sexta-feira, 6 de maio de 2011

Viagem ao paraguai em 1818:livro lançado em Assunção para o Bicentenário

O Paraguai vai completar 200 anos nos próximos dias 14 e 15 de maio. Para marcar a data, a Editorial Tiempo de Historia, lançou uma edição limitada de 500 exemplares do livro Viaje al Paraguay en los años 1818 a 1226 escrito pelo médico e naturalista suíco J.R.Eengger que percorreu o Paraguai um pouco depois da revolução que levou à independência e à ditadura de José Gaspar Rodriguez de Francia. O livro foi recebido com crítica positiva pois ele abre uma pequena janela para a vida cotidiana, relações sociais, natureza, topografia, limites territoriais e informações que se perderam. O livro traz um mapa do Paraguai da época em que o limite norte do País vizinho era o rio Mbotetey (Mbotetei), o atual rio Miranda no Mato Grosso (hoje) do Sul que antes de ser chamado Miranda foi chmado também de rio Mondego pelos portugueses devido aos problemas de geopolítica da época. Outros dados reveladores incluem informações sobre a escravidão no Paraguai. O Paraguai teve escravos sim. O que o Paraguai nunca fez foi importar escravos da África porém empreendedores locais compravam escravos em Buenoas Aires. Segundo Renggen a situação do escravo no Paraguai era melhor que a dos escravos da Argentina e do Brasil. Não havia "pelourinho" e o escravo podia ter até regalias impensáveis em outras "escravolândias". Ranggen lança luz também sobre a escravidão na Argentina. Buenos Aires já teve tantos escravos negros que a população negra era maior que a dos europeus. Para se livrar da população negra, os negros portenhos eram alistados no serviço militar para fazerem parte de uma divisão de infantaria que se deslocava ao Alto Peru. Depois de oito anos de serviço eles ganhariam a liberdade. Mas, infelizmente, poucos voltaram, a maioria da população negra de Buenos Aires foi destruida pelo frio nos Andes.

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