczanowski aparecer com o título em russo como Коллекции зоологическаго кабинета Варшавскаго Университета, Warszawa ou Coleção Zoológica do Gabinete da Universidade de Varsóvia na capital da Polonia (Warszawa/ Varsóvia). Quando Tadeusz escreveu seu livro "Coleção Ornitológica das Aves Paranaenses" ele não quis escrevê-lo em russo.   




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