800 mil habitantes - previsão estilo viagem na maionese |
Em 1991 uma manchete na capa d'A Gazeta do Iguaçu (foto) previa
que Foz do Iguaçu teria uma população de 800 mil habitantes em 2000. Não
aconteceu – ainda não temos 300 mil. Como pudemos errar por uma diferença tão
alta? Recentemente comemoramos recordes e recordes no turismo. Agora, se o
Plano de Manejo do Parque Nacional do Iguaçu for cumprido ao pé da letra, a
gente vai ter que diminuir a entrada de turistas às Cataratas e baixar para a casa
dos 600 mil, 700 mil em vez dos 3 milhões, 5 milhões. Estamos no meio dessa crise que é anunciada desde 1999. E
temos datas ruins engatilhadas à frente.
Uma delas é 2016* quando os países do Mercosul
deverão ter uma tarifa externa única (para produtos além-bloco) que diminuirá a vantagem de exportação
de certos produtos pelo Paraguai. E a partir de 1º de janeiro de 2013, o cronômetro
vai ser acionado. Cada segundo é um tique regressivo no relógio para o fim dos
royalties pagos pela Itaipu Binacional. Em 2023 a Itaipu estará paga e pelo
Tratado, acaba* a entidade binacional. O que virá? Esses são desafios que deviam estar na “agenda”
dos candidatos.
E o primeiro debate político levado ao ar não mostrou que
estamos preparados para um debate de propostas. Precisamos formar um grupo de
lideres e gestores que consigam prever problemas e situações adversas. Hoje a
população comum não sabe quanto dinheiro de royalties a cidade recebeu e muito
menos em que gastou. A cidade recebe
ICMS ecológico, em que gasta? O debate não pode ater-se às questões de sempre.
O momento de Foz do Iguaçu é complicado e dez anos passam voando. Não ter
órgãos ou entidades na cidade que tentem prever crises e problemas é não poder
agir antecipadamente para corrigir curso e rota. Uma cidade não pode navegar sem instrumentos e sem navegadores treinados.
Atualizando em 26 de outubro de 2017: a data foi adiada para 2019 e daí para 2023. * A entidade Binacional não acaba em 2023. Não pode acabar há outras coias que dependem dela.
Atualizando em 26 de outubro de 2017: a data foi adiada para 2019 e daí para 2023. * A entidade Binacional não acaba em 2023. Não pode acabar há outras coias que dependem dela.
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