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Maracatu do Projeto Plugado |
A celebração do primeiro ano de existência do grupo Maracatu
Alvorada Nova foi a desculpa. O que aconteceu foi uma mostra do know how do
pessoal da Casa do Teatro / Teatro Barracão em juntar coisas das Três
Fronteiras elevá-las ao público. Nas fotos que aparecem nesta postagem há um bom
exemplo do que aconteceu mas não dá conta de tudo. Por exemplo, não uma foto Maracatu Alvorada
Nova. O motivo é que eu sai antes de terminar. O fermento do " pão
cultural" nas Três Fronteiras está ativo. Juntar tudo isso e mostrar em
uma noite não é fácil.
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Slackline |
Até onde presenciei,
vi apresentação de chorinho e samba - com direito a Thiago da Silva no
cavaquinho e a francesa Anne Sophie Bertrand na flauta. "Escolhemos fazer
chorinho porque é uma música mais complexa", disse Thiago. Ouvir choro em Foz é, para mim, novidade. Os
ouvidos agradecem. Thiago contou que uma vez por mês o grupo Os Mau Ditos se apresentam
no Empório com Arte - um espaço também especial - uma vez por mês. O grupo tem ainda, Robson de Aguiar Jr no pandeiro; João Batista
de Andrade na percussão e o maestro Claudião no violão. O Thiago Silva está ligado
ao grupo Trupe Luz da Lua. Havia também duas cordas bambas chamadas de slack
line ou slackline que quer dizer a mesma coisa.
O poder de "pontífice" (construtores de ponte) do
que eu chamo de galera da Casa do Teatro / Teatro Barracão é a habilidade de
ter contato com Puerto Iguazú. Vieram 80 pessoas de Puerto Iguazú. Duas aldeias
(tekoá): Jasy Porã (jacy Porã) e
Mbororé. A Jasy Porã apresentou o coral mbyá guarani com música tradicional e
por que não dizer sacra mbyá guarani. Um rapaz (brasileiro) confessou que
estava arrepiado e disse ter entendido uma palavra: ñanderú que significa
"nosso pai".
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Meninas mbyá guarani da
aldeia Jasy Porã de Puerto Iguazú |
A aldeia Jasy Porá,
segundo um dos dirigentes do coral, fica cerca de um quilômetro da aldeia Yriapú.
A apresentação da Tekoá Mbororé incluiu a participação inclusiva de mbyá
guaranis e brancos. Uma mistura. Jovens mbyás cantaram rap em guarani mbyá, a
banda com ótima percussão, guitarra, violão, saxofone, flauta doce trouxe o
rock-rap com pitadas de world music (nova era) e uma mensagem: lutamos pelo que
é nosso (luchamos por lo que nuestro). A aldeia Mururé como todas as outras
aldeias em Porto Igual estão no centro da guerra por terras. Lá investidores
ligados ao turismo e hotelaria estão de olhos e dentes nas terras (reservas)
guaranis. Parte (250 das 500 hectares) da Selva Yriapu já foi abocanhada pelo
condomínio hoteleiro entre o rio Iguaçu e a rodovia que continuação da Avenida
Victoria Aguirre; os olhos e dentes estão apontadas agora para a aldeia Mbororé*.
Há até planos para mudá-los para uma área em uma reserva ambiental que se não
me engano é Puerto Península. Lideranças da aldeia estão preocupados com o
assédio da representação local da civilização ocidental em cima da juventude 'mbororeense'.
Daí a força do "rap" dos 'rappers' guarani.
Fico devendo informações mais detalhadas sobre os membros do
grupo. Estou procurando! Entre uma apresentação e outra, entrou no palco o
grupo "Obuntu é" de música africana dirigido pela professora Florentina Veronica Rosa,
argentina de nascimento, psicóloga e co formação em dança pela UFBA. O grupo
arrancou aplausos de uma plateia impressionada. Florentina trabalha em dois
lados da tri-fronteira, Brasil e Argentina, e juntou tudo para trazer ao palco.
Em Foz o treinamento acontece na Reverence Studio de Dança. Em outro aspecto da arte, não faltou a
pintura. A pintora argentina de Puerto Iguazú Meg Glouber,pintava ao vivo e em
cores no meio da multidão que transitava as diversas expressões. Como disse não
vi o Maracatu Alvorada Nova, mas vi o Maracatu do Projeto Plugado que entrou em
cena puxado pelo Unileiro, estudante do quarto semestre de geografia Jhonatan
Fernandes que herdou do também Unileiro Alison Capelari, fundador do Alvorada
Nova, a direção do Maracatu do Plugado
um projeto que já tem sete anos. O som
do maracatu é contagiante e como disseram algumas pessoas "arrepiante".
De passagem digo, que sem a Unila, quer dizer estudantes, professores, amigos
essa teia teria sido mais difícil. Encerro por aqui.
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Os Mau Ditos: choro, samba e sucessos |
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Plateia incluiu crianças mbyá guarani de duas aldeias |
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Thiago da Silva no cavaquinho e a francesa Anne Sophie na flauta |
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Apresentação do grupo da Tekoá Jasy Porã |
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Parte do grupo 'Obuntu É' da professora Florentina Verónica Rosa
Academia Reverence |
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Maracatú do Plugado |
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Rap mbyá guarani da Aldeia Mbororé de Puerto Iguazú: "Luchamos por lo que es nuestro" |
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Do grupo multicultural da Aldeia Mbororé |
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Meg Glouber, pintora, Puerto Iguazú
* O
nome da aldeia é Fortín Mbororé e lembra uma batalha onde um exército de 4 mil
guaranis derrotou, em
11 de março de 1641, uma formação de bandeirantes que entrou na selva na região do rio Uruguai, onde
hoje está a cidade de Panambi (Misiones) para caçar e capturar índios para serem
levados à escravidão em territórios de Portugal.
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Um comentário:
hOLA SOY UNA DE LAS BAILARINAS DE DANZA AFRO Y ME GUSTARIA SABER SI TIENEN MAS FOTOS DEL EVENTO,MI CORREO ELECTRONICO ES fernanda_hidalgo@hotmail.com muchas gracias
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