(Ilustração divulgação) - Vê-se ai que segundo a proposta a ponte ficaria próximo a Itaipu.
O Movimento das Águas Grandes e a Fundação Iguassu ambos associadas ao arquiteto iguaçuense Nilso Rafagnin, está liderando uma batalha para que a segunda Ponte Brasil-Paraguai não seja concluída no Marco das Três fronteiras. O Movimento não quer também que a ponte seja só uma ponte. Quer que a ponte seja parte de um projeto maior que incluirá um parque ambiental trinacional (foto acima), um anel viário de integração (ilustração) que incluiria a futura ponte Argentina-Paraguai e inclui ainda um sistema de teleférico que uniria os três lados da fronteira no Marco das Três Fronteiras, Para isso o projeto exige que a ponte brasileira não seja construída no Marco das Três Fronteiras.
A tal segunda ponte ficaria o mais longe possível do Marco das Três Fronteiras. A sugestão é que a ponte saia lá para as bandas do Jardim Califórnia no Porto Belo. A idéia é desviar todo o tráfico pesado de caminhão entre Brasil e Paraguai para aquela região. O arquiteto está corretíssimo quando defende a ponte longe do Marco das Três Fronteiras. Depois das Cataratas e da Itaipu, a característica da fronteira que é única no mundo é exatamente o encontro dos dois rios e três países.
Hora de ajeitar a casa. Considerado que Foz do Iguaçu é uma cidade rica que é pobre nossa pobreza começa do fato de ter duas grandes atrações turísticas que são da esfera federal. Foz do Iguaçu não apita nada na Itaipu e no Parque Nacional do Iguaçu. A cada dia, as duas atrações ficam independentes com transporte próprio, programação própria e vida própria. Então o que é Foz do Iguaçu? Entre a Itaipu Binacional no norte e o parque Nacional no Sul o que temos no meio? Temos uma cidade que não tem muito a mostrar, salvo algumas iniciativas particulares como o Parque das Aves e o ecanto dos Cactos. E não digo mostrar por mostrar mas mostrar para capitalizar. É aí onde somos fracos: não temos teatros, não temos museus, não temos uma grande biblioteca, não temos atrativos turísticos e culturais criados; sequer temos patrimônio histórico, cultural e natural definidos, não temos paisagismo à altura e etc. Estamos mal. Foz do Iguaçu precisa criar toda uma série de espaços, ambientes e equipamentos para sermos uma cidade. É nesse sentido que a discussão do Marco das Três Fronteiras é um começo importante! E não devemos esquecer quem já está lá tocando o Marco das 3Fs enquanto a cidade deixa o tempo passar!
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