domingo, 26 de fevereiro de 2023

Lista do material publicado sobre as Missões Jesuítas na antiga Província Jesuíta do Paraguai (Py, Arg, BR-RS)

Nota

Segue uma lista (links) de publicações sobre as "atrações turísticas" e culturais no que um dia foi a antiga Província Jesuítica do Paraguai. São leituras interessantes para quem deseja fazer a rota e recomendadas para quem participar em viagens (JL Edu Tours) que estou sugerindo em parceria com  empresas de turismo. O termo Província Jesuíta não é político. Até hoje o termo é utilizado. A Província Jesuíta do Brasil criada em 2014, inclui todo o Brasil. A pessoa que está na direção da Província é chamado "provincial". A Argentina e o Uruguai formam outra província.  O Paraguai é uma província. A antiga Província Jesuíta do Paraguai criada em 1607 incluía terras que hoje são Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. Em 1608 foi ordenada a construção de reduções no Guayrá (atual Paraná).

Reduções e cidades visitadas no Departamento de Misiones, Paraguai  

  1)  O Museu Diocesano de San Ignacio Guazu

  2) O Museu Semblanza de Héroes          
  
Reduções Visitadas no Departamento de Itapúa, Paraguai
  
  5) Sinalização Turística Trilíngue* em San Cosme y San Damian
  6) A Redução de Jesús Tavarãngue aquela que era para ter sido
  7) Explorando a estrutura Jesuítica de San Cosme y San Damian
  8) Um aquário com camping e chalés chamado Pirá Rendá 
 10) Santíssima Trinidad del Paraná fotos e legendas

Geral sobre as Missões 
12)  Turismo: Cataratas e Missões como um produto integrado do Mercosul (Saiba mais sobre Produtos Integrados do Mercosul)

*De todas as postagens que fiz sobre as viagens às Reduções, esta sobre sinalização turística trilíngue bateu o recorde de acessos. Como "blogueiro" (blogger) veterano, desde 2005 fico imaginando e tentando adivinhar o que o público quer. O que há de mágico na sinalização turística trilíngue? No caso de San Cosme as línguas são o espanhol, o guarani e o inglês. SE você gostar deste assunto, tiver perguntas, sugestões, dicas, curiosidades, envie uma mensagem limajac@gmail.com  ou facebook.com/limajac ou @jacksonzerofronteiras (Instagram)

sábado, 25 de fevereiro de 2023

O Kattamaram traz de volta a tradição fluvial a Foz do Iguaçu: Foz-Florianópolis navegando


Sim, Foz do Iguaçu tem marujo

Este barco é o Kattamaram III. Na foto ele está margeando o "barranco" típico do rio Iguaçu recoberto por vegetação ou seja Mata Atlântica, "Selva Misionera" ou "Bosque Atlántico del Alto Paraná", como você preferir. Quem navegou no Kattamaram III em Foz do Iguaçu, navegou. Quem viu ele no rio Iguaçu ou subindo e descendo o Paraná, viu. Não vê mais. Por quê: Simples. Ele agora é um equipamento turístico de Florianópolis, Santa Catarina, a antiga Ilha chamada Desterro. 

A pergunta mais interessante sobre este assunto hoje é: como o Kattamaram chegou na antiga Desterro, a mesma ilha em que Cabeza de Vaca aportou em 1541? De super caminhão galgando a BR-277? E competindo por espaço na BR-101? Não! O Kattamaram chegou até lá com seus próprios pés ou melhor seus próprios cascos duplos.    

Os mapas abaixo copiado do Google Maps mostra a rota. O primeiro mapa mostra o primeiro trecho entre Foz do Iguaçu e Encarnación. Na parte de cima do mapa dá para ver o azul do lago de Itaipu, Foz do Iguaçu, o contorno do Parque Nacional do Iguaçu grudado com o contorno maior da Província de Misiones. Logo à frente de Encarnação, dá para ver o lago da Usina de Yaciretá.  Identifica ele? 

A rota que o Kattamaram III fez é a mesma que centenas de barcos faziam levando erva mate de Foz do Iguaçu para Posadas e de lá para Buenos Aires e Montevideu. É a mesma rota que Moisés Bertoni fazia, levando bananas de sua propriedade até Encarnação, Bertoni usava os barcos que desciam e subiam o rio a serviço das empresas de mate argentinas, paraguaias e brasileiras.  

O Kattamaram entrou no Lago de Yaciretá e seguiu navegando em direção a Ayolas. Duas coisas sobre esse corpo de água artificial. Ele não é chamado de lago, como o Lago de Itaipu. Ele é simplesmente chamado de embalse. Este lago é enorme e fez um "arregaço" ambiental muito maior que Itaipu. Só para ter um exemplo, as área inundadas de Encarnação demandaram a construção de sete pontes dentro da cidade. A cidade até ganhou o nome de "cidade das sete pontes". Milhares de pessoas foram desalojadas. Oito mil só em Encarnação. Mais de 3 mil só na antiga Ilha de Yaciretá.  Em Cambyretá outra tacada de gente foi desalojada. 

Toda essa região é rica em "remanescentes de missões jesuítas" algo que me interessa muito.  Seguindo o "embalse-mar", o Kattamaram e todos os barcos inclusive as barcaças que saem de porto Presidente Franco que estejam navegando aí, apontam a proa na direção da "ECLUSA", a cerca de 450 km da fronteira com todas as curvas do grande rio. Falarei da Eclusa em breve. Passada a eclusa (o mapa ainda mostra as ilhas de Yaciretá e Apepu, não estão mais assim), o barco continua navegando pelo rio ainda do jeito que a natureza fez. À frente o rio Paraná vai receber o rio Paraguai que vem de Assunção, Concepción, Porto Murtinho e Corumbá. "Eu já naveguei de Foz do Iguaçu até Corumbá", confessou o Ademir, o portomeirense da navegação marítimo fluvial.     



De Foz (TriFron) até Encarnação, Ayolas

Confira os nomes dos portos ao longo do caminho (acima). Neste tamanho a maioria estão no lado argentino como Puerto Esperanza, Eldorado, Montecarlo. Se ligue em San Ignacio. É um porto. É uma cidade chamada oficialmente de Municipalidad de San Ignacio e é também a sede das "ruínas" de San Ignacio Mini. Isso mesmo estamos na Terra das Missões nos dois lados da fronteira. Estamos falando de Argentina e Paraguai. Depois de San Ignacio vem Posadas, capital da Província de Misiones e Encarnación, capital do Departamento de Itapúa, Paraguai. A partir daí a coisa a coisa fica séria. Começa o "embalse", o reservatório da Usina de Yacireta.


Dá para ver o trajeto completo

O segundo mapa mostra o trajeto completo com destaque para as cidades de Corrientes, Santa Fé e Rosário onde o rio deixa o curso  rumo ao sul, quase direto e toma rumo leste em direção ao mar. É como se a gravidade chamasse. O restante dá para ver. A passagem por Buenos Aires, já aparece Montevidéu tudo ainda Rio Paraná mas sob o nome de Río de la Plata que parece mar mas é rio até a altura de Punta del Este. Daí logo aparecerá à frente a boca do Chuí, as lagoas do Rio Grande do Sul e a Ilha de Santa Catalina com sua cidade chamada Desterro quer dizer Florianópolis. Eu tiro o chapéu em respeito aos profissionais que não só fabricaram o barco "Made in Foz do Iguaçu" como o levaram em segurança até Floripa. 

Algumas informações do passeio do Kattamaram em Floripa

Saída do píer da Beira-Mar Norte e seguindo até a Ilha dos Ratones.
Site com informações sobre o Kattamaram Florianópolis, Foz do Iguaçu, e Ciudad del Este com navegação também em Capanema (em outros barcos). Confira Material da Assessoria de Imprensa sobre a inauguração e detalhes do passeio em Floripa  







 

sábado, 18 de fevereiro de 2023

A Igreja de San Ignacio Guazu e a Plaza Mayor: fotos com legendas


A Igreja Original de San Ignacio Guazu construída pelos Jesuítas*

A primeira igreja construída na primeira Redução Jesuítica fundada em 1609 tinha uma arquitetura muito diferente de todas as que foram construídas como parte dos 30 Povos das Missões. É a construção que aparece na primeira foto (acima). A igreja ficava no pátio do que hoje é o Museu Diocesano e antes era o Colégio dos Jesuítas. Ela foi demolida em 1917. Toda a riqueza de obras preservadas no Museu Diocesasno estava nesta igreja. Antes da demolição, os moradores da cidade levaram as obras para suas casas e cuidaram delas até que a volta dos jesuítas e o início do museu. 

...Tudo que restou da antiga igreja preservado neste quadrado no pátio do atual Museu Diocesano onde estava localizada a primeira igreja 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Cataratas e Missões Jesuíticas: Um Único Roteiro




Gosto da imagem acima onde o blog Viaje na Viagem coloca as "Ruínas de San Ignacio Mini (RA), Jesus de Tavarãngue*** e Trinidad del Paraná (PY) na região de Foz do Iguaçu e dentro do seu "Guia de Foz do Iguaçu". É um elogio além de ser uma dica de que o mercado (lá fora)  enxerga e aceita Foz do Iguaçu como "indutora", parte integrante e "hub" da Rota Jesuítica: 

     
"A região de Foz do Iguaçu tem um atrativo tão espetacular quanto pouco visitado: as ruínas jesuíticas de San Ignacio Miní, na Argentina, e Trinidad & Jesús, no Paraguai", palavras de Ricardo Freire, produtor de conteúdo e blogueiro de viagem.  Lendo o texto de Freire, chamo a atenção para este trecho que considero como uma dica e um alerta:

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

História da descoberta do Iturbe Lounge Bar em San Ignacio Guazu

 

Foto enviada por Lourdes Paniagua. A casa* onde funciona o Iturbe Lounge Bar. 

Não recomendo a ninguém (a nadie), que me acompanhe em uma "primeira viagem" de pesquisa a algum lugar. O motivo é que essas viagens são verdadeiras caçadas ao tesouro e inclui caminhadas, perda de caminhos, curiosidade o que leva a bater em portas diferentes para fazer perguntas e conversar com as pessoas. 

Este "post", o quarto na lista de publicação sobre a viagem de pesquisa a San Ignacio Guazu é uma mostra de como a "Serendipidade" é uma companheira. A serendipidade está presente naquelas ocasiões em que quando você procura uma coisa acha outra ou mesmo quando não procurando encontra algo bom de surpresa. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Entendendo os 30 Povos das Missões: trocando em miúdos

Visualização dos 30 Povos das Missões no Paraguai, Argentina e Brasil (Rio Grande do Sul) por cores 


 



A primeira coisa que me vem à mente quando penso nos 30 Povos das Missões é que eles são um conjunto. Formam um todo. A segunda é que eles estão em três países. São oito no Paraguai, 15 na Argentina e sete povos no Rio Grande do Sul.  No total, a obra dos jesuítas guarani foram mais de 80 Povos. Sobraram 30 assim que dá para identificar. 

Entre povos que não vingaram estão o de Hernandarias e o da Boca do rio Monday (PY) e Santa Maria do Iguaçu possivelmente no lado argentino do Parque Nacional do Iguaçu. A primeira imagem, acima é perfeita para visualizarmos já que estão separadas por cores. 


Vizualisação dos 30 povos das Missões acompanhada por uma lista lateral. 

Visitando o Museu Diocesano de San Ignacio Guazu, Misiones, Paraguai

O museu Dicesano de San Ignacio Guazu pertence à Diocese de San Juan Bautista Misiones e Ñeembucu e é operado pelos Jesuítas   

Esta postagem não é exatamente sobre a história do museu ou da antiga Redução Jesuítica Guarani de San Ignacio Guazu, a primeira das missões organizada em território espanhol sob o comando da Companhia de Jesus, ou seja a Província Jesuíta na Bacia do Prata. 
A postagem é sobre a experiência da viagem que fiz em busca de dados para uma "expedição" à cidade no mês de abril durante a Procissão da Sexta Feira da Paixão que parte da capela do distrito (sentido brasileiro) de Tañarandy até a Igreja San Ignacio de Loyola no centro da cidade.

Visitando o Museo Semblanzas de Héroes de San Ignacio Guazu

Uma cruz dos anos 1930 que marcava sepulturas de soldados
 paraguaios na Guerra do Chaco

O "Museo  Semblanzas de Héroes" pertence à Municipalidade de San Ignacio Guazu e funciona no prédio construído pelos jesuítas onde funcionou a moradia dos guarani residentes. A palavra "semblanza" parece significar semblante porém um sentido mais apropriado é o de retrato. "Retratos de Heróis". Vou consultar um dicionário. É um museu dedicado à preservação da memória de duas das guerras em que o Paraguai esteve envolvido. Boa parte do material em exposição é dedicado à Guerra do Chaco (1932 - 1935) entre Paraguai e Bolívia originada por disputas de território no Chaco Boreal ou Chaco do Norte. 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Explorando e sugerindo San Ignacio Guazu e Tañarandy como um destino histórico Top de linha


No vídeo acima registro minha presença na Praça de San Ignacio Guazu, antiga Praça Maior da Redução Jesuítica do mesmo nome, no Departamento de Misiones, Paraguai. Agradecimento à cidade e a todos com quem encontrei.   


Estrada de Tañarandy que na Sexta-feira da Paixão (Viernes Santo) se chama "Caminho do Céu" (Foto minha / Che ra'anga)


Esta estrada que liga o centro de San Ignacio Guazu, Misiones, Paraguai à capela do bairro rural de Tañarandy muda de nome todas as Sexta-feiras Santas. A estrada recebe uma das mais fascinantes procissões de Semana Santa nas Américas. O caminho passa a chamar-se "Yvaga Rape" que em guarani significa" Caminho do Céu". 

 A estrada de Tañarandy no papel de Yvaga Rape / Caminho do Céu. Fonte desta foto


Os moradores de San Ignacio Guazu, a primeira Redução Jesuítica dos 30 Povos das Missões, vêm em peso para participar na procissão que parte da Capela e se dirige ao centro da cidade. Depois do por do sol, milhares de velas são acesas e colocadas ao longo do caminho. As velas são feitas utilizando laranjas "apepu" cortadas em duas metades, cada metade preenchidas com cebo acrescentando um pavio. A comunidade inteira trabalha. O caminho iluminado por onde passam os devotos de Nossa Senhora das Dores - conhecida como a Dolorosa, recebe a  companhia dos "estacioneros" que cantam  cantigas "lamentosas" ao refazer o caminho de Cristo na Cruz   
Detalhes do teto da Capela (Capilla) de Tañarandy