“Nosotros, los pocos que quedamos, nosotros todos, los abandonados, queremos que se nos conozca como los que hacen florecer la tierra”.
Mensaje de la Nación Jeguakáva tenonde porãngue’i (Mbya) a la sociedad. Fonte Blog Guapoy
Foto cortesia Nicolás Pousthomis, da Cooperativa de Fotógrafos Sub
Se você é um turista brasileiro que toda vez que escuta falar de Paraguai canta a música "India teus Cabelos...", aviso o seguinte: não chame nunca uma paraguaia de india. Ela não gosta! No Brasil, às vezes gostamos de dizer que temos sangue de índio e ilustramos: "minha vó era índia, foi pega no laço". O Paraguai gosta de chamar-se de "Terra Guarani". Mas isso não quer dizer de índio guarani. Cada um dos três lados da fronteira tem uma ideia romântica mas irreal do índio. Os três têm problemas. Vejamos.
Exemplo um: Foz do Iguaçu, Brasil. Situação: terra liberada. Não há índio guarani que se diga dono. Aqui não é terra guarani. Eles vieram do Paraguai. Aqui sempre foi terra de ... de quem? É uma abordagem brutal, a nossa. A tera liberadada de indios permitiu nosso progresso. ¡Gracias!
Exemplo dois: Alto Paraná, Paraguai. Foi o útlimo lado a promover a última caçada (literalmente) de índio - "guayaki" - (nome real aché). Por causalidade a música India no Paraguai - "India bella mezcla de diosa y pantera... tem una fantasia romântica com os guayakis - cujo nome real. Os últimos casos de eliminaçáo física de índios para liberar as terras para a especulação imobiliária datam dos anos 70. Daí veio fartura de terras que nós brasileiros compramos e criamos o "brasiguaio". Há guaranis de várias "parcialidades" (tribos) perambulando pelas ruas e lixões do Alto Paraná. Problema sério!
Exemplo três: Província de Misiones, Argentina. É a área que mais tem remanescente de guaranis e especialmente mbyá guarani. São 90 povos. Cerca de 5 mil pessoas. O governo de Misiones tem um funcionariso especial para assutos guarani. Puerto Iguazú - estamos chegando - tem duas populações (aldeias). Yryapu e Mbororé. Segundo entrevista e denúncia feita pelo jornalista Claudio Salvador a uma radio de La Plata e à revista Indy Midia, a densidade demográfica dos Mbyá em Yryapu é 5 vezes maior que a do resto da província. A densidade de Mbororé é 18 vezes maior.
Problema atual
A Argentina está no olho do furacão. O mundo está de olho para ver como a relação entre Mbyas e o Condomínio Hoteleiro deluxo cnstruido em metade das terras indígenas (300 hectares) vai ser resolvido. Os índios conseguiram em 2005 a documentação de posse de 63o hectares. Logo o Governo da Província propôs usar quase a metade para atrair investimentos e capitais. O problema é que algumas famílias Mbyá armaram suas choças bem na estrada de acesso aos hotéis, poluindo, como denunciou um guia de turismo à Radio Cataratas a "imagem turística" da região. Salvador, e cada vez mais gente, acredita que os índios levaram a pior parte pois eles não recebem benefício nenhum do turismo. Tipo: royalties, compensação entre outras. É corda bamba. Hoje se fala muito de responsabilidade social, sustentabilidade, economia solidária e outras novas idéias. Funciona entre os índios o Projeto MATE (Modelo Argentino de Trabajo y Empleo). O verdadeiro modelo argentio é o que o mundo espera ver. Leia a reportagem, escute o audio disponível no final da página. Este é um mundo complexo e estamos quase no Dia do Turismo!
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