juiz Ariel Nicolai Cesa Dias fala às formandas. Na mesa: Danielle Araújo, secretária Rosa Jeronymo, Moema Viezer (Falta identificar a representante do CRAM) |
O Auditório
do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Foz do Iguaçu (Sinecofi) lotou na
sexta-feira, 20, à noite. Eram familiares, amigos, professores e autoridades
convidadas que vieram conferir a formatura das primeiras 25 Promotoras Legais Populares (PLPs) da Região Trinacional, fronteira entre Brasil, Argentina e
Paraguai. O curso que durou cinco meses teve
uma carga horária de 80 horas. “Todos os sábados à tarde nos reunimos no
auditório do Bosque Guarani”, explicou uma das organizadoras a professora
Danielle Araújo, da Unila acrescentando que o curso foi organizado sem recurso
público nenhum.
Fabiana Aparecida canta Utopia com as formandas |
“Ao longo desse cinco
meses o curso contou com a presença de mais de 20 profissionais de diferentes áreas
que discutiram de forma teórica e pratica sobre as ações e direitos que podem
ser acionados nos casos de violência contra as mulheres”, explicou. A expectativa de todas as formandas é que o
curso não pare por aqui. “Que a segunda
turma venha logo para dar continuidade”, concluiu a oradora oficial. Atualmente
já são mais de 5 mil mulheres promotoras no Brasil.
O juiz Ariel Nicolai Cesa
Dias, titular do
Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Vara de Crimes
contra Crianças, Adolescentes e Idosos e Vara de Execução de Penas e Medidas
Alternativas da Comarca de Foz do Iguaçu, foi um dos profissionais presentes na
formatura. Foi também um dos profissionais que doaram parte de seu tempo para
ajudar a preparar as promotoras legais para agir contra a violência doméstica e
contra a mulher. “Foz comemora a aquisição de mais um equipamento em prol da
luta contra a violência dirigida à mulher. Foz e as Três Fronteiras estão de
parabéns”, disse o juiz destacando que a Utopia é válida. Ele se referia à
música “Utopia” que a formanda Fabiana Aparecida Dias Ferreira contou enquanto
as novas promotoras entravam e se posicionavam no salão.
Na mesa estavam presentes ainda representantes da OAB
Foz do Iguaçu, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e a coordenadora do
Ministério da Mulher no Alto Paraná, Paraguai, Carolina Ramirez. A secretária Extraordinária de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade, Rosa
Maria Jeronymo, parabenizou o esforço e afirmou estar feliz de ver tantas mulheres se engajando na luta.
“Eu ando irritada com tudo o que vejo
acontecer em relação a essa violência”, disse concluindo que a paz verdadeira
não será encontrada enquanto essa situação de violência continuar.
Segundo Danielle Araújo, a turma
que se formou na sexta-feira, tem a desafio de implantar nas cidades da
fronteira o Serviço de Informação ( SIM) para que ajudem outras mulheres a
saírem de situações de violência e incentivar outras companheiras a se juntarem
a essa causa. Uma das vantagens da primeira turma de Promotoras Legais nas Três
Fronteiras é que mesmo antes da formatura já nasceu a Associação de Promotoras
Legais Populares, com a formanda Ednamar Costa de Almeida como a primeira
presidente da sociedade.
(Promotoras)
Para organizadores a primeira turma deve ter um efeito multiplicador. Grupo
canta “Utopia”
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