Incêndio da capela - Foto Harry Schinke |
Matriz São João Batista - acervo Rita Araújo |
Dr. Luiz Sérgio Neiva de Lima |
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Intervenção de quê?
Não esqueçamos que em 1924 parte da Coluna Prestes passou por Foz do Iguaçu. Está ligado àquele capítulo iguaçuense que incluia a fuga em massa dos habitantes da cidade. Mas não de toda a população. O Sr. José Schlögl que foi personagem de um vídeo da colega Izabelle Ferrari e Cidadão Benemérito pela Câmara Municipal contou que a família dele não fugiu.
Fugiram as autoridades governamentais e autoridades empresariais na época pessoal ligado às obrajes e exploração da erva mate sob um regime quase de escravidão. Uma das profissões respeitadas da época era a do capataz de erval pessoas com hanbilidades pistoleiras. A Coluna Prestes tinha recebido denúncias desse sistema em todo o território de Foz do Iguaçu que na época ia até Guaíra. Há relatos que a Coluna fuzilou os capatazes mais "machos". Por isso, em caso de dúvida, ocorreu a fuga para Puerto Aguirre (Puerto Iguazu).
Exército em Foz em '24?
Já ouvi questionamentos sobre a presença de militares do Exército Brasileiro em Foz em 1924 já que, afirma-se, o Exército só voltou a Foz do Iguaçu em 1933. Tem razão quem duvida. Porém é aqui que entra o termo "força de intervenção". A força interventora veio para garantir a ordem, dar tranquilidade à população e restabelecer a paz. É a esta força que as lembranças dos antigos moradores chama de "legalistas" e os da coluna de "rebeldes" ou "revoltosos". O tema da força de intervenção precisa de um estudo aprofundado.
Parte do legado da Coluna Prestes foi decretar o fim lento mas certeiro do chamado "ciclo da erva mate" em Foz do Iguaçu. O tema da erva mate no Oeste do Paraná é outro que necessita aprofundamento. A memória física do ciclo da erva mate foi enterrado sob as águas do Lago de Itaipu. Lá por volta de 1939, a erva mate em Foz declinou completamente.
Foto do Dr Luiz Sérgio de Lima é da Revista Nova Fase
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