Roger Tory Peterson
1908 - 1996
In Memoriam
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Mas esta nota aqui é para falar da boa e agora já velha "observação de pássaro". O observador de pássaro não é cientista. Não é biólogo. É um cidadão de qualquer profissão que deseja ver, observar e identificar pássaros. Para isso ele carrega binóculos e se for sério mesmo, uma caderneta para anotar a espécie vista, a hora e o local exato. Ele carrega uma coisa mais preciosa ainda: um guia de campo. O primeiro Guia de Campo foi feito pelo amante da natureza e pintor Roger Tory Peterson em 1934. Assim Peterson foi o pai da observação de pássaros moderna. Hoje há livros Guias de Campo para pássaros de todos os países, continentes, regiões, ecossistemas e biomas.
O primeiro Guia de Campo que vi era de Roger Tory Peterson, dedicado aos pássaros do Centro-Oeste dos Estados Unidos. Eu o comprei em um sebo em Maceió dos anos 70. Era um livro pequeno, de bolso. Graças a esse livro, meus olhos abriram-se para os pássaros e pude saber que caga-cebo, se chama "bananaquit".
Estou escrevendo isso aqui ligado à minha famosa "Lista do que Fazer na Tri-Fron". Na lista dou um link para uma agência de turismo especializada em observação de pássaro em Puerto Iguazú. A orientação geral da empresa é para o público de fala inglesa. Por quê? É uma pena que este hobby não tenha pegado por aqui. É razoavelmente desenvolvido na Argentina. Aqui não. Uma grande população interessada em pássaros, ajuda muito na questão ambiental. A destruição das matas, banhados, campos extingue pássaros. A região está pobre em observação de pássaro ou seja, temos uma observação primitiva para os estrangeiros e nenhuma para o público local. Isso pode mudar. Estou sabendo de um movimento para a criação de um Clube de Observação de Aves (COA)em Foz do Iguaçu.Logo descobrirei mais e acrescentarei as dicas. No Brasil começa a haver um movimento de observação de pássaros e está entrando em vigor o verbo "passarinhar". Eu mesmo criei um verbo desses, se chama "ornitomirar".
As agências de turismo já podem organizar saídas de observação de pássaros em Foz do Iguaçu. Mas ainda para turistas e de preferência americanos. Isso é triste. Não me conformo que o Brasil não tenha sabido, primeiro, entrar para valer na indústria da observação; segundo, incentivar o hobby para os cidadãos em geral. Final: o Só os EUA tem mais de 50 milhões de observadores.
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