sábado, 11 de maio de 2019

Véspera de feriado de 1º de maio foi marcada por lançamento de livros na comunidade árabe



Reforço e publico aqui uma pequena reportagem (imagem) que fiz para o Gazeta Diário (GDia) sobre o laçamento do livro testemunho da advogada e escritora  Roula Fares Dia e do advogado Elias Mattar, cujo livro trata do caso da médica do Hospital Evangélico de Curitiba, Virgínia Helena. O lançamento foi na loja Kapadokya Store em frente à entrada principal da Mesquita Omar Ibn Al-Khatab. Houve um coquetel com muitos doces árabes. A matéria é a que está acima.

Jackson Lima (eu), Roula Fares Dia (autora), Mohamad Barakat (Membro da Comunidade), Ali Farhat (jornalista e analista), Anice Gazaoui (advogada) no lançamento

Confira:

Dois livros foram lançados nesta quinta-feira, à noite, em Foz do Iguaçu. "O Brasil pela perspectiva dos Libaneses e Descendentes", traz 15 testemunhos de libaneses , filhos ou netos que fizeram não só adotaram o Brasil como sua  residência mas  como sua pátria. A coletânea de depoimentos foi organizada pela advogada Roula Fares Dias, advogada formada pelo Centro Universitário UDC e em Ciências Políticas e Administrativas pela Universidade Libanesa.
A escritora diz que a ideia do livro nasceu após ver na França, o livro "Paris como é vista pelos árabes", com textos de 13 escritores e escritoras árabes que visitaram a capital francesa.  Para ela que atualmente vive na Espanha, o "Brasil é a essência das voas lembranças dos bons momentos vividos com cheiro de terra molhada, cheiro de flores, de pão de queijo quente saindo do forno" entre outras.
Entre os autores dos testemunhos estão o embaixador do Brasil no Líbano, Jorge Geraldo Kadri, o empresário e ex-embaixador do Paraguai no Líbano Hassan Khalil Dia, a advogada brasileira Anice Nagib Gazzaoui, o jornalista e analista de  política regional para diversos meios de comunicação árabes, Ali Farhat , o empresário Phelipe Mansur e Nisreene Abou Matar professora no Instituto federal do Pará e tradutora de livros árabes para o Português entre eles o livro "Folhas Proibidas" de Roula Feres.
O momento brasileiro e sua aparente guinada  para uma política que parece desviar-se das boas relações com os países árabes não pôde deixar de ser mencionado no lançamento. Roula Fares Dia, que disse que o Brasil sempre se distinguiu por ter uma política conciliatória e diz que mantém a fé de que o Brasil saberá dar continuidade à política diplomática baseada no bem.
O laçamento do livro ocorreu no espaço da loja Kapadokya no Jardim Central (Monjolo) em frente à Mesquita Omar Ibn Al-Khattar. Compareceram membros da comunidade árabe de Foz e brasileiros amigos e parentes. Mohamad Barakat, empresário de Foz do Iguaçu classificou o lançamento do livro bilíngue português e árabe como sendo uma boa notícia em um momento difícil. "Mas que no Brasil, como sempre tudo vai dar certo", disse. O livro de Roula Fares Dia foi lançado no Líbano no ano passado. O livro foi publicado pela editora libanesa
Dar Al-Farabi Publishing.

Medicina no Banco dos Réus

Advogado Elias Mattar assina autógrafo na cerimônia de lançamento
O advogado criminalista paranaense, Elias Mattar Assad, descendente de sírio-libaneses nascido na Lapa (PR) apresentou seu livro: "Doutora Morte? A Medicina no Banco dos Réus - O resgate de uma história". O livro co-autorado por Louise Mattar Assad trata do caso da médica Virgínia Helena Soares de Souza, do Hospital Evangélico que foi transformada em um monstro após uma série de denúncias que dava conta da morte de centenas de pacientes para liberação de espaço. Para ele, o inquérito desde o inicio apresentou erros.
 

O calvário da médica intensivista começou em 2013. Ela foi inocentada em abril de 2017  tanto pela justiça criminal como pelo Conselho Regional de Medicina podendo retornar para o exercício da profissão. "Mas isso não aconteceu", destaca o advogado. Ela vive recluída sem poder sair de casa porque a notícia de que ela foi inocentada chegou tarde demais e é pequena demais para fazer frente ao bombardeio de anos de acusação repercutida em todos os órgãos de imprensa.
Para destacar que o inquérito teve erros graves, Elias Mattar Assad cita o exemplo de uma transcrição de uma gravação onde ao transcrever uma frase em que a médica diz que precisa "raciocinar", quem a ouviu interpretou por "assassinar". Para o advogado, que agora tem escritório em Foz do Iguaçu, o livro quer provocar uma reflexão. 


"Neste caso quem esteve no banco dos réus não foi a médica Virgínia Helena, foi a medicina", reforça. E não só a medicina, todo o hábito de julgar antes do julgamento  também.

Nenhum comentário: