Missa de Ação de Graças em memória do cientista polaco Tadeusz Chrostowski no centenário de sua morte (Foz do Iguaçu 2023)

Tadeusz Chrostowski: nasceu em Kamionka, Polônia em 1878. Morreu em  Foz do Iguassu (atual Matelândia) em 4 de abril de 1923. Causa Mortis: malária

Por Jackson Lima

Na terça-feira 4 de abril de 2023, haverá uma Missa de Ação de Graças em memória do cientista Tadeusz Chrostowski. Quando conversei com o padre Carlos Humberto da Paróquia São João Batista de Foz do Iguaçu sobre a missa perguntei se existia Missa de Centenário. Ele disse: "Sim. Podemos fazer uma Missa de Ação de Graças, pela memória e celebração da vida dele, posso convidar um padre polonês, conheço vários na congregação".  (Adorei quando o padre disse, podemos fazer, posso convidar....)   

Me encontrei na Casa Paroquial porque colegas de jornalismo como a Rita Araújo havia comentado sobre a publicação que fiz no Facebok "Está começanado a temporada de Centenários em Foz do Iguaçu". O primeiro nome da lista era o do polonês que embora tenha vivido pouco (45 anos), fez muito em nome da ciência e especialmente da ciência chamada ornitologia. Foi dele o primeiro livro sobre a ornitologia paranaense e por isso ele é reconhecido como o "patrono da ornitologia no Paraná".

Em 2023, comemora-se também os 100 anos da chegada do padre polonês nascido em uma área da Polônia ocupadea pela Alemanha, Guilherme Thiletzek (os poloneses escrevem Tileczek). Foi quando ele já veio para ficar em Foz e dar início ao estabelecimento da Paróquia São João Batista o que acontece em 1924. A Paróquia São João Batista completa 100 anos em 2024.

E o padre Carlos, que gosta de ser chamado de Carlão, quer celebrar os primeiros 100 anos da paróquia com a Casa Paroquial restaurada. O prédio completará 100 anos em 2032, mas que, se não for recuperado agora, provavelmente náo vai chegar lá. Então  a missa já está garantida. Mas a lista de atividades para a celebração é grande, incluindo a Casa Paroquial restaurada.

A intenção desta publicação é convidar a todos os católicos de Foz do Iguaçu, a todos os iguaçuenses católicos de origem polonesa, católicos de qualquer origem,  a todos os paranaenses de descendência polonesa, biólogos, ornitólogos e observadores de aves que ajudem, cada um à sua maneira a não deixar passar batida a data que quer lembrar uma das figuras mais interessantes que pisou na fronteira em uma época em que a Foz do Iguaçu organizada estava recém começando (Basta lembrar a importância da Paróquia para a formação do Oeste do Paraná).  

Para lembrar 

No dia 4 de abril de 1923 morria o cientista polonês Tadeusz Chrostowski em uma localidade, na época, dentro dos limites de Foz do Iguaçu chamada Pinheirinho ou Pinheirinhos. Hoje a antiga Pinheirinho pertence a Matelândia e mais especificamente à parte de Matelândia que está dentro do Parque Nacional do Iguaçu. Na época de Chrostowski, Pinheirinhos estava à margem da Estrada Velha que ligava Foz do Iguaçu e Guarapuava. No sentido Foz-Guarapuava, Pinheirinho estava no Km 72, segundo registro da expedição de Chrostowski. A morte dele, põe fim à sua carreira de naturalista com foco em ornitólogia mas isso não impediu dele ser oficialmente declarado como o pai da ornitólogia do Paraná, o que lhe valeu o título de Patrono da Ornitologia paranaense.

Chrostowski e Foz

Tadeusz Chrostowski morreu no ano em que o jovem padre Guilherme Thiletzek, futuro  Monsenhor Guilherme,  também polaco, chegou a Foz do Iguaçu para dar origem à história da nossa Paróquia São João Batista. Por isso uma das aspirações é que a missa a ser celebrada tenha parte dela em polonês com padres da comunidade católica polonesa paranaense que a organização e a comunidade escolherá: Virmond, São Mateus do Sul, Cascavel, Curitiba.

A missa pela lembrança de Chrostowski seria uma boa desculpa para que a cultura, o turismo, a comunidade possa promover a vinda a Foz do Iguaçu de convidados ligados aos poloneses e amigos de todo o estado, de estados vizinhos, do Paraguai e da Argentina. E promover a divulgação mútua do Paraná e Polônia tanto do turismo, cultura, folclores, universidades, negócios, serviços e gente desta grande estado. No caso de Foz do Iguaçu, a porta está aberta para uma grande lista de etnias. 

Não resta muito do túmulo do cientista no Parque Nacional do Iguaçu. Chegou a haver uma placa de bronze no local. Em contatos já realizados antes da pandemia (pois esta ideia não é nova), o diretor administrativo da Universidade Viadrina (Alemanha) e Collegium Pollonicum (polônia), Dr. Krzysztof Wojciechowski sugeriu que fosse feito esforços para a restuaração ou construção de um túmulo / memorial dedicada a respeitosa lembrança do cientista. Wojciechowski demonstrou interesse em ver as Três Fronteiras, Foz do Iguaçu, ver com se dá a integração, a educação e a ciência na região.

Saiba mais:

1) Tadeusz Chrostowski, muito mais que um cientista polonês sepultado no Parque Nacional do Iguaçu   

2) Tadeusz Chrostowski Polish father of Ornitology in Paraná .... 

3) Tadeusz Chrostowski (Wikipedia)

Na colossal Casa Paroquial onde se consolidou a ideia da Missa em agradecimento à existência do Chrostowski. O Padre Carlos de camisa amarela, Rita Araújo na ponta da mesa, o arquiteto Valdir Garbin e fotografando a engenheira Sâmela Araújo

Libero a publicação deste material para não perder tempo. Continuaremos a conversa bem como contatos com pessoas, organizações que possam ajudar no sucesso da comeração do Centenário da Morte de Tadeusz Chrostowski avisando pelo Facebook!