O que me preocupa, em segundo lugar, é uma tendência a
desmoralizar o “turismo” como parte da economia, ou pelo menos algumas categorias. Como não há mais Cataratas, os
guias de turismo que levavam turistas às Cataratas estão fadados a desaparecer.
Em seu lugar aparecem os “condutores de
turistas no interior de Unidades de Conservação”. Os guias de turismo foram
reconhecidos pela Lei 8.623/1993.
Os condutores de turistas em unidades de conservação foram criados pela
Instrução Normativa do ICMBio número 8 de 2008. É outra guerra: entre a Lei Geral do Turismo, a Lei que regulamentou a profissão de guia, a Instrução
Normativa do ICMBio e a Lei Municipal que exige a presença de um guia de turismo nos ônibus de turismo. Alerta para os novos chegados ao turismo que aprenderam a surfar na onda do turismo e estão se dando
bem nesta época de vacas gordas. Mas como relata a Bíblia na história original
das vacas gordas e vacas magras, depois das vacas gordas, as vacas magras
virão. Os novos chegados ao turismo, e
no caso de Foz do Iguaçu, destaco, o Parque Nacional do Iguaçu (os do lado de
lado de lá) e até a Itaipu, estão muito empenhados em divulgar uma estatística
preocupante. Só 20% dos que vem aqui o fazem via agência de viagem? Os que
visitam o quê? Foz do Iguaçu? O Parque Nacional do Iguaçu? As Cataratas? O
complexo Turístico de Itaipu? Ou o
Comércio paraguaio? Quais são os números de cada um desses atrativos/segmentos? Isso é perigoso. De
onde vem essa idéia de que só 20% vem
por agência? Esses possíveis 80% dos turistas que vêm por conta própria,
dirigindo seus veículos e fazendo seus próprios roteiros são regionais, são do
Paraná, acima de tudo; do Sul e de São Paulo, talvez. Quando a vaca ficar magra,
esses tendem a sumir. Daí que o turismo não se limita só a um mercado. É bom
estudar bem nossos mercados. Bem até aqui chego nesse assunto.
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