quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Holocausto, a palavra que Lula usou é uma palavra errada. Calamidade e Catástrofe são melhores

 É muito triste quando as pessoas brigam por causa de palavras. A palavra aqui é "holocausto". Quando se fala em holocausto a gente pensa no crime de guerra nazista durante a II Guerra Mundial. O que aconteceu na época foi genocídio. Para a maioria de nós cristãos, a gente aprendeu a palavra holocausto na Bíblia. E essa palavra não fazia referência a genocidio. Quem primeiro colocou a palavra holocausto na Bíblia, foram os tradutores da versão Septuaginta ou versão dos 70 que acharam por bem usar a palavra "holocausto" que é grega (Óλόκαυστος / Olokafstos) e quer dizer "completamente queimado" (holos = todo, clauston = queimado). Na Bíbia, o holocausto entrou para dar nome àquele "sacrifício de animais" oferecido a Deus com o nome, segundo outras traduções, de "oferta queimada" e estava associada à produção de um "aroma delicioso" que era aprazível para Deus. 

Por que chamaram a carneficina genocida nazista criminosa de holocausto? Se a ideia de holocausto era a oferta queimada de "cheiro agradavel" para Deus, houve alguma coisa no exagero criminoso da Segunda Guerra que fosse aceitável para Deus? Existe algum aroma desta carneficina criminosa contra um povo ou povos que se acharam no lado submisso da vida (os que estavam por baixo)? 

Quando o presidente Lula afirma que o Governo de Israel está se comportando igual aos perpretadores do "holocausto", não é para a palavra holocausto que devemos olhar. Só estaríamos desviando do assunto. Em Israel e onde quer que vivam membros da comunidade judaica e em hebraico não é holocausto a palavra que usam no esforço de não deixar esquecer a covardia. A palavra usada é "shoah" (שואה ou השואה) que significa "a calamidade" ou "a catástrofe". Dá para entender melhor: foi uma catástrofe, uma calamidade o que caiu sobre os judeus da Europa. (Desta catástrofe foram vítimas também Testemunhas de Jeova, ciganos, maçons, pessoas com deficiência física e mental, sindicalistas, gays e outros).    

É contra a Lei que um ser humano empático se compadeça da vida que os palestinos estão levando em Gaza? O grito "Holocausto nunca mais para ninguém" é válido desde que tenhamos em mente que a palavra é errada. O grito deveria ser "Tragédia nunca mais", "Calamidade nunca mais", "Extermínio nunca Mais" especialmente aquele infortúnio que sofremos quando estamos por baixo. Todo país tem culpa, tem podre escondido neste quesito. Basta lembrar o "shoah" que o Brasil imperial causou em Piribebuy e Acosta Ñú no Paraguai e outros "shoah" menores nas guerras internas de Canudos e do Contestado. 

Eu gosto de entender que o presidente Lula quis dizer isso: Israel está exagerando. Não imite os alemães nazistas, não há solução final com violência contra quem a gente não gosta.  

Outra preocupação minha é com o uso do termo semita. Semita são os judeus, os árabes, os etíopes especialmente em relação às linguas árabe, hebraico, aramaico e amárico entre outras. Acusar árabe de antissemita não é correspondente à verdade no nível da linguística e até do dicionário.     

Que a Paz prevaleça na Terra 

שהשלום ישרור ברחבי העולם   

Toiko Py'aguapy Tenondete Ko Arapy Rehe

May Peace Prevail on Earth

Que la Paz prevalezca en la Tierra 



domingo, 4 de fevereiro de 2024

Uma caminhada ao longo da histórica estrada que leva ao Porto Meira no Rio Iguaçu


Estrutura da antiga 2ª Aduana Brasil-Argentina desativada após a inaguração da Ponte Tancredo Neves. Espero que preservar esta estrutura histórica esteja nos planos. Caso contrário já teria sido derrubada   

Viaduto novo parte da estrutura da Ponte da Integração / Estrada Perimetral 


Há poucos dias publiquei duas postagens sobre as obras do governador Moysés Lupion. Na postagem copiei a foto do livro "A Concretização do Plano de Obras do Governador Moysés Lupion 1947 - 1950" que mostra trabalhadores com pá e picaretas trabalhando na abertura da estrada Porto Fiscal - Porto Meira. 

Neste dia 2 de fevereiro, Dia de Iemanjá, avisei a Mãe Amanda Vieira que eu iria diretamente ao Porto, ou seja que não participaria da carreata. Me concentraria no Porto. À tarde, por volta das 16h embarquei no ônibus 320 ou Interbairros que me deixou na entrada do Marco das Três Fronteiras. 

A partir daí caminhei até a área de embarque do Kattamaram II este barco que já é parte do patrimônio da cidade. Depois falarei disso.  Minha meta era observar todo o trabalho envolvido para a construção da Avenida General Meira no governo Moysés Lupion (1947 -1950). A desculpa desta postagem é mostrar as fotos dos cortes do barranco para a construção da estrada. Hoje quem passa de carro não tem chance de ver a beleza das rochas ao longo do caminho. 

Registrei uma nascente que desce pelo canto da estrada por poucos metros, registrei as curvas, detalhes das rochas e até a visão do Hotel Panramic Grand lá do outro lado em Puerto Iguazú, na Argentina. Me lembro que quando era guia e na época em que a gente aprendia dos mais antigos, dizia-se que o edifício era a Residência de Eva Perón. Nada mais atravessado do que isso. Na realidade o prédio é uma construção do Parque Nacional Iguazu, como tudo o mais em Puerto Iguazu. Foi uma das maneiras de incentivar o turismo. Ele teve o propósito semelhante ao do Hotel Cassino Foz, de melhorar a hotelaria e condições no centro da cidade.   

O nome dele era Hotel Iguazu onde também funcionou um Cassino. A pesquisa em andamento foi registrada pelo La Voz de Cataratas e é parte do esforço da cidade em relembrar o passado. O hotel permaneceu um bom tempo fechado. Segundo minhas lembranças pessoais, não implico ningém, a Província travou uma boa luta para que o Governo Nacional passasse o hotel para a Província. O pleito foi um sucesso. Mas asim que a província pegou o hotel, o privatizou. É a situação que o amigo Nelson Mariani diria em portunhol "espertiña" a Província. Mas graças a isso temos hoje o hotel Panoramic Grand. Gosto muito deste hotel.     

Começa a descida. Esta estrada deveria ser preservada em uma categoria que por aí fora se chama "Estrada Cênica"


Curva séria



Começa o paredão esculpido a explosivo, pá e picareta
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Trabalhadores responsáveis pela obra da estrada que leva ao Porto Meira


Da curva se vê o Hotel Panoramic Grand em Puerto Iguazu, o antigo Hotel Iguazu 


Esta árvore é uma especialista em sobrevivência

Régua para medir a altura do rio. Esta régua ficou debaixo d'água na última longa cheia 

Detalhes demais 

Não é só água mole que fura pedra. Os cipós têm sua importância

Machu Picchu? Não Porto Meira. Posso chamar basalto colunar?

Você está vendo junção ou disjunção aqui? depende do idioma

Perigo na pista é preciso uma mãozinha aí 

Quase chegando à área do Porto de Areia / Navegação e embarque dos passeios turísticos no barco Kattamaram II

Uma pequena nascente serpenteia ao lado da estrada nos primeiros metros dela