Restauração ecológica em propriedades rurais é um
dos temas em discussão em Congresso em Foz. Reflorestar área usando mudas de plantas é a maneira
mais cara. Semeadura Direta é a nova tecnologia.
Jackson Lima
Divulgação
A restauração ecológica dentro de uma propriedade
rural pode custar entre R$ 900 até R$ 13 mil por hectare. “Tudo depende do
método escolhido”, destacou a pesquisadora Laura Antoniazzi em entrevista ao Gazeta Diário.
Segundo ela, pode-se utilizar três tecnologias diferentes: a regeneração
natural ativa, a semeadura direta e o plantio por meio de mudas.“A mais cara é
o plantio por meio de mudas”, afirma.
Laura Antoniazzi é parte dos cerca de 1500
cientistas, pesquisadores, técnicos e
lideranças do setor de restauração ecológica que se encontram no Hotel
Recanto em Foz do Iguaçu onde acontece o VII Congresso Mundial de Restauração Ecológica. Os profissionais de mais de 60 países trocam informações sobre
projetos e resultados da restauração ambiental em todo o mundo. Só o Brasil
está comprometido em restaurar mais de 120 milhões de hectares até 2020*.
No estudo apresentado
pela equipe de pesquisadores de Laura Antoniazzi, a preocupação é ajudar
propriedades rurais brasileiras a se adaptarem às exigências do novo Código
Florestal Brasileiro. “Nossa
contribuição no tema de restauração florestal tem objetivo de colaborar com
embasamento de políticas públicas e estratégias privadas, especialmente de
adequação ao Código Florestal”, afirma.
Um das primeiras orientações é a escolha da técnica
a ser usada. Um hectare de terra pelo método da regeneração natural pode custar
entre R$ 902 e R$ 3.668. Na semeadura direta, parecido com o plantio direto, o
preço fica na faixa dos R$ 3.500 com o agricultor usando seu equipamento. O método
mais caro e o mais usado é o do plantio por muda. Cada hectare vai custar entre
R$ 8.000 e R$ 17 mil (Os custos são de 2017).
Os custos e retornos
são apresentados para oito estados brasileiros - São Paulo, Mato Grosso e Pará,
Mato Grosso do Sul e os quatro da região do Matopiba - e em seis diferentes condições físico-ambientais
(combinações de precipitação e declividade)
que influenciam diretamente os custos. A pesquisadora lembra que o novo Código Florestal cria,
na prática, a maior agenda de restauração florestal no Brasil ao exigir
conservação de vegetação nativa em áreas privadas, por meio das Áreas de
Preservação Permanente (APPs) e de Reservas Legais (RL).
Durante o evento, os participantes assistiram 63
simpósios, 18 workshops e 10 cursos de treinamento. Quarta-feira, 30, foi dia
de visitas técnicas em Foz do Iguaçu e região. Foram ao todo 33 visitas. O
evento teve também uma amostra fotográfica sobre o trabalho dos participantes
em seus países e estados. Foi elebrada também a primeira Assembleia da
Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica (SOBRE), entidade que nasceu no
Paraná. A primeira Assembleia Geral da
SOBRE reuniu 107 membros em Foz.
Nota:
Esta é uma nota antiga que não havia utilizado no blog mas está atual além de ser urgente. O VII Congresso Mundial de Restauração Ecológica foi realizado no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention em Foz do Iguaçu entre 27 de agosto e 1º de setembro de 2017. Aconteceram paralelamente o V Congreso Ibero-Americano y del Caribe de Restauración Ecológica e a I Conferência Brasileira de Restauração Ecológica (SOBRE) *Não cumprimos a meta pelo contrário. Mas dá para tentar!
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