quarta-feira, 5 de outubro de 2011

GRAER em Foz! Construam heliportos nos hospitais

O major do Corpo dos Bombeiros da PM do Paraná, Júlio Cesar Pucci me perguntou: os hospitais de Foz do Iguaçu estão prontos para receber feridos e vítimas de acidentes que cheguem via helicóptero? O major Pucci é o comandante do helicóptero da PM (Foto) que participou na Operação Agata 2. O co-piloto é o capitão PM, Adilar Lima. A equipe é formada ainda por um oficial PM enfermeiro. O helicóptero pertence ao GRAER - o Grupo de Operações Aéreas da PM do Paraná cuja história leva àquela famosa visita de Santos Dumont ao Paraná em 1916. Os paranaenses ficaram impressionados com a visita do aviador-em-chefe do Brasil e começaram a conversar sobre a aviação paranaense.

Voltando ao assunto, o comandante Pucci falou sobre o GRAER, o grupo de apoio à operações policiais mas deixou claro que o Grupo Aéreo tem uma missão de apoio muito importante em outras áreas. Apoio a quê? A operações policiais, a operações de resgate e salvamento e a operações de apoio às Defesas Civis - assim no plural - porque pelo menos um helicóptero do GRAER foi ajudar nos resgates e apoio em Petrópolis e Teresópolis no Rio de Janeiro e acaba de voltar de Santa Catarina por causa das cheias. Na conversa, o major disse que se tudo der certo, a Base fixa do GRAER em Foz do Iguaçu pode estar funcionando até dezembro. E a missão incluirá a remoção, transporte e transferência de acidentados da BR- 277 e outras rodovias para hospitais em Foz do Iguaçu e região. Daí a pergunta dele: os hospitais estão preparados? Ele falou sobre a "hora de ouro" dos resgates. O socorro prestado nos primeiros sete minutos após o acidente eleva as chances de sobrevivência de 10% para 70%. Mas de nada adianta a ambulância aérea trazer a vítima até um hospital e que por falta de heliporto no hospital termina aterrizando* no campo de futebol mais próximo. Daí a pergunta: os hospitais estão preparados? A resposta parece ser: N Ã O! Digo assim após observar a bela operação levada a cabo para transportar órgãos doados em Foz do Iguaçu para Pato Branco, no caso do transporte do coração. O helicóptero, cedido pela Receita Federal, aterrizou no Gramadão - que é um campo que serve de palco de eventos na Vila A. Os pilotos de resgate conseguem transformar o helicóptero em ambulância aérea em menos de cinco minutos. Assim a sugestão do capitão para os administradores é: criem estrutura, traduzindo, invistam em heliportos. Não precisa ser sofisticado!

* Como aterrissar e aterrizar estão certos, prefiro a segunda forma!

2 comentários:

Anônimo disse...

Santos Domingo? Não seria Santos Dumont, o pai da aviação?

Bom, mas a ideia do texto é realista, esses dias vi um helicóptero pousando perto do Fórum, ou seja, meio longe do Hospital Municipal. Se tiver um heliponto será bem mais ágil.

Jackson Lima disse...

Obrigado! É Santos Dumont, não sei de onde apareceu Santos Domingo!