Quero que esta nota seja curta e por isso só vou dizer três coisas.
Primeira: O parágrafo abaixo que aparece na Nota de Repúdio de Foz do Iguaçu assinada por várias lideranças é perigosa. A frase não sobrevive a uma análise sintática e muito menos a uma análise do discurso. Quem vai ler? Quem vai aprovar? Quem libera? Simples: quem é o sujeito desta oração?
"A liberação de qualquer imagem turística, bem como a permissão para filmagem de qualquer cena na cidade de Foz do Iguaçu, só será autorizada após leitura e aprovação do roteiro e o pagamento dos direitos de uso de imagem".
Segunda:
Grave erro. Nõs temos terrorismo. Essa acusação é disculpa para justificar a militarização de todas as fronteiras. Veja a última postagem sobre VANTS, por exemplo. Porém a frase acima mostra e cnfirma que temos censura! Alguem vai ler o texto e aprovar. Perigoso! Tiro no dedão do pé! Cuidado com o acusação de atentar contra a liberdade de expressão!
Terceira:
Filme é ficção. Em inglês o oficialismo chama a nossa região de "Triple Border" que significa "Triplice Fronteira" está sim uma frase iníqua que todo mundo está usando -inclusive eu. O filme vai acontecer na "Triple Frontier". Se ligue na sutileza da coisa. O autor do (roteiro) sabe disso. Quanto ao Islã ser terrorista basta lembrar que a religião islâmica tem 1.388 anos e em 99% desse tempo ninguém a associou a terrorismo.
3 comentários:
Falou e disse Jaaack!
E outra, enquanto estamos aqui tentando impedir a mídia internacional de 'mentir' sobre nossa região, permitimos que a mídia nacional mande e desmande por aqui! Como foi o caso do "A Liga", da Rede Record (é perseguição?), da Globo e também do SBT, que já mostraram inverdades absurdas e criadas sobre nossa cidade. Temos problemas sim, mas como todas as outras cidades, e ainda assim vivemos em plena paz.
Essa nota dos órgãos de turismo da região é ridícula. Só mostra o quanto o setor turístico, em Foz e na Tríplice Fronteira, é uma espécie de quarto poder - República dos Hoteleiros. Esse pessoal, essa geração, tem que pedir pra sair e dar lugar para uma nova geração de lideranças. Esse pessoal ai, assistiu inerte a violência e a pobreza.
Quanto ao filme, mil vezes uma filme retratando a região como violenta do que um tratando a região com "a mais bela e harmônica paz entre povos e culturas", a terra da "mística das águas" (olhe o filme do Barreto ai).
Jackon, discordo com você sobre o termo Tríplice Fronteira (ando pensando muito sobre isso). Vamos nos apropriar do termo. Não importa a origem geográfica e etimológica daquilo que apontou a verdade de nossa interdependência. A história tá cheio disso. Seria loucura fazer isso. Chega de termos medo de falar pelo outro, pelas cidades que compartilham uma série de hábitos, problemas etc.
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