Esta postagem foi inspirada num comentário de Fábio Dondoni do blog Noticias Unila. Ele comentava sobre o que publiquei a respeito do prazo para o fim da Lista de Exceção que é dezembro de 2010 para Brasil e Argentina e 2015 para Paraguai e Uruguai. Na última data está contida uma ameaça para a forma de vida que levamos hoje na fronteira, onde 300 mil pessoas em Ciudad del Este e um número muitíssimo maior em Foz do Iguaçu, em todo o Oeste e Sudoeste do Paraná e isso sem falar de Brasil, irão ficar sem o meio de vida. Só isso já deveria levantar a comunidade acadêmica da região.
Fabio é da opinião de que essas coisas não são naturais e não deveriam ser aceitas de braços cruzados. Ele escreveu: “... estamos o aceitando como algo natural e inquestionável, como se a região tivesse sido consultada, como se tivessem oferecido alguma alternativa, alguma compensação”.
A missão do Blog de Foz é a de esclarecimento. Então, primeira coisa a esclarecer é que tanto no Mercosul, como na União Européia, na Comunidade Andina, na Unasul (essa é a mais nova) os processos de criação de bloco, negociação de convergências e outros não são democráticos. Não há consulta de base. Estou defendendo? Não. Só estou dizendo. Contudo há maneiras de fazer o que Fábio sugere: exigir compensação e alternativas é o que em CDE se chama de “reconversão”. E essas maneiras estão no marco jurídico do Mercosul. O problema é quando a cidade não tem lideranças que entenda desses processos. Aí ficamos perdidos. Os vereadores deveriam saber disso. O município tinha que dar ouvido a esses alertas. E a comunidade econômca deveria ir fundo no direito comunitário, relações comunitárias. Isso me preocupa. A foto acima é da bandeira da Unasul - mais um bloco feito sem consulta às bases. Como fica?
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