quarta-feira, 27 de junho de 2012

Conferência Municipal do Turismo: O Turismo que queremos

Programação da I Conferência de Turismo em Foz do Iguaçu. Haverá ônibus grátis da Vila C e TTU`até o Centro de Convivência sede do evento
Você deveria participar. Por quê? Porque o turismo em discussão não é o lazer. É o lado da economia. Turismo é como se fosse exportação; a diferença, dizem os grandes autores, é que o que você vende no turismo você não entrega. O turista consome in loco e só leva a lembrança (se for boa).  Vai lá para ver se  o turismo de Foz do Iguaçu é sustentável. Hoje o Parque Nacional do Iguaçu recebe 1,4 milhão de visitantes / ano. A Itaipu recebe outro tanto. O que mais recebe o quê? Quantos visitantes recebe a Mesquita? Quantos visitantes recebe o Parque das Aves? O templo budista? Quantos visitantes recebe o CEAEC e sua estrutura? Quantos visitantes recebe a  Avenida Brasil? A pergunta difícil é: quantos visitantes recebe Foz do Iguaçu?  Porém há problemas à vista. A qualquer momento o Parque Nacional do Iguaçu poderá dizer que não pode mais receber um milhão de visitantes por  motivos ambientais e legais. 

Digamos que se corte pela metade o número. Interessa a você? Interessa à frota de carros comprada para o transporte de turistas? Interessa aos guias? Tem outro problema: o turismo que hoje vai ao Parque Nacional do Iguaçu é turismo ou ecoturismo? O passeio do Macuco hoje é turismo ou ecoturismo? E serão sustentáveis? Se a resposta for ecoturismo, não é sustentável não. Se a resposta for turismo então há que definir um monte de coisas tal como capacidade de carga. E o Paraguai? É sustentável o que acontece hoje com as compras? Depende! Há milhares de lojas em CDE que dependem do brasileiro. Há milhares de pessoas, brasileiras, paraguaias, libaneses, chineses, coreanos, indianos, índios que precisam vender para o Brasil; disso depende a sobrevivência de toda uma cadeia. 

De novo há que definir – o que é compras associadas ao turismo e compras associadas ao comércio varejista para revender no Brasil. Se for o segundo caso, que é o que hoje sustenta a situação, a reposta é: não é sustentável. E, como pode o turismo interessar aos moradores dos bairros como Vila C, Região de Três Lagoas, Morumbi, Porto Meira. Minha esperança é que a discussão vá além da discussão sobre o que existe hoje e que se abram caminhos para que a gente crie a Foz do Iguaçu com o Turismo que queremos e que beneficie a todos. Esse deveria ser, na minha humilde mas pensada opinião, o logo do encontro: o turismo que queremos. Que a conferência seja o começo dele!         

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Julgamento Político de Fernando Lugo no Paraguai

Fatos que motivam a acusação
Documento feito um dia antes do julgamento já dizia como seria o processo do julgamento, condenação e posse          
Entre os motivos que os parlamentares apresentaram como motivo para a destituição do presidente da República, Fernando Lugo está a assinatura do Protocolo de Montevidéu sobre Compromisso com a Democracia conhecido como Ushuaia II. Comparando o Ushuaia II com a Cláusula Democrática da Unasul o conteúdo igual. Esses protocolos de Proteção à Democracia estão tão costurados que unem todos os esforços de criação de blocos do continente: Mercosul, Comunidade Andina e Unasul. A Cláusula Democrática é denunciada e gerou polemica na maioria dos parlamentos nacionais e protestos contra ela pode ser visto em todos os países da região inclusive no Brasil (Veja este vídeo).  

Aqui na fronteira há um clima tenso. O Consulado da República do Paraguai fica aqui perto de mim. E há gente concentrada lá. Para mim a questão é triste porque a assinatura de um tratado ou cláusula de tratado não deve ser motivo para derrubar um presidente. E quanto aos problemas da terra, esse é um problema criado há muito tempo. Está na estrutura do Paraguai assim como está estrutura do Brasil. Faz muito tempo que no Paraguai, 80% dos campesinos não têm terra. Em uma época bem distante, a Industrial Paraguaya S.A. possuía 2,6 milhões de hectares e a Casado S.A. tinha outros 2,4 milhões de hectares. Era na época da erva mate.    
       

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Ponto de ônibus do Cataratas JL Shopping: o pior da cidade?


O pior ponto de ônibus de Foz do Iguaçu: respeito ao cidadão
Aproveitando que Foz do Iguaçu anunciou que tem dinheiro do Ministério do Turismo para a confeccionar mais de 100 pontos ou “abrigos”, escrevo esta notinha para sugerir que não esqueçam do pior ponto de ônibus da área central de Foz do Iguaçu: o que está na frente do Cataratas JL Shopping. É um ponto de ônibus bem utilizado tanto por funcionários que vem dos bairros, como por clientes, turistas e muitos outros usuários. Agora no inverno com frio e chuva a situação é pior ainda. Na foto vemos uma eleitora descendo do ônibus com os filhos – os futuros herdeiros do mundo. É só para não deixar passar em branco.   

Bristol Corporate Downtown Hotel e Torre: vai mudar carinha do centro


A qualquer momento começam as obras do Bristol Corporate Downtown Hotel e Torre de Negócios a ser construída no terreno ao lado do Edifício Pedro Basso, exatamente no local onde, na foto, aparece uma galeria com três lojas. A ótica, o Atleiê Pita Basso. Entre o edifício e a lanchonete. Creio que inclui o terreno ao lado prédio que serve de passagem para a Avenida Brasil. As lojas estão na Almirante Barroso. O novo empreendimento incluirá uma torre comercial, com salas e escritórios. O Hotel estará de frente para a Avenida Brasil e o lado da Torre comercial estará de cara para Almirante.,Vai parecer com aquele prédio de Cascavel que abriga o Hotel Bourbon de um lado e uma galeria, shopping que atravessa de uma rua para outra. Quando construído tudo será administrado pela Bristol Hotéis e Resorts. A obra será feita pelo sistema valor real e se você tiver um dinheiro pode investir nele. Você poderá ser dono ou dona de um apartamento no hotel que será administrado pela Bristol. Ou poderá comprar uma sala comercial que você poderá deixar nas mãos da Bristol para alugar ou ocupá-la com seu negócio. Escrevo isso aqui para registrar mais uma mudança na paisagem urbana de Foz do Iguaçu. Já começar a divulgar algumas das mudanças registradas nos últimos dois anos. Se você quiser mais sobre o prédio e hotel que será construído veja este site.     

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Divulgada lista de Policiais Nacionais mortos em desocupação de terra no Paraguai


A polícia Nacional do Paraguai divulgou os nomes dos policiais mortos no conflito em Curuguaty, departamento de Canindeyú. Foram seis policiais segundo a lista abaixo. O jornal Ultima Hora publicou a foto acima cortesia do Comando da Polícia Nacional. O Blog de Foz, lamenta profundamente o que ocorreu no país vizinho durante tentativa de desocupação à força de “campesinos” acampados na região. A lista da PolNacional:

1. Sub-comissário Erven Lovera Ortiz
2. Oficial Osvaldo Sánchez
3.Suboficial Jorge ALfirio Rojas Ferreira
4. Suboficial Wilson David cantero González
5. Suboficial 2º Juan Gabriel Godoy Martínez
6. Suboficial 2º Derlis Ramón Benítez Sosa
Entre os campesinos, até o momento, foram identificados: Arnaldo Ruiz Díaz, Adelino Espínola e Rubén Villalba . Segundo dados preliminares há ao redor de 11 baixas entre os campesinos.  
  

sábado, 9 de junho de 2012

Coisas da fronteira: PF apreende e expulsa do país prefeito de Hernandarias

A apreensão do prefeito de Hernandárias e sua equipe em águas do lago de Itaipu ocorre extamente no dia em que uma matéria minha sai na Gazeta do Iguaçu que pode ajudar a provar que o prefeito e sua equipe está no meio de uma efervescente batalha para construir uma Costanera ou Avenida Beira Rio. Hernandarias é a cidade mais velha da fronteira; ela nasceu do povoamento criado ao redor da sede da Industrial Paraguaya S.A,. para explorar a erva mate - algo comum na história do Paraná, do Brasil e da região. O que lamento é que a Policia Federal, a Receita Federal e as autoridades reponsáveils pela segurança da fronteira estão perdendo a oportunidade de dizer, claraente e com todas as letras o que realmente está envolvido. O prefeito e comitiva foi apreendido, levado a PF e depois humilhado a ser feito voltar caminhando para Hernandárias via (território inimigo de) Ciudad del Este se deve ao fato de que: é proibido entrar no Brasil pelo rio Paraná a não ser pela Ponte Internacional da Amizade.

O motivo é legal e simples: não há alfandegamento. Não há destacamento da PF e não há outras autoridades presentes. Hernandarias é a sede da Itaipu Binacional no Paraguai. Ela fica de frente para Santa Terezinha de Itaipu. Quem acampa na Prainha de Santa Terezinha de Itaipu pode vê-la à noite. As luzes que se vê do outro lado do algo pertencem a Hernandárias. Mas como não há alfandegamento nem em Hernandarias e nem em Santa Terezinha, aviso, é ilegal tentar entrar no país por elas. Assim como é ilegal entrar no Brasil pela Prainha de Três Lagoas. Agora por que não há alfandegamento em povoações brasileiras ao longo do Lago de Itaipu, ao longo do rio Paraná em Foz do Iguaçu? Porque as autoridades não querem e não investem.

Fica o aviso: se você está andando de lancha no Lago de Itaipu ou no rio Iguaçu você não pode atracar em portos do outro lado (salvo motivos de emergência) e muito menos entrar ou sair do país, por portos onde você não seja recebido por autoridades migratórias, aduaneiras e por meio delas até da saúde. No lado paraguaio e em Foz do Iguaçu o porto da cidade de Presidente Franco é alfandegado e é legal. Você pode ir de Foz para o Paraguai via Argentina (Puerto Iguazú) e pegar a balsa para Franco e fazer o mesmo caminho de volta.

Estou ouvindo muito comentário sobre a Beira-Rio que ridicularmente está sendo chamada de Beira-Foz. Não vou falar de beira-rio ou beira-foz, por agora, não porque não goste do termo beira-foz. É um problema linguístico. Mas aí está uma oportunidade para incluir o antigo Porto Oficial de Foz do Iguaçu na lista do que deve ser resgatado por ser histórico. Sugiro anfandegá-lo. Aos agentes da PF que interceptaram a lancha, a abordaram, trouxeram para terra e fizeram todo o procedimento, parabéns. Eu gostaria de conhecê-los. Fizeram, o que tinha de ser feito. O erro de não ter as coisas legalizadas e oficiais é do Governo do nosso Brasil. Que o prefeito de Hernandarias aproveite e dê um aperto nas autoridades de Assunção para que Hernadárias tenha tabém um porto habilitado para entrada e saída ed passageiros e não fique dependendo de Ciudad del Este. Tacuru Puku pode!





Mala pata". La comitiva encabezada por el intendente ingresó a Foz de Yguazú en un lujoso yate a través del río Paraná, en la zona de Hernandarias, pero volvieron a pie y por Ciudad del Este. Foto: Édgar Medina.
"Pé frio" - A comitiva encabeçada pelo prefeito de Hernandárias entrou em Foz do Iguaçu em um luxuoso iate pelo rio Paraná, na região de Hernandárias, mas voltou a pé e por Ciudad del Este. Foto: Édgar Medina  (Do jornal Ultima Hora) 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Uma homenagem do Blog de Foz ao Seu João


"Minha mãe falava que nasceu abordo do navio, em alto mar, no caminho para o Brasil. Meus avós eram poloneses" - João Rosentalski


Faleceu no dia 31 de maio, o seu João Rosentalski,76 anos, cinco filhos e pequeno comerciante e muito conhecido na Vila Borges e Morumbi I. Seu João deu entrevista ao repórter e locutor Roque Avelar em edição de março da Gazeta do Iguaçu. Ele contou como veio para Foz do Iguaçu em 1954 para servir ao Exército e onde ficou “internado” por 11 meses. Seu João tinha um pequeno negócio na Avenida República Argentina quase esquina com a Jules Rimet onde vendia de tudo. Ele foi um dos primeiros compradores de lotes do senhor Manoel da Silva Borges. O seu João é parte daquela comunidades que eu chamo de “os poloneses da Vila Borges.

Republico aqui o que Roque Ovelar escreveu:


João Rosentalski tem 76 anos de idade e quase a metade de sua vida reside no bairro. Casado e pai de 5 filhos, o gaúcho de José Bonifácio, hoje município de Erechim, foi um dos primeiros a adquirir terrenos na Vila Borges. "Vim com os meus pais de carroça para o Paraná. Viajamos durante 30 dias para chegar em Laranjeiras do Sul e encontramos um verdadeiro sertão. Eu era apenas criança, tinha 9 anos, mas já sabia cuidar dos animais. Trouxemos um casal de cachorros, eles dormiam comigo debaixo da carroça e ajudavam na nossa segurança, principalmente à noite".
Seu João conta que precisou precisou assumir ainda na adolescência as responsabilidades de um adulto após a morte precoce do pai dele. "Minha mãe ficou viúva e alguém precisava ajudá-la. E essa tarefa coube a mim. Só sabia andar a cavalo, tratar de burro e criar porcos. Por isso não tive chance de estudar, tinha que trabalhar muito". Ele revela que conheceu Foz do Iguaçu em 1954, quando completou 18 anos. Era época de servir ao Exército. Com o apoio da mãe e irmãos, se apresentou ao Batalhão de Fronteira onde permaneceu "internado" por 11 meses.


Somente após esse período ganhou direito de retornar para casa. "Não existia a BR e os ônibus percorriam a Estrada Velha de Guarapuava. Todos que moravam na região de Laranjeiras eram obrigados a se deslocar até Foz para poder servir à pátria. Era muito dificultoso e sofrido". Rosentalski relembra o tempo de farda com imenso orgulho. "Fui voluntário pois queria aprender viver na cidade e o Exército forma pessoas de caráter. O comandante era o tenente Paulo, muito boa gente".


Anos mais tarde a família Rosentalski decidiu se transferir para a localidade de São Jorge, no município de São Miguel do Iguaçu, "onde casei com a dona Regina. lá acabei conhecendo também o Manoel da Silva e nos tornamos amigos. A gente derrubava mato para plantar arroz". E foi através desse trabalho duro na roça que o seu Manoel fez o "pé de meia". Segundo Rosentalski, com o dinheiro economizado durante muitos anos, Silva investiu na compra de terras em Foz do Iguaçu onde adquiriu chácaras e posteriormente fundou a Vila Borges.


Ele acreditou no crescente ramo imobiliário na fronteira e apostou no novo negócio. "Certa vez ele disse que estava abrindo esse loteamento e ofereceu terrenos para eu comprar. Não pensei duas vezes: arrematei dois lotezinhos ao preço de dois mil cruzeiros por mês. Nessa época eu já morava em Foz, lá na Vila Brasília". De acordo com o pioneiro, no começo tudo era precário. As poucas ruas existentes eram de terra, principalmente a Avenida República Argentina. Havia dificuldade de deslocamento. Para ir à escola as crianças eram carregadas na bicicleta. Não tinha condução, não existia ônibus.


A Vila Borges não passava de um imenso banhado. Um córrego, que cortava o bairro, alagava as áreas mais baixas em períodos chuvosos. Na parte alta, divisa com o Morumbi, aos poucos a mata era substituída por cultivos agrícolas, como plantações de café, algodão e hortelã. Na baixada plantava-se arroz. O aposentado lembra também do campinho de futebol onde os meninos do bairro se reuniam para praticar o esporte. "A piazada se uniu e fez o campinho no braço, na base da foice e da enxada. Acabaram com as ferramentas tirando alguns tocos de árvores e arrancando as toceiras de capins para poderem jogar bola. Meu caçula era um deles", disse sorrindo. E acrescentou: "Havia ali um senhor que não gostava quando a bola caía no quintal dele, ficava brabo.


Chegou, inclusive, a tomar a bola da gurizada. Aí os meninos faziam vaquinha, compravam outra bola e voltavam lá para jogar". Em sua avaliação a Vila Borges prosperou após a chegada do asfalto na Avenida República Argentina. "Hoje, temos de tudo: mercado, farmácia, casa lotérica, onde hoje fui pagar meu IPTU. Tudo pertinho e isso facilitou barbaridade. O bairro está 100 por cento".










domingo, 3 de junho de 2012

As novas Sete Maravilhas como uma marca

Em janeiro, deste ano, há seis meses, os Concetions Bureau de Foz do Iguaçu e do Rio de Janeiro anunciaram a criação de um selo a ser chamado Maravilhas do Mundo que será usado “como marca registrada” da divulgação conjunta dos atrativos turísticos das duas cidades. A idéia se deve ao fato do Cristo Redentor no Rio de Janeiro e as Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú (Argentina) terem sido escolhidos como Uma das Nova Sete Maravilhas do Mundo. O Redentor na categoria “man-made”, de confecção antropogênica que dizer feito pelo homem e as Cataratas na categoria “Natural”. Lembra deste anúncio? Se não lembra veja o material original aqui no site Aquarela 2020 sob o título: Embratur apoia promoção integrada de destinos brasileiros.



No último 27 de maio Puerto Iguazú foi sede do menor congresso mundial do mundo. Congresso que reuniu os representantes das Novas Sete Maravilhas. Falo disso no Blog de Foz e lhe convido para visitá-lo e ver fotos. Na entrevista coletiva no Slaviero Suítes em Foz, foi anunciado um projeto parecido com o dos conventions do Rio de Janeiro e Foz. Só que desta vez a proposta é a criação de uma marca para divulgação conjunta das Novas Sete Maravilhas Naturais: Iguaçu / Iguazu, Amazônia, Montanha da Mesa (Table Muntain / Tafenberg) África do Sul; Baía de Halong Vietnã; Rio Subterrâneo Puerto Princesa em Palawan, Filipinas e Ilha de Jeju na Coréia. Há um pré-compromisso de que as “maravilhas” se divulguem mutuamente, se ajudem e que tenham áreas de exposição que mostrem as outras maravilhas. Fiz algumas notas sobre o assunto: Declaração assinada no Congresso Mundial das Maravilhas. Fiz uma nota sobre a placa de bronze que será colocada nos dois parques nacionais Iguaçú / Iguazú.