domingo, 29 de março de 2009

O caso das onças do Parque Nacional do Iguaçu: projeto chega tarde. Onbça morre (Parte II)


(Esta é a segunda parte de minhas postagens inspiradas pela morte da onça pintada no Parque Nacional do Iguaçu maravilhosamente administrado pelo Instituto Chico Mendes) Esta segunda postagem se limita a relembrar matéria do Paraná Online onde o Instituto Chico Mendes anunciava intenção de empurrar para a iniciativa privada o "iguaçuensemente" caduco Projeto Carnívoros
Foto do H2Foz.

Por Flavio Langinski

Conhecer a população de onças-pintadas e estabelecer um mosaico de conservação da espécie no Alto Rio Paraná. Essa é a intenção do Projeto Carnívoros, iniciativa do Instituto Chico Mendes que será realizada principalmente no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, oeste do Estado.

O que o instituto promove, agora, é um retorno dos trabalhos, já que o projeto havia se encerrado em 2001 por falta de recursos. Espera-se que esteja em pleno funcionamento em janeiro de 2009.

O projeto, cuja verba na ordem de R$ 1,4 milhão será proveniente do edital de licitação para explorar um hotel no parque, deverá englobar outras áreas de preservação, como o Parque Nacional de Ilha Grande. O trabalho verificará diversos fragmentos (pedaços da Mata Atlântica) em que a onça-pintada passa.

“O Parque Nacional do Iguaçu desempenha um importante papel nesse estudo, pois serve como matriz, isto é, a Panthera onca (nome científico do animal) nasce nessa região e migra para outros locais, aproveitando o corredor verde que existe tanto no parque brasileiro como no argentino”, conta o chefe do Centro Nacional de Predadores do Instituto Chico Mendes, Ronaldo Gonçalves Morato.

O projeto englobará uma estimativa da população de onças-pintadas, conscientização de fazendeiros dos entornos e colocação de rádios-transmissores de monitoramento nos animais.

A bióloga responsável técnica pelo trabalho, Marina Xavier da Silva, diz que um estudo feito pelo parque argentino detectou a presença de apenas 50 onças espalhadas pelos dois parques. “A causa desse número baixo deve-se principalmente à ação de caçadores, que durante as décadas de 80 e 90 dizimaram a população de onças-pintadas no parque”, lamenta

Veja original no Paraná Online

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