O mapa ao lado é do Paraguai (clique nele +). Vemos Assunção, o traçado da RUTA 7 Asunción - CDE, cidade que ainda não existia. A região do Alto Paraná é visível. Aparece Hernandárias. Em baixo, aparece Ñacunday. No norte, para o leste, vê-se Saltos del Guairá. Entre a baranca do rio Paraná até Coronel Oviedo só selva. De Hernadárias e Guaíra – selva.No meio da selva, os índios que os paraguaios chamam de Guayaki – na verdade um xingamento. Os índios se chamavam e se chamam Aché. Apesar de perderem a maneira de vida livre, colhendo mel e andando pelas selvas, os achés não foram extintos.
Todas as fotos mostradas aqui são de 1971 e 1972. Foram tiradas por Mark Münzel, antropólogo alemão em uma reserva indígena criada pelo governo paraguaio para proteger os guayakis. Para a reserva eram trazidos os temíveis guayakis capturados vivos pelos caçadores de índios. Muitos caíram mortos vítimas das balas. Os paraguaios – crentes na propaganda oficial, temiam os guayakis e isso facilitava a matança. Com a morte e a captura dos guayakis, as terras iam ficando liberadas para que fossem vendidas uma vez, duas, dez e para que o progresso pudesse chegar ao LESTE paraguaio na forma de soja, trigo e milho. (Foto 1) Um Aché “manso” que trabalha com os captores de índios vigia uma índia Aché com seu filho. A legenda em inglês diz que ele ganhou a mulher em troca pelos nos serviços. A mulher e o menino morreram em menos de seis meses de cativeiro. (Foto 2) Preste atenção em um detalhe, diz o autor: o peito do índio Aché capturado, tem penas de pássaros colados nele; é usado entre os aches quando a pessoa está se preparando para morrer. (Foto 3) Uma das particularidades desta foto é que lá no fundo se vê alguém jogado no chão para morrer. A informação vem do relatório de Mark Münzel "The Aché Indians Genocide in Paraguay" (Os Aché - Genocídio de Indios no Paraguai) feito pela International Working Group for Indigenous Affairs (IWGIA) com sede em Copenhague, Dinamarca. Confira o relatório em PDF
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