quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Rio Paraná, onde o remo não pega direito

 

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Os barcos com motores grandes, 60, 100, 200 cavalos ou mais não sentem. Aqueles com motores menores vão sentir uma pequena variação na pressão e um balanço ou desequilíbrio ao cruzar estes "redemoinhos". Não tenho uma palavta técnica para eles. Porém os remadores de embarcações como canoa e caiaque (kayak) sentem que nessas áreas no rio Paraná em que se formam esses "projetos de redemoinhos", o remo parece não pegar direito ou seja a resistência da água à presão do remo diminui ou não responde. Por isso, caso o remador, entre nesses espaços ficaria mais dificil de sair dele especialmente em caso de emergência. No caso do kayak ainda, a perda de sustentação se aplica também às laterais do barco. Quer dizer é facil perder o equilíbrio e virar. Já cheguei perto disso e só não virei porque os céus protegem os ignorantes (obrigado Universo) já que eu não tinha e não tenho domínio da técnica de esquimotagem  (vídeo).     

 
Formação logo abaixo do vão principal da Ponte Internacional da Amizade 

A informação que estou dando não e nada técnica. É fruto de minha antiga experiência como remador em kayak com remo de pá dupla. Gostaria de que pessoas que tiveram ou têm experiência em remar com o tipo de embarcação (kayak) a que me refiro, compartilhassem seus testemunhos. Em todo o trajeto do Rio Paraná nos lugares em que os barrancos são altos, como em Foz do Iguaçu, acontece esta particularidade da água do Paranazão.  Entre Foz do Iguaçu, adentrando teritório argentino-paraguaio, essa particularidade ocorre até próximo a San Ignacio.  Mas não posso dizer muito sobre a área de San Ignacio e redondezas de ilhas como a Teju Cuaré porque nunca remei até lá. 
 


A situação fica séria rio abaixo próximo a Montecarlo onde é famoso um super redemoinho chamado Bairuzú. Na realidade uma série de três redemoinhos que se juntam em certos dias e em certas condições hidro-climáticas e possuem capacidade de fazer naufragar embarcações maiores com motores potentes. 

Bairuzú é a grafia castelhana ou no espanhol para registrar o som guarani "Vairusu" (Vaí Rusú) que pode significar "Feio Grande" ou "Ruim Grande". Rusu é um sinônimo de "Guasu", (guaçu, guazú, guassú etc).  Na minha cabeça, o feio e o ruim em relação ao Bairuzú é a situação próxima ao que eu via como "boca quente".        

Superfície do rio em frente ao Porto Kattamaram na Base Naval del Este, Paraguai.



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