segunda-feira, 18 de agosto de 2014

"Medicina não lida com gente, lida com doença" - Unila

Parabéns aos alunos, Unila, Itaipu, Samek, Governo Federal, Uniamérica
Mais de perto: detalhes de alunos e autoridades: Fouad Fakih, Charles Bortolo, Jorge Samek, Reitor Josué Modesto dos Passos Subrinho e prefeito Reni Pereira 

Outro ângulo: vestir o jaleco já fez diferença
Data especial: a próxima daqui a seis anos

Difícil enquadrar todo mundo
Duas irmãs de Ciudad del Este, Paraguai: as duas têm filhos na primeira turma 



Quase 60 alunos do primeiro curso de medicina da Universidade Federal da Integração Latino-Americana – UNILA, assistiram a aula inaugural na segunda-feira, dia 18 deste mês de agosto de 2014. Foz do Iguaçu lutou muitos anos por um curso de medicina. E quando ele se torna realidade é um curso federal, de uma entidade federal. E não é só uma universidade federal. É uma federal  diferenciada pois todos os seus cursos são orientados para a integração latino-americana. É diferenciada também por que é a primeira universidade bilíngue do Brasil.

O reitor da Universidade, Josué Modesto dos Passos Subrinho, disse na inauguração que o curso de medicina, o 17º curso de graduação da instituição, não havia sido cogitado no projeto original da Unila. Porém, ele destacou que o clamor da comunidade local por um curso de medicina que coincidiu com os esforços do Governo traduzidos por iniciativas como o programa Mais Médicos além da necessidade de se formar médicos com uma formação mais humana, deram um bom empurrão para o curso na Unila que tem como meta a capacitação com compromisso social e com capacidade de oferecer soluções democráticas e solidárias para os problemas da América Latina.  

Ainda sobre a proposta humana do curso de medicina, o presidente da Uniamérica Ryon Braga disse a frase transformada em título desta postagem: Medicina não lida com gente, lida com doença. Ele escutou a frase logo após ter sido aprovado no curso de medicina da UFPR em Curitiba. Segundo ele faltavam dois meses para o início do curso e ele já queria estar nos corredores, conversando com pacientes e médicos, para ir se entrosando e se inspirando. Foi quando ele viu aquele médico no corredor que perguntou: “e tu piá, que ta fazendo”. Foi numa conversa com o médico, durante um cafezinho que o profissional já desencantado disse a frase acima. O motivo é que o futuro calouro disse que gostava de lidar com gente. “Este curso começa do zero e pode reescrever a história”. A promoção da saúde deverá ser o foco dos médicos unileiros do futuro próximo.

Fouad Mohamed Fakih, presidente executivo e um dos fundadores da Uniamerica, lembrou que desde 2004 a Uniamérica tentou implantar o curso de medicina. Mas, a burocracia não permitiu. Ele destacou que no dia 12 de maio de 2014, Uniamérica e Unila assinaram um acordo de cooperação para o uso compartilhado de estruturas. “Pouco mais de 100 dias depois daquela assinatura histórica, acontecia a aula inaugural a cargo da presidente da Associação Brasileira de Educação Médica, Jadete Barbosa Lampert. Ela  defendeu o ensino de Medicina baseado na integralidade, na qual o ser humano deve ser cuidado desde a sua concepção até a morte, contrariando modelos atuais de ensino nos quais o conhecimento é fragmentado.    
Um grade momento, após as falas das autoridades na mesa e antes da aula inaugural foi a entrega do kit aluno que incluía um jaleco branco e uma bolsa da Unila. Para quem estava no local, vestir o jaleco, parecia ser uma das primeiras investiduras dos alunos. As “carinhas” dos meninos e meninas latino-americanos – unileiros, pareciam ter ganho um brilho especial.        

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