sábado, 10 de julho de 2010

Foz no Ideb! Comemoração merecida mas cuidado com o exageiro


O prefeito de Foz do Iguaçu e a equipe de Governo, professores, a secretaria de educação comemoraram o Ideb de Foz (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Foi um índice muito bom e que merece ser comemorado. Mas não é o resultado de um jogo de futebol. Indices são ferramentas que devem ser analisadas por especialistas para projetar políticas em cima dela. A afirmação não é minha. Cito o ouvidor da Agência Brasil de Noticias Paulo Machado (Leia o texto dele). Índice há muitos e que servem para trabalhar e mudar a realidade. Por exemplo a Renda Per Cápita é um índice que pega o PIB (Produto Interno Bruto) ou seja tudo o que é produzido no Brasil e divide pelo total de Brasileiros. Dá US$ 8.020,00 por cabeça. Mas isso não quer dizer que, na prática, todo brasieiro ganhe oito mil dólares por ano até porque há uma coisa chamada "desigualdade". Para ganhar isso por ano, todo brasileiro deveria ganhar cerca de US$ 660 por mês. Mas o índice é bom por que ajuda a traçar meta. Por exemplo, o Brasil quer dobrar a renda per cápita até 2022. É a mesma coisa com o Ideb.
O ouvidor alerta para a confusção que isso faz na cabeça dos pais. Devo tirar o meu filho da escola onde ele está e transferi-lo para a escola que tirou 8,4 no Ideb? Isso vai significar um salto no estudo dele? Segundo o ouvidor isso é perigoso. Pois, se assim fosse, todos os pais de alunos das escolas municipais de Foz do Iguaçu deveriam estar pensando em se mudar para Serranóplois do Iguaçu onde a média da cidade foi 7,2 - a nais alta do Paraná. O Ideb não é para isso. O índice pouco diz também sobre a metodologia utilizada na escola, a felicidade dos professores e o bem-estar dos alunos.

Na prática, chega-se ao Ideb pegando o resultado da Prova Brasil, o nível de aprendizado e a evasão escolar. A relação entre aprendizado e evasão é interessante. Se cresce a evasão, a escola perde. Se para evitar a evasão se aprova quem não aprendeu, a escola perde. É assim tudo amarrado. Porém há muito que conversar. Na terra de Paulo Freire (Brasil) ainda predomina a "educação bancária" - nada a ver com educação para ser bancário no futuro. É aquela educação onde o aluno sentado na banca, copia e copia e copia. O professor ensina e o aluno absorve. Não é uma educação para a autonomia. É uma educação para a bobeira e a submissão.

Nota:
Veja os resultados do IDEB Aqui
A imagem acima mostra as habilidades que os alunos examinados na quarta série devem ter. É possível que muitos pais não tenham esse conhecimento!
Artigo completo aqui
Todos pela Educação!

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