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sábado, 1 de março de 2014

Não esqueçamos o Largo Raul Quadros


A Palmeira do Tri na Praça da Marinha
 Foto do blog Terrinha das Águas de Rita Araújo 
Raúl Quadros - o nome por trás do Largo. A história não é somente feita por autoridades

Para o Blog de Foz, a memória é uma coisa muito importante. E aproveitando que a cidade de Foz do Iguaçu está vivendo seu 100º aniversário de autonomia política, o Blog de Foz fica mais agitado ainda. Por isso, dedicarmos espaços para lembrar iguaçuenses que deram sua contribuição à cidade. Uma cidade é construída por todos e não somente por prefeitos, vereadores, autoridades e outros investidos de poder. 

Hoje me lembrei de Raul Quadros - artista, cantor, boêmio, sonhador e que embora não tenha sido de minha convivência, aprendi a respeitar seu talento. O filho dele, o multifacêtico Luizinho Quadros, está entre nós, trabalhando, vivendo e ajudando a construir a cidade segundo suas habilidades. Foi ele quem me deu o CD cuja imagem aparece acima e esclareceu alguns fatos. 

Agito de um Congresso de Educação Física
no Largo Raul Quadros / Bar do Papi - Nei de Souza
Fato número um: Você provavelmente sabe que no Rio de Janeiro há um lugar chamado Largo do Machado, Curitiba tem o Largo da Ordem. São Paulo tem um Lugar chamado Largo do Arouche. Você sabia que Foz do Iguaçu também tem um Largo? É o Largo Raúl Quadros. Onde fica?  O Largo Raúl Quadros vai da esquina da rua Marechal Deodoro e Quintino Bocaiúva até a esquina da Marechal Deodoro com Edmundo de Barros. É oficial. O trecho da Marechal entre as duas ruas, durante o Carnaval se chama Largo Raúl Quadros. Para refrescar a cabeça, as festas de congraçamento e lazer de muitos congressos da Educação Física têm acontecido ali. Na esquina estão o Hotel Rafain Centro, o Restaurante Tirol e o City Beer, onde até recentemente funcionou a primeira sede da escola de Francês que logo se transformou em Aliança Francesa. No local onde funciona o Tirol, funcionou o Bar do Papi - onde durante anos aconteceu a "lavagem do bar", pelos participantes do congresso com a participação de muita gente na cidade. 

Banho dos congressistas na lavagem do Bar do Papi, 1996
Foto Nei de Souza
Vi na programação oficial do Carnaval 2014, que a esquina onde começa o Largo Raúl Quadros está sendo chamada de "a Esquina do Samba". Pode ser esquina do samba, mas não esqueçamos o Largo Raúl Quadros. Inclusive defendo a colocação de uma placa em homenagem a Raúl Quadros, identificando o local. Toda cidade que se preza tem placas identificando lugares, fatos históricos ou simplesmente prestando homenagens e costurando redes de identidade locais. 

E para acrescentar um pouco mais de informação sobre o nosso Raúl Quadros, lembro-lhes da existência da hoje falecida Palmeira do Tri - uma palmeira que marcou história em Foz do Iguaçu e foi atrativo turístico da cidade  durante muitos anos até sua morte. A Palmeira do Tri tinha o direito a constar nos panfletos de turismo de divulgação da cidade. 

Dizem que a causa mortis da palmeira foi a infeliz decisão da equipe de paisagismo da Prefeitura de Foz do Iguaçu, da época, que decidiu "pavimentar" a terra onde a palmeira estava. Você pode ver isso em toda a cidade onde plantas são forçadas a crescer em camisa de força de cimento. A palmeira do Tri, foi encontrada por moradores dos tempos mais antigos no barranco do rio Paraná nas imediações do Marco das Três Fronteiras. Esses iguaçuenses se organizaram e conseguiram autorização para trazer a palmeira para a Praça Almirante Tamandaré, popularmente conhecida como Praça da Marinha. Raúl Quadros foi apontado como sendo o cérebro agitador do traslado, transferência e transplante da Palmeira do Tri lá do barranco do rio para a Praça. Trazer a palmeira do Porto Meira para o centro foi uma operação realizada a muitas mãos mas o capitão foi Raúl Quadros. 

Consegui informações dispersas sobre a participação de soldados da Capitania dos Portos do Rio Paraná em Foz, a Marinha, na adequação da terra e plantio da árvore. Este é o Raúl Quadros que dá nome ao "único largo de Foz", como destaca Luizinho Quadros. Quando descobri - graças a uma matéria publicada pelo jornalista Adelmo Muller sobre o envolvimento de um Quadros no transplante da Palmeira, procurei todos os Quadros de Foz e fui recebido por todos. Agradeço às diferentes famílias Quadros de Foz pela recepção. E aproveito e mando um abraço para o Euclides Quadros, de outra família Quadros, da região de influência também da Marinha de Foz. Neste carnaval de 2014, o Largo Raúl Quadros, a Esquina do Samba ou o Bar do Papi vai ter a sessão matiné Carnaval da Saudade.  

Outras postagens sobre a Palmeira do Tri no Blog de Foz:
Houve uma vez uma palmeira do Tri
A agonia, polêmicas e morte da Palmeira do Tri

terça-feira, 2 de julho de 2013

Hospital Municipal e a Síndrome da Santa Casa



Editorial 


O Conselho Regional de Medicina (CRM) do Paraná terá eleições entre os dias 5 e 7 de agosto. Os médicos do Paraná vão eleger parte do Conselho Regional de Medicina (CRM). Eu conversei com o médico oftalmologista Fernando Abib que é um dos candidatos. Foi na semana passada já durante a crise do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu. 

Falando sobre aquela proposta da presidente Dilma Rousseff de trazer três mil médicos estrangeiros ele disse: “Trazer 3 mil médicos não resolve o problema, porque médico não trabalha sozinho”, disse. Afirmando que o médico é o ápice de uma pirâmide que para funcionar necessita de um sistema, toda uma equipe. Contratar um médico e levá-lo para um lugar distante não vai adiantar nada. “O que a gente precisa é criar três mil desses sistemas. Porque o médico atende, mas não tira sangue, administra remédios” entre outras coisas. 

Ontem vi na imprensa local pessoas postando no Facebook a grande notícia de que “os médicos vão trabalhar com carteira profissional assinada como todo mundo”. O que me preocupa é que o que está acontecendo com o Hospital Municipal hoje já aconteceu com a Santa Casa Monsenhor Guilherme que fechou as portas, foi vendida como sucata, deu calote nos trabalhadores e hoje é um monumento à falta de transparência.
   
Não faltam médicos em Foz do Iguaçu – há 130 deles com salários atrasados no Hospital Municipal. Como disse o médico Fernando Adib, a saúde é sistêmica. O Hospital Municipal foi apresentado à sociedade como um belo modelo e vê-lo ameaçado pelo síndrome da Santa Casa é triste.      

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Avenida General Meira,Porto Meira,Foz do Iguaçu: Mas quem foi o General Meira? Parte II

Para ir direto ao assunto: aí está, em primeira mão, a foto do General José Meira de Vasconcellos que deu o nome à nossa avenida, ao bairro, à região e ao porto de Foz do Iguaçu que tem o mesmo nome. Para que esta foto esteja aqui, existe uma história interessante. Adianto que esta foto é parte da Galeria de Comandantes da 5ª Região Militar. Como ela chegou aqui já é algo que merece ser contado.

O comandante do 34º Batalhão de Infantaria Motorizado de Foz do Iguaçu, Tenente-coronel Antonio Cezar de Oliveira Mendes ofereceu um jantar de recepção ao General-de-Exército Túlio Cherem, que assumira o Comando Militar do Sul no final de abril de 2010. A visita foi no dia 14 de agosto de 2010 – há um ano e um dia. O General Cherem como comandante de todas as Organizações Militares do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná estava em viagem de reconhecimento e vistoria na região comandada. Para a confraternização foram convidados autoridades da área de segurança e empresários iguaçuenses agraciados com o título de colaboradores eméritos do Exército Brasileiro como Erminio Gatti, hoteleiro, empresário e diretor-presidente do jornal A Gazeta do Iguaçu e Xenofontes Villanova, médico e hoteleiro. O jornal me pediu que cobrisse o evento – na época um frila. O general Cherem comanda a 3ª Região Militar com sede em Porto Alegre que inclui todo o Rio Grande do Sul.

De Curitiba veio o general-de-divisão Adhemar da Costa, comandante da 5ª Região Militar que inclui a 5ª Divisão de Exército com sede em Curitiba ( e controla o Paraná e Santa Catarina). Para ajudar a entender, a 5ª Região Militar está dividida em três brigadas. A 14ª Brigada de Infantaria Motorizada com sede em Florianópolis, a 15ª Brigada de Infantaria Motorizada com sede em Cascavel e a 5ª Brigada de Cavalaria Blindada com sede em Ponta Grossa. O 34º Batalhão de Infantaria Motorizado de Foz do Iguaçu é parte da 5ª Brigada de Cascavel. O general-de-brigada Ajax Porto Pinheiro, comandante da 5ª Brigada de Cascavel veio recepcionar o general de Exército Túlio Cherem e seu superior imediato, em Foz do Iguaçu. Fiz o trabalho a mim encomendado e junto com o fotógrafo Kiko Sierich, ficamos um tempo no evento. Conversei com o assessor de imprensa do general Adhemar, tenente Avancini e lhe expliquei que eu buscava há anos uma foto de um ex-general que havia comandado a 5ª Região Militar e a 5ª Divisão no anos 30. O tenente me disse que existia a foto sim e que ela estava exposta na galeria de comandantes. Ele me pediu que enviasse um e-mail solicitando oficialmente a foto para que ele o encaminhasse ao general. Enviei o e-mail no dia seguinte. Dias mais tarde fui avisado que as informações que eu necessitava me seria entregue em mãos pelo comandante do 34º BIMTz em Foz do Iguaçu. Finalmente, um dia fui avisado de que a encomenda tinha chegado. Era um envelope recheado com informações. Agradeço ao general Adhemar e sua equipe até porque sei que ele colocou gente para ajudar na pesquisa. Um jornalista não iria pedir material de graça. Alguma coisa ele tinha em mente. E o general Meira viveu em época tumultuada da história do Brasil. Parte do cuidado de quem pesquisou o material para mim, obrigado de novo, foi dar o contexto, dar uma visão do ambiente, do meio social do Brasil na época em que o general Meira, chegou a capital do Paraná para comandar a 5ª Região Militar e a 5ª Divisão que incluía e inclui o Paraná e Santa Catarina. É uma maneira de evitar julgar uma época segundo as regras de outra época que - no futuro provará ter sido rica em barbaridades. O general Meira é estudado hoje como sendo o general que mandou fechar todas as escolas, clubes e igrejas de imigrantes que funcionassem em língua estrangeira. No ambiente de hoje, a atitude seria considerada impensável, injusta e intolerável. Seria mesmo? Farei várias postagens sobre o assunto. A próxima é sobre o contexto daquele Brasil onde todo mundo era integralista, nazista, anarquista, comunista machista, nacionalista menos ... (preencha o espaço).

Observação:
A segunda foto também é do General Meira. É parte da galeria de comandantes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). O site novo é parte das comemoração dos 200 anos da Academia.

sábado, 15 de maio de 2010

Memória de Foz do Iguaçu: Porta Prinicipal da Prefeitura Municipal de Foz.: Que luxo!


Foz está a caminho de seus primeiros 100 anos. Por isso já é hora de começarmos a pensar em trabalhar a identificação e preservação do Patrimônio da Cidade. Veja a riqueza de detalhes deste portão. Imagine quanto material foi gasto para fazê-lo. Quanto custaria reproduzi-lo hoje? Este é o portão principal ou o portão de entrada da sede da Prefeitura de Foz do Iguaçu na Praça Getulio Vargas. Aqui (esquerda) a foto de um detalhe da porta. Só hoje notei e aproveitei para fotografar as iniciais P.M. (Prefeitura Municipal) no portão. Não consegui identificar a "fonte" dessa letra.  Me parece medieval. Muito bonito. Já dá para se ter uma idéia da importância da construção desse prédio histórico. Isso me leva a pensar, mais uma vez, na urgência de se regulamentar e fazer valer a Lei do Tombamento com seu "Livro de Tombo" e tudo! Interessante enquanto eu estava fazendo esta postagem, apareceu um anúncio patrocinado do Google com o tema Direito Urbanístico. O link me levou a um blog sobre um livro. Confira!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Gente Trabalhando: Eventos em Foz do Iguaçu

Eventos geram muitos empregos, todo mundo sabe. Na foto, a mesa oficial de um evento. Flores, toalhas, mesa, tudo alugado. Em Foz há gente que aluga mesas e cadeiras, computadores, microfone, plantas, flores e até palmeiras adultas. Vindo de Curitiba, à serviço da Multimídia Audiovisuais, a tradutora Anita Legname se prepara para fazer uma tradução simultânea (Português-espanhol) na Conferência Latinoamericana de Saneamento que aconteceu no Hotel Rafain Palace. Anita escuta pelo sistema de som da cabine e repete em espanhol. Os participantes, todos equipados com fones de ouvido, escutam a mensagem. Para isso há que haver fones (auriculares, headphones) disponíveis. Nesta última foto, uma atendente de eventos de Foz do Iguaçu, distribui os fones de ouvido com transmisores via rádio para quem necessita. Para isso, todos deixam um documento como garantia de não sumirem com o equipamento que custa um fortuna. Depois abordaremos outras áres dos eventos.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Avenida Mário Filho no Morumbi (Foz do Iguaçu): a quem homenageia?


Uma das principais avenidas de Foz do Iguaçu se chama Mário Filho. Fica na região do São Francisco. A maioria das ruas nesse bairro homenageia o futebol. Pode ser jogador ou estádio. Esta Avenida homeageia ao jornalista Mário Filho ou Mário Rodrigues Filho. Como Mário Filho foi o percursor do jornalismo esportivo, chamado pelo irmão, Nelson Rodrigues, de "o criador de multidões", após sua morte ele foi homenageado no Rio. O novo Estádio do Maracanã, construído onde está hoje  graças a ele para a Copa de 50, foi batizado como "Estádio Jornalista Mário Filho". (Leia mais) A Avenida de Foz do Iguaçu homenageia os dois!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Cohiguaçu (R03) Bairro da região Três de Foz do Iguaçu

Foto 'bairronauta'

O nome da rua é Alice Bordinhon e fica no Cohiguaçu. O nome oficial do bairro é Loteamento residencial Cohiguaçu - abreviação para Cooperativa Habtacional Iguaçu - uma grande idéia que deu errado ou conseguiu se desviar e se enrolar ao máximo. O Cohiguaçu é um bairro de fronteira. Pertence à região 05 (R05) de Foz do Iguaçu ou região do Jardim São Paulo. O acesso é pela Avenida República Argentina após ter pasado a entrada para a Avenida Mário Filho na direção do Lote Grande. No lado esquerdo da Avenida é a R3 ou Região do São Francisco. Neste blog adotei há tempo falar sobre Foz do Iguaçu por região. São 12 regiões.

Uma das característcas marcantes do Cohiguaçu é a falta de asfalto, pavimentação ou calçamento. As ruas do Cohigauaçu são de barro como nos velhos tempos. Recentemente publiquei aqui uma nota sobre os ônibus de Foz que ainda necessitam colocar pó de serra (madeira) para absorver o barro dos pés dos passageiros. O Cohiguaçu, em dia de chuva, é uma fonte de barro. Basta o morador sair do Cohiaguaçu, a pé, e dirigir-se ao ponto de ônibus na Avenida República Argentina ou Mário Filho. E por que o Cohiguaçu não tem calçamento? A reposta é simples, grossa, direta e folclórica: roubaram a cooperativa. Quem roubou? Os dirigentes. O bairro nasceu de uma cooperativa que vendeu os lotes aos cooperados que pagaram. Os dirigentes recebiam o dinheiro e não quitavam as obrigações tributárias como INSS, Impostos municipais, estaduais, federais. Assim, há uma dívida e o calçamento não é liberado enquanto a dívida não for paga.
Na rua Alice Bordinhon que tem calçamento zero, segundo o morador Claiton de Jesus Coelho, a situação pode estar próxima à solução. "Temos promessas de que este ano o calçamento será feito", explicou. Só dependeria, segudo ele, de uma verba que será liberada pelo Estado.
Já na rua Ernesto Tries há calçamento até certo ponto. A dona Salete de Godoy Pereira, me disse que o problema é a dívida. Ela que mora na parte sem calçamento diz que ela e os vizinhos querem pagar pelo calçamento se necessário mas não têm acesso à dívida. "Dizem que essa informação só é dada aos representantes legais", contou.
E os representantes legais estão sumidos. Os moradores pagam IPTU e este ano receberam o carnê em casa. No ano passado foi diferente. "Jogaram alí na Avenida Mário Filho ai eu fui catar", contou mostrando uma caixa de sapato cheia de carnês de IPTU do ano passado. Seja lá como for, a navegação do 'bairronauta' pelo Cohiguaçu foi positiva. Encontrei gente muito boa e muito hospitaleira. Só não almocei, tomei refrigerante e suco porque não quis. O sol estava quente e a navegação ainda tinha chão. Até conheci uma futura jornalista. Não tão futura. È a Mariana que já está no último período do curso de sofrimento quer dizer jornalismo. Foi a dona Salete quem disse: a nossa rua tem uma jornalista! Daí fui lá conhecê-la. Quanto ao bairro merece uma ajuda.

Socó pensa que está no Pantanal: É na Avenida República Argentina

Foto 'bairronauta'

Entre o Hipermercado Muffato da Avenida República Argentina e a distribuidora Ultragas ambas na mesma avenida resta um terreno grande que por agora é utilizado por pássaros, rãs, pererecas e pelo menos dois cachorros. O terreno é utlilzado também pela natureza. Quando chove muito, a água desce como uma verdadeira enxurrada avenida abaixo. As bocas de lobo são insuficientes para segurar toda a água que desce. Então, aí entra o terreno. Toda a água que as bocas de lobo não assimilam escorre para esse terreno que passa a parecer com um pantanal. Mas tenho duas más notícias. A primeira para os pássaros, rãs e pererecas: esse pantanal vai acabar. A segunda é para os residentes: quando o terreno for aterrado, toda essa água vai escoar na direção da Vila Borges. Logo vai começar os alagamentos nessa área de Foz do Iguaçu. A má notícia para pássaros e residentes é que o terreno já começou a ser aterrado e já está à venda. É aqui que entra a foto desta postagem. Vemos um socó que segundo dados do professor Frigoletto é uma (Butorides striatus), "ave de 36 centímetros que vive em manguezais, lagoas, brejos e outras áreas alagadas. Alimenta-se de peixes, insetos, crustáceos, moluscos e pequenos sapos. Para tanto, fica imóvel bem perto da água e, ao avistar a presa, estica o pescoço e a captura. Constrói o ninho solitário ou em pequenas colônias".
Uma pergunta interssante aqui seria: de onde veio este socó? Qual é a biografia dele? Fiz a foto logo após o trator ter passado para nivelar a terra. O socó estava aí caçando possivelmente pererecas filhotes. Não sei o que pode ser feito para salvar o terreno. Talvez comprá-lo e fazer um parque. Porém para evitar as alagações, é preciso que o pessoal do saneamento faça uma visita preventiva e proativa à região. Esta é a mensagem do socó! Na foto, no cantinho à esquerda, aparece um bem-te-vi.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Guaritas de Migração em Foz: Por que essas cabines não podem continuar fechadas?

Foto 'bairronauta'
Resposta: porque essas cabines são nossas. Essas cabines não foram construidas para controle migratório internacional de longa distância. Como a placa azul (foto) mostra, elas foram construídas para o controle do trânsito fronteiriço. Tem gente que diz, em seu direito à revolta, que o Mercosul não existe. Estão errados. As cabines estão cumprindo regras do Mercosul. O "Trânsito de Vizinhança" ou "Transito Vecinal Froterizo" (TVF) é específico para os moradores da fronteira. O Mercosul reconhece o direito dos moradores fronteiriços atravessarem a fronteira a qualquer hora e com o mínimo de incômodo. Isso não quer dizer que seja porteira aberta. Para isso, as cabines serão equipadas com computadores, leitores de cartão que possibilitarão que o fronteiriço passe pela cabine, diminua a velocidade do carro, passe o cartão no leitor ótico e prossiga.

É muito parecido com o cartão que a gente usa hoje em Foz, e por aí afora, para passar nas catracas de ônibus. Se o cartão travar é porque seu crédito acabou ou você sentou em cima dele. Se o seu cartão de identidade especial (credencial fronteiriça)- que já foi testado na fronteira - travar ou se o policial lhe der voz de prisão aí você está frito porque, no mínimo há um problema, pelo menos um equívoco. Temos que cobrar e ajudar a que os cartões ou carteiras de identidade fronteiriças com código de barra estejam disponíveis e que as máquinas leitoras estejam disponíveis para entrarem em ação. (O lado argentino andou fazendo fotocópias da carteira e dando a muita gente que está usando. Mas isso é gambiarra). Exijamos a carteiras de verdade!

O problema é que tem muita coisa sendo travada e cada coisa travada trava outra. Temos que descobrir quem é o homem ou mulher com o poder de resolver isso. O delegado em Foz não pode pagar o pato sozinho. É coisa de política grande. O assunto não é prioridade hoje. É como dizem na política comum , digo partidária, falta vontade política. Se não tem as carteiras para que as máquinas leitoras óticas? Se não mesas onde colocar as máquinas e cadeiras como vamos abrir as cabines? Se não destravamos a livre movimentação como podemos esperar progredir para um Mercosul Sem Fronteiras? Para haver um Mercosul Sem Fronteiras vamos ter que apressar a celebração de um Acordo no estilo do "que criou a Europa sem Fronteiras, que criou a "Área Schengen" Acordo de Schengenque permite que você, brasileiro, argentino ou paraguaio, ou árabe entre na Europa e só faça migração no Aeroporto de chegada. Depois daí você pode percorrer tranquilamente toda a "Área ou Espaço Schengen" que é formado por 25 países (Mapa - clique para aumentar). Essa nossa hora de celebrar um Tratado ou Acordo de Schengen do Mercosul vai chegar. E porque não chegou? Porque antes de falar na criação de um "Mercosul sem Fronteiras", vamos ter que acabar com o que os especialista em segurança chamam de "Fronteiras Porosas" - onde há um vazamento do controle exatamente como a nossa. Deus, o Superman ou qualquer outro ser que nos olhe da altura, verá traqnquilamente que estamos caminhando. O aperto da Receita Federal para acabar com a "porosidade" da fronteira; a concentração de forças na região, o esforço da Polícia Federal, as novas leis que oferecem poder de polícia às forças armadas, o VANT são ferramentas que permitem estancar a porosidade. O problema é que o delegado responsável pela aplicação não tem o mapa do caminho. Não tem a visão de todo o processo. Ele cumpre ordem e especificações. De quem? Falta a todos, com exeção dos negociadores do Mercosul, a visão panorâmica e holística que permita, do começo, ver o fim. Então para onde estamos indo? É aí onde se necessita dos ideólogos, pensadores e planejadores. E o conselho é cobrar!

Eu cobro que abramos a guaritas; cobro de você que você exija o seus direitos ao TVF; que trabalhemos para a eliminação das fronteiras mas sem bandidagem. E como acabamos com a bandidagem? Ora pergunte a Paulo Freire! Ora peça números e lição de moral ao presidente do IPEA, Marcio Pochmann. E como vamos chegar ao nosso Tratado de Schengen se a gente não se move?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Ajude os policiais e bombeiros na batalha da PEC300

Policiais militares (PMs) e Bombeiros de todo o Brasil estão lutando pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição de número 300 ou PEC300 de autoria do deputado federal Arnaldo Faria de Sá do PTB de São Paulo. A PEC quer alterar o parágrafo 9 do Artigo 144 da Constituição do Brasil.

A nova redação diria que os PMs e Bombeiros de todo o Brasil ganhariam o mesmo que ganha um PM e um bombeiro do Distrito Federal que é o que melhor paga no País. Segundo material que acessei o Rio de Janeiro tem o segundo pior salário de PM no Brasil. Só perde para Alagoas, o estado onde nasci. Um soldado de segunda classe no DF ganha 3.031,38. No Paraná ganha 949,87. No Rio de Janeiro ele ganha R$ 874,00 e na minha Alagoas nativa, R$ 850,00 por isso tem tanto policial que faz um frila "pistoleando". São Paulo que tem a maior arrecadação do País paga R$ 1.240. Então, a situação é realmente caótica. Por que tanta desigualdade?

A PEC quer igualar os salários, por cima, até porque estados pequenos (leia-se mais pobres) como Sergipe e Amapá têm salários melhores que São Paulo e Rio de Janeiro. Um soldado ganhando R$ 3.031,38 vai ter dinheiro para pagar a prestação da casa própria, vai poder pagar um aluguel decente e não vai precisar fazer besteiras. O problema é que está sendo difícil fazer passar a Proposta. Os PMs e Bombeiros foram a Brasília no mês passado e nem a imprensa deu espaço.

No mês que vem, PMs e Bombeiros do Brasil vão fazer uma demonstração em Brasília. Policiais e bombeiros divulgaram uma nota reclamando que a imprensa os ignorou e sugerem um boicote à imprensa. A imrensa será ignorada. Eu acho é pouco! Quer dizer nada de B.Os, informações, pautas etc. É claro que a imprensa deve andar com o mesmo problema (talvez pior com piso que mal chega ao R$ 2,000 e isso para os felizes da vida, os sortudos).

Faça uma visita ao site dos PMs e Bombeiros sobre a PEC e ajude a que esses servidores tenham uma vida digna. Claro que no país os professores, outra galera sofrida, estão ganhando na mesma faixa salarial do policial do Rio de Janeiro.

Confira os salários de PMs e Bombeiros pagos pelo GDF (Governo do Distrito Federal): Coronel (15.355,85),tenente coronel (14.638,73), major (12.798,35), capitão (10.679,82), 1º Tenente (9.283,56),2° Tenente (8.714,97),aspirante ( 7.499,80),sub tenente (7.608,33), 1° sargento (5.784,23), 2º sargento (5.776,36), 3° sargento (5.257,85), cabo (4.402,17), soldado de 1ª classe (4.129,73), soldado 2ª classe (3.031,38). Bem acabei de dar a lista dos desejos, a lista dos sonhos de policiais de todo o Brasil. Como ajudar? Entre outras coisas, assine esse abaixo assinado.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Distrito Industrial de Foz do Iguaçu: o Morumbi já esqueceu


Fotos by 'bairronauta' - Clique para ver detalhes da área industrial de Foz do Iguaçu

Quando a Prefeitura de Foz do Iguaçu anunciou a compra de uma extensa área para a materialização de um "Distrito Industrial" no bairro do Morumbi, as esperanças do povo da região foi lá em cima. Na sede da Associação dos Moradores do Morumbi III, em lojas e escolas do Morumbi II e até no Portal da Foz vi flhas de papel impressas e fotocopiadas exortando as pessoas que comparecessem para fazer este ou aquele curso no Senai,no Senac e em outros lugares particulares como o Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac) e Technos para que se preparassem para as oportunidades de emprego do Distrito Industrial de Foz do Iguaçu. Hoje vejo que o ânimo do povo minguou. Hoje, não se escuta falar mais de esperanças de morumbienses em qualquer emprego que possa sair do Distrito Industrial. O emprego é essencial para viabilidade da vida em sociedade. Sem emprego, vidas se inviabilizam. Quando vejo, a população usando os microfones de TVs e rádios para cobrar asfalto, reclamar de mato alto e de buraco, eu penso: como é possível que ninguém cobre empregos. É isso que Foz do Iguaçu deve a seu povo. Na inauguração do Maxxi Atacado, o prefeito Paulo Mac Donald anunciou que duas industrias se estabeleceriam no Distrito Industrial em 2010. Uma delas geraria 3.000 empregos! Se for verdade, é uma boa noticia. Porém, e se não for?

A foto mostra uma importante esquina do Distrito Industrial. Não quero dizer com ela, que toda a área esteja assim. Digo, e isso sim, que nesta esquina de quatro cantos, nos quatro cantos há lixo depositado e isso é triste. Pelo menos para mim é muito triste. Na hora de aprender a trazer empresas e fábricas para Foz do Iguaçu, a cidade deve esquecer Nova York, Munique e Salzburgo. Deve aprender de Ampere, Santa Tereza do Oeste, Medianeira, São Miguel do Iguaçu, Santa terezinha de Itaipu, Capitâo Leônidas Marques e outras cidades do oeste e Sudoeste de nosso Paraná. (Esse comentário não é orignal)

Restaurante Tirol: comida européia e brasileira e além disso uma boa história


Fotos by 'bairronauta' - clique nas fotos para ver detalhes!

Há uns 30 anos, o austríaco Kurt Perner, abriu um restaurante em Foz do Iguaçu. O nome: Tirol. Uma viagem gastronômica pela Alemanha, Áustria, Hungria, Espanha, Suíça e Itália com coisas brasileiras do tipo picanha, fulés, frutos do mar, ostra, muquecas de peixe e camarões como mostra o "pasaporte" de divulgação acima.Durante todo esse tempo, seguidores fiéis experimentaram Eisbein (joelho de porco) e kassler rippenspeer, Marreco recheado e outros pratos.
Conheço o Tirol desde os anos 90. E me acostumei em ver lá a Maria Aperecida "Cida" Libório, chef e cozinheira de mão cheia (foto ao lado) e o José "Zeca" Moreira Costa, como garçom e atendente. Os dois trabalharam no Tirol sob a direção do Kurt por 16 e 18 anos respectivamente - ou seja trabalharam lá até o Kurt se aposentar. Ao se aposentar, Kurt propôs aos funcinários que continuassem com o restaurante. Assim foi feito. O novo Tirol sob a administração do Zeca e da Cida se encontra hoje na esquina da Marechal Deodoro com Quintino Bocaiúva, próximo ao Hotel Rafain Centro. Na foto à direita aparece o casal Zeca e Mari Carminatti - e assim você já tem a metade da equipe do Novo Tirol.


Finalmente, apresento a equipe completa do Tirol do centro de Foz do Iguaçu: Zeca, Mari, Everton,Cida e Lindolfo Eidt. No salão do restaurante, há uma placa que presta uma homenagem ao Kurt - a pessoa que deu início a tudo. Agora, tudo só depende do trabalho, da dedicação e do carinho que a equipe possa dar aos clientes que são muitos. Parabéns e aceitem os votos de felicidade do Blog de Foz.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Turismo de Foz: não piorou mas também não melhorou: números 2008_2009

O Brasil vive um oba-oba celebratório sobre o turismo. Trago aqui os números de 2009 - ano que terminou com um déficit muito grande na conta das viagens internacionais e considerado o pior desde 1947. Os brasileiros gastaram US$ 10,89 bilhões no exterior ao passo que os estrangeiros gastaram no Brasil US$ 5,3 bilhões. A diferença é de US$ 5,59 bilhões. Os números são do Banco Central que prediz que o déficit vai piorar em 2010.
E em Foz do Iguaçu foi só crescimento como nos faz ver o oba-oba celebratório local?

Não. O Parque Nacional do Iguaçu, principal indicador do número de visitantes, passou o milhão de visitantes em 2009. Mas o número foi menor que em 2008. Os números mostram que o ranking dos países que visitaram o Parque Nacional do Iguaçu mudou. O Paraguai passou a ser o terceiro maior emissor de turistas para o Parque Nacional do Iguaçu com 38.304 entradas no PNI. Para mim, 38.304 paraguaios considerando que o Paraguai tem 5 milhões de visitantes e que só a área metropolitana de CDE tem mais de 600 mil é pouco. Isso me faz pensar que já está na hora de dividir os turistas e diferenciar os que entraram no PNI e os que vieram a Foz. A gente recebe muito mais paraguios do que isso. É necessário trabalho para mudar isso.


A Espanha que era o terceiro maior "fornecedor" de gente para o PNI passou para o quarto lugar. Isso é bom ou ruim? Para mim é complicado e até ridículo celebrar essa mudança. Há diferença entre o gasto diário do turista paraguaio e o do turista espanhol? Há estudos sobre isso? Por fim, destaco que o Parque Nacional do Iguaçu recebeu menos visitantes de todas as nacionalidades. Como mostram os números abaixo.

Turistas que entraram no PNI em 2009.
Principais países emissores:


1º - Brasil (523.025) 2º - Argentina (197.641) 3º - Paraguai (38.304) 4º - Espanha (37.609) 5º - Estados Unidos (26.021) 6º - França (25.999) 7º - Alemanha (25.269) 8º - Inglaterra (21.124) 9º - Itália (15.703) 10º - Chile (13.079)

Turistas que entraram no PNI em 2008. Principais países emissores:

1° - Brasil (537.056) 2º - Argentina (204.626) 3º - Espanha (51.835) 4º - Estados Unidos (35.230) 5º - Paraguai (34.981) 6º - França (29.100) 7º - Alemanha (28.455) 8º - Inglaterra (26.213) 9º - Chile (20.586) 10º - Itália (17.260)

Número de Turistas que perdemos por país entre 2008 e 2009 Número de turistas por nacionalidade que deixaram de vir ao PNI em 2009

A lista baseada nos números do PNI mostram a queda de visitantes dos 10 principais emissores. A perda de espanhóis foi maior que a de brasileiros. A lista deve ser entendida como "o número de visitantes a menos" de cada país.

A lista

1º - Brasileiros (14,031), 2º - Argentinos (6,985) 3º - Paraguaios (3.323) 4º - Espanhóis (14,226) 5º - Americanos ( 9,209) 6º - Franceses (3.101) 7º - Alemães (3.156) 8º - Ingleses ( 5,089) 9º - Italianos (1,557) 10º - Chilenos (7,507).

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Uma visita ao Polo Astronômico Casimiro Montenegro Filho: Itaipu/Foz do Iguaçu




Fiz uma visita relâmpago ao Polo Astronômico Casimiro Montenegro Filho localizado dentro da área da Itaipu Binacional e parte do que se chama de Complexo Turístico da Itaipu Binacional. O Pólo Astronômico é formado pelo Observatório Astronômico onde há um telescópio de 16 polegadas onde se pode agendar para fazer conservação noturna do céu desde que haja céu. Lá encontrei o professor Janer Vilaça, geógrafo especializado em astronomia. Ele é o coordenador do projeto do Pólo Astronômico
de Foz do Iguaçu e conhecido por centenas talvez um milhar de crianças e adultos de Foz do Iguaçu que participaram de palestras e cursos dele junto com o professor Palhares. "É possivel agendar para fazer observação aqui à noite. Pode ser um grupo de pessoas afins, que queiram aprender ou saber de alguma coisa", avisou. O observatório está na cúpula menor construída com material metálico.

A cúpula maior construida em cncreto abriga o "Planetário" onde duas vezes por dia há projeção para alunos de escolas públicas e privadas, municipais e estaduais, turistas e residentes de Foz do Iguaçu. O lado interno ou o teto da cúpula serve como tela onde se projeta o "filme". Tudo feito no Brasil. A capacidade é de 70 pessoas por exibição que acontece pela manhã e à tarde. Todas as cadeiras do planetario reclinam. As que estão nas primeiras fileiras, não só reclinam como se deitam com você. A estrutura tem ainda um auditório para cursos e palestras dentro do edifício e uma área ao ar (ou melhor céu) livre para introdução ao assunto, sem telescópio. Eu ja participei de um desses encintros com o professor Janer no comando. Foi muito bom! Continuarei falando sobre o Pólo Astronômico...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Pedicure na calçada e outros velhos (bons) costumes (de Foz) que ainda não perdemos. Ainda bem!


Foto by 'bairronauta'

É domingo. O calor é intenso. Tudo abafado, um forno com mormaço. As pessoas que andam nas ruas tem no rosto uma tristeza cansada como se estivessem navegando contra a corrente, ou voando contra o vento. Faltam energias, os rostos vermelhos, suados, queimados de sol, catinga de sovaco de vez em quando aqui e ali. Tudo vai acabar quando chegar em casa. Jogar o sapato fora, tirar a roupa e ir direto para o banheiro tomar um banho. Apesar de tecnicamente pobre a maioria das casas e casebres de Foz do Iguaçu tem chuveiros elétricos.

Há tempo aqui não se toma mais banho de bica - pelo menos não na maioria das casas e casebres. Nesse calor não precisa ligar no "quente". A ducha tem que ser gelada. Mas há quem não aguente a ideia de água fria. Então, água morna mesmo. O espaço social é a calçada dos bairros. Nesse espaço há árvores - muitas frutíferas. Há também flores: hibiscus, azaléias e gente. cadeiras que saem às ruas, alheias à qualquer perigo de assalto, bala perdida, cavalo louco, égua louca ou qualquer outra modalidade de perigo no ar.

Na calçada, as crianças se enturmam e brincam. As turmas se dividem por idade. Adolescentes femininas em grupinhos de quatro ou cinco conversam e tramam. Idosos olham o mundo passar devagar pelas pedras irregulares ou poliédricas que aqui substituem os paralelepípedos. Mulheres casadas ou solteiras, sentadas nas calçadas, compartilham habilidades de salão de beleza. Uma dupla aqui faz uma sobrancelha, outra faz um pé, outra a mão e assim se economiza alguns reais de salão e a conversa fica em dia.

Não deixa de ser solidariedade e um ato social belo praticado ao lado de uma garrafa térmica grande com água gelada, e uma cuinha de tererê. Coisas que pode não mais estar presente em algumas áreas da Foz do Iguaçu maquiada especialmente nos modernos e horríveis condomínios, guetos privados onde crianças se criam como pintos de granja e onde se entocam e se excluem os que podem bancar a infelicidade!

A Foz velha ainda pode ir à rua, sentar-se à beira da calçada fazer um pé, uma mão, uma depilação light nas pernas e até, no caso dos homens, intercambiar uns cortes de cabelo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pó de serra para atrair barro vermelho! Saudades da Foz velha!



Fotos 'bairronauta' - Foz não morreu, ainda tem barro vermelho!

Quando cheguei em Foz do Iguaçu em 1977 uma coisa me chamou a atenção além da terra vermelha. Em dias de chuva, os ônibus urbanos enchiam o corredor de pó de serra. Você sabe o que é isso? O pó de serra era de madeira de qualidade. A região ainda tinha serrarias que serravam madeira de lei. A serragem que é outro nome para o pó de serra, ajudava a evitar que os pés pesados de barro vermelho dos iguaçuenses sujassem os ônibus. Mas agora uma pergunta importante. Por que estou usando os verbos no passado nesta narrativa? Ainda hoje os ônibus de algumas linhas de Foz do Iguaçu colocam pó de serra para que os passageiros que ainda moram em ruas sem calçamento, sem pavimentação ou calçada possam embarcar sem precisar sujar o veículo. É o que tento mostrar com a foto acima onde um ônibus da Empresa Irmãos Rafagnin tem um escudo de pó de serra. O ônibus que aparece na foto não faz a linha Lote Grande - Aparecidinha - Foz do Iguaçu centro. Ele faz a linha, sente-se e segure-se, Vila "A" Jardim Ipê II via Avenida Paraná. É a nobre linha 50.

Além de me lembrar dos velhos tempos, o pó de serra amarelinho, desta vez, possivelmente de pinho é testemuha de que a madeira de lei acabou, as serrarias fecharam e os madereiros tiveram que mudar de vida. Fiquei contente de constatar que ainda temos pó de serra de ônibus e não atingimos aquele nível de "desinfecção sanitária" e "natural" que possuem Nova York, Londres e até o metrô de São Paulo. Ainda temos barro vermelho para emporcalhar o que for necessário. Viva o Barro Vermelho!

Me lembrei da Manuela

Manuela é portuguesa. Eu devo levar uns seis meses de vantagem sobre ela. Quer dizer cheguei em Foz vindo de Alagoas uns seis meses antes dela. Manuela, eu sei por quê cargas dela ela chegou aqui mas não vou contar, chegou para ficar e ficou. Manuela era pequeninha, fraquinha mas teimosa e além de ser aparentemente de ferro. Manuela chegou de Lisboa, ou pelo menos deve ter embarcado em Lisboa, que como toda a Europa além de ter um céu triste, horizonte cinzento ainda tem um solo sem cor.

Chegando em Foz, logo Manuela teve que andar de ônibus da periferia que naquela época incluia a linha Vila Iolanda - Parque Nacional, por exemplo. E mesmo nessa linha que hoje é chique, o ônibus já vinha com o piso forrado de pó de serra. Manuela me confidenciou esses dias, na festa de despedida de uma colega de São Paulo que veio pra Foz, fez Unioeste e casou com um paulista e daí voltou pra lá. Ela me disse: "sabe qual é minha lembrança? Foi o primeiro dia que peguei o ônibus e vi aquele monte de pó de pau, quer dizer, serra. Pensei: onde eu estou meu Deus? Aquelas ruas sujas, não de lixo, mas de barro. Eu chorei muito" segredou-me. Pois bem Manuelinha, saiba e sinta-se feliz, o pó de serra ainda está aí. Mais amarelinho e reduzido a uma ou duas espécies, Mas não morreu. Clique na foto para aumentá-la e matar a saudade!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Congresso de Educação Física (FIEP): Será que Foz está ficando mais triste?



Fiquei devendo uma participação maior no Congresso de Educação de Foz do Iguaçu 2010 encerrado hoje dia, 20. Os participantes vieram e enfrentaram aquelas longas horas de treinamento e cursos. Como o tempo passa, e para quem não está envolvido diretamente, como eu, parece-me que a quantidade de gente nas ruas foi menor. Não que o congresso tenha trazido menos gente. Mas que a cidade como que expulsou as atividades culturais públicas, os agitos que fizeram história. Alguns ícones passaram. O Restaurante do Papi – um lugar que durante, pelos menos, os 12 anos em que acompanhei o congresso, não é mais o Restaurante do Papi.

O Papi alugou o imóvel para a Cida e Zeca que hoje tocam lá o Restaurante Tirol (já falarei do Tirol com a Cida e o Zeca – uma bela história). Outra baixa para o agito no centro no que se refere ao Congresso foi a “baixa” o “falecimento” da sede urbana do Oeste Paraná Clube onde durante anos foram realizados cursos do congresso. Eu mesmo fiz Biodança lá com o professor Valdemar Talema de Porto Alegre. No lugar da Sede Urbana o edifício vai abrigar um supermercado que pertence a uma cadeia da cidade. Se chama Max! Espero que Max tenha sorte lá. Com o fim do Papi, acabou a Lavagem do Boteco, o banho de mangueira com água armazenada em um carro pipa.

Foram manifestações grandiosas e que durou um bom tempo e agora morreu- como é a tendência de Foz do Iguaçu. Posso estar enganado mas creio que o 25° Congresso da Féderation Internacional d’Education Physique (FIEP), pegou uma Fz do Iguaçu mais triste. Quanto as atividades espontâneas no Papi, eu via que nos últimos anos a coisa “degringolava” seja lá o que quer que este verbo signifique. A festa ficou popular demais e já atraia iguaçuenses carentes de lazer para a esquina da Marechal Deodoro com a Quintino Bocaiúva . Muitos deles, pobres, duros e membros daquela “classe perigosa” – no termo dos sociólogos. Em fim, repito, Foz me pareceu mais triste. Ou sou eu quem está mais triste. Tenho que descobrir isso. Estou achando que Foz está ficando mais triste. Tenho que descobrir tudo isso! A foto acima é de um curso de dança ligado à educação física nas instalações da UDC.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Entrebairros -


Nasceu o jornal Entrebairros em Foz do Iguaçu. O nascimento vem da Vila "C". Confesso que gostei do nome. Criativo. Temos Entre Rios ou Entrerios, Interbairros, mas "Entrebairros", é novo para mim e além disso parece expressar uma certa missão. A missão de servir a vários bairros, ser uma espécie de vários hífens, ligando os bairros, estando "entre", eles realizando alguma coisa boa. O nome deixa transparecer uma intenção de serviço. E eu acredito que a oportunidade está aí. É como dizia Mao Tsé Tung, "... que deixem florir mil flores". Foz do Iguaçu necessita de mais "meios", pelos quais as pessoas se expressem. Comunicacionalmente falando - insisto em lembrar que comunicação é uma ciência - gostei do projeto!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ainda sobre revelações do livro KBK: Indigente do Porto Meira tinha informações que pesquisadores só descobriram agora


Polêmica
A noticia abaixo foi publicada em 2007 em jornais de todo o mundo. Trata de uma revelação de que a empresa holandesa KLM pode ter ajudado na fuga de lideranças nazistas após o fim da Segunda Guerra Mundial. Confira a noticia, coma ilustração acima. A ilustração foi feita pela senhora "indigente" que morou em Foz do Iguaçu e se dizia condessa e que o livro KBK em estágio de finalização, defende que ela era filha de Hitler com Magda Goebbels. Veja na ilustração: avião da KLM na pista; três figuras que se dirigem para o embarque ...



Companhia holandesa ajudou fuga de nazistas para Argentina
Agência ANSA - Quarta-feira, 09/05/2007 - 10:55


Bruxelas - A companhia aérea holandesa KLM provavelmente realizará uma investigação interna para apurar se, após a Segunda Guerra Mundial, altos funcionários da companhia auxiliaram a fuga de dirigentes nazistas para a América do Sul, segundo anúncio da própria empresa.

A polêmica sobre o comportamento da KLM logo após o conflito mundial voltaram à tona na Holanda depois que um programa televisivo exibiu documentos de arquivo que mostram o papel da companhia aérea holandesa na fuga de nazistas acusados de crimes de guerra.

A KLM, que hoje faz parte da Air France, divulgou que nunca encontrou nos seus arquivos provas sobre as supostas fugas para a Argentina de chefes nazistas, mas também nunca negou um possível envolvimento dos seus executivos da época.

Entre os líderes nazistas que fugiram da Alemanha para a Argentina após a II Guerra Mundial, estavam Adolf Eichmann, o idealizador do Holocausto, e Josef Mengele, o "doutor" que disseminava morte e horror no campo de concentração de Auschwitz.

Pergunta do Blog:
Como uma pessoa indigente, moradora de um bairro pobre de Foz do Iguaçu tinha esta informação? Só agora pesquisadores europeus tiveram acesso a material que associou a KLM ao transporte de fugitivos nazistas para a América do Sul!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Região 12 de Foz do Iguaçu: Vila Bananal, Foz do Iguaçu em São Miguel do Iguaçu. Hein?




Não tenho vergonha de dizer: foi a primeira vez que cheguei até aqui. Descobri a Vila Bananal pela metade. O que as fotos mostram é tudo o que vi. Gostei de ver a placa. Em uma das fotos aparece o "marco" divisório. No lado de cá, é São Miguel do Iguaçu. A Via Bananal já foi chamada de "Malvinas", por ser Foz do Iguaçu porém ser acessível somente via São Miguel do Iguaçu. É como se fosse uma colônia de Foz do Iguaçu no estrangeiro. É como se fosse Berlim Ocidental dentro da Alemanha Oriental. A região margeia o Lago de Itaipu. Aqui, fechando os olhos, eu vejo que seria uma ótima localização para que Foz tivesse uma presença no Lago. Aqui deveria haver o balneário no estilo e à altura de Itaipulândia, Missal, Porto Mendes, Pato Bragado e Santa Helena. Mas não. Seria esperar muito. O que temos é uma área que já não se chama Malvinas. Até onde cheguei não vi bananal. E não vi a Vila. O que é o Bananal?

Na foto de baixo, aparece Isla Samek, trabalhando em um pedaço de terra onde ela está fazendo um experimento para o seu TCC ou Trabalho de Conclusão de Curso. Concuo que ela está se formando - Parabéns! O lote está dividido em mais de vinte parcelas. Em cada parcela ela plantará alguma coisa (pode ser past) utilizando fertilizantes orgânicos diferentes. Daí é só vê o que cresce. Ela é dona da fazenda no lado de cá do "marco". Fico devendo ao povo do Bananal uma visita e uma nota mais extensa. Como vivem as pessoas do Bananal. São iguaçuenses? Se consideram iguaçuenses? Estão abandonados? Gostam da gente? Voltarei ao assunto!