Lembrança para meu arquivo: antes do início do trabalho |
Já sei de antemão que uma as das coisas que deverá ser anunciada é sobre a efetivação do Fundo de Promoção Turística do Mercosul. A criação do Fundo foi aprovada pelo CMC ( o grupo que reúne os presidentes do bloco) em 2009. O Congresso Nacional do Brasil aprovou a contribuição do fundo em 2013 com previsão de arrancada já em 2015 - tudo de acordo com política brasiliera da responsabilidade fiscal. Como o Brasil é presidente pró-tempore do Mercosul até julho, resolver este assunto deve ser um dos compromissos da administração brasileira neste semestre. Com o fundo, O Mercosul participará em feiras internacionais de forma conjunta.
Atenção, ninguém está inventando o ovo. Isso já tem acontecido em feiras no Japão onde o Mercosul tem um escritório e o Mercosul já participou de forma conjunta em anos anteriores. Mas como? Graças ao Japão que por meio de sua Agência Japonesa Internacional de Cooperação (JICA - Japan International Cooperation Agency) bancou a participação e deu a arrancada nesse modelo de participação comunitária dos países do Mercosul no Japão. Se ligue na palavra comunitária! Comunidade é o Mercosul - Comunidade Mercosulina assim como existiu a Comunidade Europeia que deu lugar à União (UE).
A participação conjunta na venda do Mercosul lá fora exige que os países façam seus deveres de casa. Além de harmonizar o processo de venda e divulgação lá fora é necessário harmonizar a recepção aqui dentro do Mercosul. Isso evitará a diferença ou assimetria nas regras do atendimento. Hoje todos os países tratam os visitantes de maneira diferenciada. Há países dos quais se exigem vistos. De outros países não se exige vistos.
A política de vistos é muito séria. O brasileiro comum conhece a palavra "reciprocidade" especialmente na área do bateu levou. Hoje o Ministério do Turismo defende a suspensão da necessidade do visto para facilitar a vinda de turistas. Como o visto é uma questão de reciprocidade, o Brasil só suspende a necessidade de visto de quem faz a mesma coisa com ele e isso está na lista dos afazeres do Itamaraty. Outra coisa mais imediata que pode sair da RET_ REM em Foz são os roteiros integrados.
O Mercosul vem trabalhando nisso há tempo. Na velha guarda das propostas criou-se dois roteiros que aparentemente são simples de materializar. UM é o Roteiro das Missões ou Roteiro Jesuíta que acompanha tanto o trajeto dos jesuítas no que hoje são Argentina, Brasil e Paraguai como a declaração de Patrimônio Cultural conjunta - algo que é raro acontecer - para as missões que estão hoje no Rio Grande do Sul, Misiones, Argentina e Itapúa no Paraguai. Polrém, há muitas assimetrias (diferenças), divergências, problemas de estrutura e até de corrupção no trajeto do viajante da Rota das Missões. Mas, a Rota das Missões tem progredido em cada país. Falta harmonizar.
O segundo roteiro teve menos sorte. Chama-se ou chamava-se Rota Gaúcha, Mundo Gaúcho ou Mundo Gaucho. Na harmonização dessa rota, um dos problemas mais sérios começa com a pergunta: o que é gaúcho ou gaucho? Há ligeiras mas sérias diferenças sobre o mundo gaúcho e todas são ricas. A harmonização começa daí.
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