Saltos do Rio Iguaçu |
As fotos mostradas aqui foram retiradas de uma publicação do site Memória Rondonense. Elas mostram fotos antigas das Cataratas do Iguaçu tirada por visitantes e residentes dos tempos que nos precederam. Ou seja daqueles que vieram antes de nós. O que destaco com estas fotos é o fato de que as Cataratas do Iguaçu nem sempre foram o único nome delas.
Nas fotos, as Cataratas aparecem com o nome "Salto do Rio Iguaçu" em português e Saltos del Iguazú, Saltos del Río Iguazu em espanhol. Salto ou Saltos paracem ter sido muito utilizado no passado. Quando o nome Cataratas do Iguaçu venceram e apagaram os "saltos"?
Hoje em dia existe a mesma discussão no lado paraguaio da fronteira com o Salto Monday, ou Salto do Rio Monday. Por motivação de marketing, as lideranças turísticas sugerem que se troque o Salto por Cataratas e que o Salto do Rio Monday passe a chamar-se Cataratas do Monday. Porém reafirmo um pensamento que não é novo. Quem filosofou sobre os nomes foi Julieta, da peça Romeu e Julieta quando Julieta da família Capuleto lamentava que o seu grande amor era da família Montecchio. As duas famílias eram inimigas. Julieta entendeu que inimigo de verdade eram só os nomes. Daí Julieta disse o seguinte:
“O que há em um nome? Aquilo que chamamos de rosa, por qualquer outra palavra, teria o mesmo cheiro doce.”
Por isso na nossa antiga Três Fronteiras e na atual Tríplice Fronteira podemos sempre lembrar de Julieta. Quando atacar o desejo de mudar nomes aleatoriamente (e não é só das cataratas) a pergunta é a mesma em qualquer de nossos idiomas:
“¿Qué hay detrás de un nombre? Lo que llamamos rosa, con cualquier otra palabra olería igual de bien”
ou para não deixar o guarani de fora: “Mba’épa oĩ peteĩ térape? Pe jaheróva rosa, oimeraẽ ambue ñe’ẽ rupive hyakuã porãveta” (cheiraria melhor?)
Iguassú Falls - View of Santa Maria Falls |
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