domingo, 18 de outubro de 2020

Sobre a caçada do Blog de Foz a geólogos, geomorfologistas e hidrogeomorfologistas

Milhões de pessoas param neste mirante sem saber o que veem nas rochas em ambos lado daquele salto solitário e resistente durante os meses de seca 2020 (clique na foto para ampliar)

Publiquei uma grande quantidade de fotos  no meu Fotoblog ou álbum convidando o trade turístico, os geradores de informações, guias de turismo, empresários do turismo a olharem para as Cataratas do Iguaçu com vários olhares e de diferentes distâncias. O foco das foto-postagens é concentrar a atenção no nível geológico dos paredões das Cataratas. A ideia é ajudar trazer para a atenção do público o que aconteceu nas Cataratas após vários derrames de lava ao longo de milhões de anos. Parece que a palavra escoamento de lava e magma é melhor. Como foram registrados vários escoamentos , esses escoamentos ou derrames se sobrepuseram. Nos paredões das Cataratas é possível os encontros de diferentes rochas no formato junção ou disjunção  bem como a possibilidade de ver diferentes encontros dessas camadas.

Ver as Cataratas é muito similar ao trabalho fotográfico no qual o fotógrafo necessita usar diferentes lentes. Para ter uma visão ampla e arredondada do ambiente ele pode usar uma lente olho de peixe que vai de 8mm a 16mm. Em uma sala apertada, uma lente 8mm possibilita que todos os presentes nela apareçam na foto.  Uma 70mm possibilita começar a fotografar, por exemplo, um rosto de uma certa distância, dar para fechar no rosto. Uma 400mm permite fotografar um tucano a 50 metros ou mais e ele parece preencher o visor.  Uma foto tirada de helicóptero sobre as Cataratas a uma altitude de 800 metros possibilita diferentes visões segundo as lentes. O que o fotógrafo quer mostrar? A imensidão das Cataratas?  Quer focar na Garganta do Diabo? Quer focar o mirante lá embaixo cheio de gente? Há lentes que fazem o contrário. São as usadas em fotografias de curta distância. Exemplo de quem quer fotografar formigas, fungus, pequenos alvos. 

Fotógrafo Morten Hilmer da Suécia, mostra o equipmento que vai levar para uma viagem à Finlândia

Você pode fotografar detalhes da rocha  e ir progressivamente, por assim dizer, entrando na rocha até chegar o nível de precisar de um miscroscópio que permita enxergar a granulação de pequenos pedaços dessa rocha. É outro mundo. A partir daí não há limite. Há microscópios eletrônicos que permitirão ir até o nível atômico das pedras. Dar para ir ao nível subatômico da rocha a partir do qual descobre-se que não há nada, a rocha mais dura que exista, é formada de vazio.  Claro que esse equipamento é caro demais e pertence ao uso científico por grandes instituições.

Tendo tudo isso, só quero dizer que convido a todos a terem uma visão mais aprofundada das Cataratas a partir do “nível rochas”. Há o nível água, você pode fotografar com seus celulares, suas máquinas e com seus olhos, como as quedas caem, a formas ao caírem. SE você abrir um pouco o campo de visão você poderá ver a beleza da vegetação, as Cataratas é uma pequena floresta com centenas de espécies de árvores, gramas, plantas, fungus todas mantidas pelo que os mbya guarani chamam de “neblina”.  Daí você pode ir aumentando o ângulo para incluir encontros importantes da água, com a rocha, árvores na rocha, pássaros sobre as árvores e até gente extasiada olhando para tudo isso. Confira a postagem convite

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