As placas continham pensamentos e lembranças de pessoas como jornalistas, transcrições de jornais e outros profissionais. Foi aí que descobri o dono do Box 18, Ari Novaes apelidado de "o bom". O Bom lembra que parte do Mercado foi a rodoviária quado a cidade tinha 60 mil habitantes. Automaticamete comecei a procurar o Box 18. Encontrei o Ari, conversamos um pouco e pedi permissão para tirar uma foto.
Ari Novaes, o dono do Box 18 |
Mercado Público - Mercado do Peixe com o chafariz de 1917 |
Uma vista algo rara para quem mora no Extremo Oeste seja do PR, SC ou RS |
. A outra área é dedicada a lojinhas de artesanato. Há
muita coisa bonita. Incrível. Voltarei
sempre. O mercado me conquistou. Minha filha contou que
quando um transatlântico atraca no porto, há um intercâmbio de exploração. Os
viajantes lá do alto nos decks do navio se põem a acenar, fotografar e curtir a
visão da cidade, do povo que passa a pé, caminhando, de carro. Não deixa de
haver carros que buzinam para os passageiros que retornam a saudação com
gritos. No lado da terra, sentados nas cadeiras dos bares do Mercado Público, ou
em outros locais da redondeza, o povo local acena de volta. Há poucas ocasiões
onde isso acontece. O turista consome você – visualmente é claro. E você pode consumir
também visualmente tudo o que você vê. Para acompanhar no Facebook.
Nota de 2021: O seu Ari, O Bom morreu!
O presidente dos Estados Unidos tinha acabado de matar uma autoridade iraniana que visitava o Iraque. Eram os primeiros dias de 2020. Que maneira de começar o ano! Eu estava em Navegantes, ao lado de Itajaí. Fui ao Mercado Público para revisitar o espaço que continua o mesmo. Claro que tudo isso foi antes da Pandemia que já estava a caminho. Fui em vários boxes e conversei. Eu tinha uma lente grande angular no celular. O rapaz de um bosque me chamnou e disse que queria comprar uma e perguntou como funcionava. Eu, perguntei, por que não tiramos uma foto? Tiramos várias. Em seguida fui ao box do Seu Ari. Não achei ele. Fiquei sem jeito. Havia uma jovem senhora. Eu expliquei. Eu disse: eu tenho um blog e já fiz reportagem aqui e creio que aqui conversei com um senhor. Ela me respondeu: eu sei, eu conheço você. Eu vi as postagens. Disse que adorou. E me deu a notícia: meu pai morreu! Daí eu não soube o que dizer. Sei que todo mundo morre. Mas senti falta daquele senhor que ficava em pé, em um canto do galpão do Box 18. Fui muito feliz em conhecer o seu Ari! Compartilho a falta que ele faz à família. Obrigado Sr. Ari, "o Bom" por ter conversado comigo.
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