segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Parto na Água: em Foz do Iguaçu, Paraná
Fotos Nilton Rolin / Itaipu Binacional
Parto não é doença. Então por que a gestante tem que ser hospitalizada e compartilhar enfermarias em pavilhões onde há risco de infecções?
As duas fotos acima mostram um momento digno de comemoração. O Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC) de Foz do Iguaçu realizou, há pouco, os dois primeiros partos na água na Terra das Cataratas. É possível que tenha sido os primeiros do Paraná. Será?
A foto de baixo que, na organização do blog é a primeira, vemos o pequeno Lucas, recebendo os primeiros afagos da mãe Maria Candelaria Ríos Irazábal que acabava de chegar ao mundo via parto normal em uma banheira aquecida a 37°(graus)centígrados ou seja temperatura do corpo humano.
Lucas Vinicius Ríos da Silva, chegou e "desembarcou" na água, sem choque, não levou tapinha na bunda para respirar e não passou pelo trauma misturado com agonia para chorar o seu primeiro choro. O cordão umbilical que uniu o Lucas à mamãe por nove meses foi cortado sem pressa e só depois dele estar deitadinho sobre o busto da mamãe que naquele momento já sorria com satisfação, a Dra Glaucia supervisionada pelo Dr. Lucas Barbosa da Silva, cortaram o córdão até então vital.
Vamos por parte: o Dr. Lucas Barbosa da Silva, do Hospital Sofia Feldman e do Hospital das Clínicas ambos de Belo Horizonte, esteve em Foz do Iguaçu para dar um curso de parto na água para médicos e enfermeiras e equipe multidisciplinar do HMCC.
A ginecologista Gláucia Menezes contou que a banheira para partos é um dos equipamentos que o Ministerio da Saúde está exgindo das novas e futuras maternidades e daquelas antigas que pensam em reformas. É o caso HMCC. Desde 2003 o Hospital Costa Cavalcanti planejava a reforma que materializou-se em 2008. Na véspera da reforma, saiu uma norma do Ministério da Saúde exigindo adaptações nas estruturas de maternidades para, por sua vez, adaptar-se ao conceito de Parto Normal Humanizado. Um deles é aquele que eu usei para abrir esta postagem: parto não é doença.
Destaco que na entrevista que me concedeu, o Dr. Luiz Barbosa da Silva disse que, segundo números da Organização Mundial da Saúde, somente 20% ou 30% dos partos exigem a presença de um médico.
Voltando a Dra Gláucia, ela disse que entre as mudanças, estão: as área de parto dos hospitais devem ser isoladas do resto do hospital em si. A área exclusiva para atender gestantes deve ter um PPP ou seja uma área integral onde os três Ps (Pré-parto, parto e pós-parto) devem acontecer. Espera, acompanhamento, parto e pós deve acontecer em uma área interligada e exclusiva.
Opcionalmente, as áreas de parto, podem ter ainda uma sala para "ambulação"* onde a gestante possa dar passos, caminhar, rodar. Como há barras de ferro na parede (como aqueles em escolas de dança)as mulheres podem se exercitar. Há também uma sala especial para atendimento fisioterepêutico que entre outras coisas possui aquelas bolas para execícios com acompanhamento de fisioterapêutas. A banheira para parto é um equipamento opcional - ou seja o HMCC poderia não ter construído a sua ate por limitação de espaço físico. Mas ainda bem que o HMCC construiu a banheira onde nasceram Lucas Viniciu Ríos da Silva e a pequena Emily. Nenhum dos dois é segundo a nada ou a ninguém. Ele é o primeiro menino e ela a primeira menina - ou ainda pensando alto - o primeiro casal-bebê a nascer pelo método inteligente do "parto na água".
* Ambulação: andar à volta, deambular, passear (Houaiss)
Para saber mais:
Amigas do Parto
Hospital Sofia Feldman
En la Argentina
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5 comentários:
Bom Dia queridos....primeiramente PARABÉNS pela iniciativa em Foz do Iguaçu, fico muito feliz em perceber os passos iniciais de transformação da obstetrícia por aí e por todo nosso Brasil, sou otimista e acredito que profissionais e instituições em nosso país um dia passarão a respeitar o fisiológico, compreendendo o parto como realmente natural e humano. Aqui em Cascavel também já realizamos parto na água, o registrado pela equipe MATERNAR foi em 15 de novembro deste ano, foi o nascimento de Alice e o parto da Eduarda e do Rafael. Foi programado para ser domiciliar e na banheira de sua residência...e foi LINDOOO!!, inclusive reportagem foi lançada na TV TAROBÁ em 01 de dezembro e assistam também agora em 29 de dezembro no progama da Silvana Veronese a tarde, estaremos falando do nosso serviço. Atendemos Cascavel e região e já atendemos vários partos tanto hospitalares quanto domiciliares. Temos um site www.maternar.com.br (que ainda não foram lançadas todas as fotos por um probleminha com a pessoa que atualiza o site). Sou enfermeira obstétrica, com especialização pela UFSC desde 2003 e participei da conquista do Prêmio Galba de Araújo em 2004 em Santa Catarina...inclusive penso que este é um próximo passo para vocês...Aqui em Cascavel estou dedes 2005, fui professora da Unioeste e atualmente estou na Faculdade Assis Gurgacz e em cursos de pós-graduação. Podemos trocar figurinhas, se assim desejarem...Parabéns, parabéns, parabéns...que estes sejam os primeiros partos respeitosos de muitos..afinal as MULHERES merecem e seus filhos e família também.
Que Deus os ilumine nesta caminhada.
tatiannefrank@yahoo.com.br 045 99243848
Bom Dia queridos....primeiramente PARABÉNS pela iniciativa em Foz do Iguaçu, fico muito feliz em perceber os passos iniciais de transformação da obstetrícia por aí e por todo nosso Brasil, sou otimista e acredito que profissionais e instituições em nosso país um dia passarão a respeitar o fisiológico, compreendendo o parto como realmente natural e humano. Aqui em Cascavel também já realizamos parto na água, o registrado pela equipe MATERNAR foi em 15 de novembro deste ano, foi o nascimento de Alice e o parto da Eduarda e do Rafael. Foi programado para ser domiciliar e na banheira de sua residência...e foi LINDOOO!!, inclusive reportagem foi lançada na TV TAROBÁ em 01 de dezembro e assistam também agora em 29 de dezembro no progama da Silvana Veronese a tarde, estaremos falando do nosso serviço. Atendemos Cascavel e região e já atendemos vários partos tanto hospitalares quanto domiciliares. Temos um site www.maternar.com.br (que ainda não foram lançadas todas as fotos por um probleminha com a pessoa que atualiza o site). Sou enfermeira obstétrica, com especialização pela UFSC desde 2003 e participei da conquista do Prêmio Galba de Araújo em 2004 em Santa Catarina...inclusive penso que este é um próximo passo para vocês...Aqui em Cascavel estou dedes 2005, fui professora da Unioeste e atualmente estou na Faculdade Assis Gurgacz e em cursos de pós-graduação. Podemos trocar figurinhas, se assim desejarem...Parabéns, parabéns, parabéns...que estes sejam os primeiros partos respeitosos de muitos..afinal as MULHERES merecem e seus filhos e família também.
Que Deus os ilumine nesta caminhada.
tatiannefrank@yahoo.com.br 045 99243848
Oi Tati, publiquei o seu comentário e vou colocar sua clínica na minha divulgação. Realmente gosto de ver o que está acontecendo partindo do conceito de que Parto não é Doença. Obrigado!
Muito legal! Precisamos mesmo unir forças pra acabar com os mitos sobre o parto.
Eu sou doula em Maringá e tive minha filha em casa em 2008. Em Curitiba parto em casa e na água também acontecem desde 2008. Em Londrina tb já tivemos parto na água, em 2008 tb.
bjs!
Oi, muito legal o post! Precisamos unir forças pra acabar com os mitos sobre o parto.
Eu sou doula em maringá e tive minha filha em casa, em 2008. Desde 2008 Curitiba conta com assistência ao PD e ao parto na água e Londrina já teve parto na água também (2008).
bjs!
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