terça-feira, 1 de março de 2016

Não deixe este assunto ser resolvido por uns poucos

Os Iguaçuenses souberam protestar e impedir que algumas medidas fossem implantadas. Foi o caso do aumento do número de vereadores, até o caso da abertura e privatização do TTU, na questão da contratação de assistentes de creche (esta perdida) e muitas outras. Agora é hora de mostrar o que pensa sobre a proposta da  terceirização da saúde sob o nome de PPP. Isso já vem sendo tentado há tempo. Já havia uma PPP na saúde na época do prefeito Paulo MacDonald quando uma empresa já tocava postos de saúde, trocava lâmpadas, fazia limpeza. É assunto sério em uma área onde a ficha de Foz do Iguaçu é suja.  Estamos celebrando 20 anos do fim da Santa Casa. Uma boa campanha para que o Codefoz mostre liderança. Serão R$ 120 milhões por ano pagos a uma empresa por 30 anos.  


Só para apimentar a discussão lembro que entre 27 e 30 de janeiro deste ano, 27 pessoas foram contaminadas após um mutirão de cirurgias de cataratas no Hospital de Clínicas em Alvarenga na grande São Paulo (ABC). 

Familiares das vítimas querem processar o hospital que destaca que só cedeu o espaço e que as operações foram feitas graças um contrato de terceirização assinado em 2014 com uma empresa privada. Em 2015, diz o portal G1, foram realizadas 945 cirurgias sem que ter sido registrada ocorrência negativa nenhuma. A secretaria de Saúde de São Bernardo diz que o contrato foi suspenso até que a investigação seja concluída.  


Segundo o oftalmologista Paulo Augusto de Arruda Melo, da Universidade Federal Paulista (Unifesp), citado na reportagem, todos os equipamentos e medicamentos usados nas cirurgias, como colírios e anestesias, devem ser examinados. O médico inclusive questiona a realização de cirurgias em larga escala. “Tem que se questionar a real necessidade de um mutirão de catarata numa cidade, num município desenvolvido encostado em São Paulo”, afirma. 

É bom também que os meios de comunicação de Foz do Iguaçu abram espaço para os médicos dizerem o que pensam para que eles não continuem sendo a "parte silenciosa da coisa" sobre quem a bomba vai estourar.

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