sexta-feira, 21 de junho de 2013

Fórum Empresarial do Meio Ambiente em Foz: ouvi muita coisa boa


 Na foto, Robert F. Kennedy Jr, advogado, promotor em NY e presidente da ONG Riverkeepers - de proteção dos rios e perseguição aos poluidores, fala sobre sua experiência à frete da ONG. Ele alertou sobre a Privatização da Água. Foi dele também que ouvi pela primeira vez o termo "Direito à Transparência" ligado ao direito à prestação de contas (accountability right). Ele se referiu ao direito à transparência quando falou sobre as manifestações de milhares de pessoas no Brasil. 

Um dia depois a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva, falou da "Transparência com Visibilidade". Ela disse que há muita "transparência" sem visibilidade. Ouvi a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira dizer que o Brasil se encontra no processo de transformação de uma "sociedade do consumo" para uma "sociedade do bem-estar". Marina Silva, falando sobre o mesmo fenômeno disse que a transformação é de uma "sociedade do ter" para uma "sociedade do ser". "Não se pode garantir um carro por pessoa. Há limite quanto ao carro mas não limite para se ser feliz". 

Outra frase interessante dela foi "fomos sequestrados pela mentalidade do ter em vez do ser". As manifestações globais mostram que vivemos uma "crise civilizatória" formada por múltiplas crises: crise econômica, crise financeira, crise social, crise ambiental, crise política e crise de valores. Acrescento uma outra que ouvi em outro lugar: crise de divisas que deve chegar nos próximos dias no mundo.    Para Marina, a crise política é mundial e está começando no Brasil agora". Para ela, surge agora um novo "sujeito político" que cobra, vai às ruas sem necessidade de pertencer a um grupo, um partido, entidade classe de trabalhadores ou estudantes.    


Já o oceanógrafo Jean-Michel Cousteau falou do mar. A catástrofe do mar. "Milhares de produtos químicos são lançados no mar incluindo aqueles que estão na pílula que você toma para dor de cabeça, vão para os oceanos e vimos que eles têm consequências graves. Não só nos oceanos, mas também na água doce. E estamos colocando isso no nosso prato", destacou.Ele lembou os vazamentos de petróleo, o plástico nos oceanos, a radiação atômica e a poluição. Destacou também que a pesca corre perigo porque os peixes diminuem e a demanda da pesca aumenta e não e só nos mares.

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