domingo, 28 de outubro de 2012

Turismo de Foz do Iguaçu na encruzilhada - Segunda Parte


O que me preocupa, em segundo lugar, é uma tendência a desmoralizar o “turismo” como parte da economia, ou pelo menos algumas categorias. Como não há mais Cataratas, os guias de turismo que levavam turistas às Cataratas estão fadados a desaparecer. Em seu  lugar aparecem os “condutores de turistas no interior de Unidades de Conservação”. Os guias de turismo foram reconhecidos pela Lei 8.623/1993. Os condutores de turistas em unidades de conservação foram criados pela Instrução Normativa do ICMBio número 8 de 2008. É outra guerra: entre a Lei Geral do Turismo, a Lei que regulamentou a profissão de guia, a Instrução Normativa do ICMBio e a Lei Municipal que exige a presença de um guia de turismo nos ônibus de turismo. Alerta para os novos chegados ao turismo que aprenderam a surfar na onda do turismo e estão se dando bem nesta época de vacas gordas. Mas como relata a Bíblia na história original das vacas gordas e vacas magras, depois das vacas gordas, as vacas magras virão.  Os novos chegados ao turismo, e no caso de Foz do Iguaçu, destaco, o Parque Nacional do Iguaçu (os do lado de lado de lá) e até a Itaipu, estão muito empenhados em divulgar uma estatística preocupante. Só 20% dos que vem aqui o fazem via agência de viagem? Os que visitam o quê?  Foz do Iguaçu?  O Parque Nacional do Iguaçu? As Cataratas? O complexo Turístico de Itaipu?  Ou o Comércio paraguaio? Quais são os números de cada um desses atrativos/segmentos? Isso é perigoso. De onde vem essa idéia de que  só 20% vem por agência? Esses possíveis 80% dos turistas que vêm por conta própria, dirigindo seus veículos e fazendo seus próprios roteiros são regionais, são do Paraná, acima de tudo; do Sul e de São Paulo, talvez. Quando a vaca ficar magra, esses tendem a sumir. Daí que o turismo não se limita só a um mercado. É bom estudar bem nossos mercados. Bem até aqui chego nesse assunto.

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