O
cineasta Samir Abujamra é o representante brasileiro no
Festival Internacional de Cinema do Saara (FISAHARA) em outubro. Ele vai
apresentar o seu último documentário "O Deserto do Deserto". O Festival acontece em outubro nos campos de refugiados saharaui em Tindunf na Argélia. A informação foi dada em primeira mão pelo representante da Frente Polisario, na prática embaixador da República Saharaui no Brasil, Mohamed Bahia durante visita a Foz do Iguaçu.
O
documentário foi filmado no Saara e conta história do povo sarauí
nativos do deserto na região que até 1075 foi colônia da Espanha. Era
conhecida como Saara Espanhol.
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Mohamed Bahia |
Em
1975, a Espanha decidiu abandonar a colônia passando o controle dela
para o Marrocos, ao norte e à Mauritânia, a sul, em vez de investir no
processo de descolonização e levando o povo saarauí (Saharaui)
à autodeterminação. No sábado, 2 de julho, haverá uma sessão premier
do filme em Londres patrocinado pela ONG Sandblast (Convite, acima) que
apoia a luta dos saharahuis.
Segundo
Mohamed Bahia, a União Africana considera que o território sarahuí
ocupado é hoje a última colônia na África. O Brasil reconhece o direito à
auto-determinação do povo saarauí mas não reconhece a República.
Segundo o embaixador, só três países na América Latina não reconhece o
país. Em 2914 enquanto rodava o documentário, teve um acidente com uma
mina terrestre na região de conflito. Para manter os saarauis
fora do território, o Marrocos construiu um muro-trincheira de mais de
1500 quilômetros protegidos por 10 milhões de minas terrestres.
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