Decreto do 1° de janeiro de 1871 |
Participam desta rota cidades como Assunção, Villeta, Areguá, Yabebyry, San Bernardino, Ciudad del Este e Hernandarias. São cidades que estão na lista de lugares onde houveram os antigos ervais (yerbales) descritos pelo escritor, espanhol de nascimento que hoje dá nome à Rota ou roteiro histórico, literário, Turístico e cultural.
O livro se chama El dolor Paraguayo e é uma coleção de textos escritos por Barrett que com seus olhos de estrangeiro pôde enxergar a beleza do povo paraguaio no meio de todas as dificuldades da vida e sua sobrevivência. Mas nada é mais chocante do que a denúncia das condições de vida do peão de erval, os Mensú.
"O Paraguai se "desplueba" (perde população) se castra e se extermina nas 7 ou 800 léguas quadradas entregues à Companhia Industrial Paraguaia, à Matte Larangeira e dos arrendatários e proprietários latifundiários do Alto Paraná".
Não havia fronteira entre as "obrages" da fronteira. Só existia duas classes de pessoas: os peões e os patrões. No meio ficavam os capatazes, os capangas, os pistoleiros e segundo Barrett as autoridades compradas.
É por isso, provavelmente, que quando os "revolucionários", os "rebeldes" da Coluna Prestes entraram em Foz do Iguaçu em 1924 as as autoridades de Foz do Iguaçu fugiram para Puerto Aguirre, a atual Puerto Iguazú. Já ouvi relatos de que os "rebeldes " fuzilaram capatazes na Foz do Iguaçu de então que era parte importante do que chamamos de "ciclo da erva mate".
Houve um esforço muito grande de apagar a memória "ervateira" de Foz do Iguaçu. E este roteiro cultural, turístico, histórico do Paraguai vem convidar a todos nós para está aventura: levantar o tapete para ver o que tentamos esconder lá embaixo. O livro El Dolor Paraguayo pode ser encontrado em PDF para download gratuito.
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