segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Barrio Obrero de CDE teve dia de feirinha e atividades culturais. Agentes de turismo vieram conhecer o projeto


Ontem, domingo, 28, foi dia de festa na Rua (Calle) Trifonio Benitez, em Ciudad del Este (PY). É a rua onde fica a Paróquia San José Obrero no bairro que leva o nome do padroeiro. Uma vez por mês o Departamento de Turismo e História da Prefeitura de CDE organiza atividades e uma feira na rua. O motivo da atenção é que o Barrio Obrero foi o primeiro bairro de Ciudad del Este iniciado com trabalhadores na construção da Ponte Internacional da Amizade. Além da feira e atividades culturais, o ponto alto da atividade é a visita ao Museu do Bairro, o primeiro museu de bairro na região trinacional.
Foram convidados para vir à Rua Trifonio Benitez jornalistas, influencers, agentes de viagens e operadres de Foz do Iguaçu, Puerto Iguazu, Assunção e Curitiba.

Os agentes e operadores convidados ficaram encantados as reprsentante de agências de Associação destacar a oportunidade de conhecer a fronteira de um outro ângulo não só da cidade como um centro de compras voltadas ao turismo. "Aqui veos uma rua, um bairro, una comnidade, uafeirinha e a cultura está aqui, a música, a a gastronomia", lembrou Tania Vega. O empresário do turismo Halisson Benini dirigiu de Curitiba pata atender o convite da Direção de Turismo de CDE e parceiros. Ele já tinha vindo antes a CDE em viagem de reconhecimento para implenetação de propostas mais culturais e mais humanas. Ele elogiou a organização e aproposta das atividades. A diretora de Turismo da cidade Liliana Flores explicou que a feira ocorre uma vez por mês. "Toda a organização aqui hoje é voluntária. Os músicos, os artistas, tudo feito voluntariamente e com muito amor. É o caso do maestro de orquestras filarmônicas que acompanhou no violão a filha Montserrath "Moon" Vera em sua apresentação. (Confira o Video com parte do Show). Ou o violinista Marcelo Carceres, que arrancou aplausos com m´suicas como Waka Waka e Despacito

Halisson Benini da Paraná Tour Operadora de Curitiba, Jackson Lima deste blog, Victor Duarte, da Operadora Cuenca del Plata presente em Foz do Iguaçu e Puerto Iguazu, Tania Vega, da DTP Operadora e Rosário León da Operadora Maral Turismo ambas de Assunção. Não aparecem na foto Kaka Souza da Loumar de Foz do Iguaçu e o jornalista eduardo ortiz da Rádio Ñanduti TV

Gloria Monjelós, gestora cultural tem licenciatura em artes visuais, foi anfitriã do Museu do Bairro durante toda a programação 
O violinista Marcelo Caceres, logo disponibilizo o vídeo (teve um problema técnico).  

O nome dela é Monserrath Vera mas pode chamar de Moon. Moon agradou com músicas como "Girls just want to have fun", no violão (guitarra) acompanhada pelo maestro, promotor filarmônico e orglhoso pai-coruja Juan Ramón Vera (Confira o Video)

As primas Adriana Montserrat Brizuela Mereles de Colonia Independencia, Guairá, e Joana Lujan Franco Mereles de Ciudad del Este. Descobriram sobre as atividades pelas redes sociais

Gloria Monjelós mostra uma das peças do Museo del Barrio, Uma esccultura de ferro  feitas por um artesaão serralheiro brasileiro de nascimento Gabriel Rubik, morador da rua Trifonio Benítez


O Museo del Barrio ainda é pequeno. Está no começo e prec9sa de ajuda e apoio para ser oficializado e fazer parte do sistema de museus como o Museo El Mensú no Centro da cidade. O apoio político, da cidadania e dos apreciadores da ideaia que já inclui o pessoal do turismo da Região Trinaconal que vê com bons olhos o esforço. Os moradores do bairro estão fazendo um abaixo assinado requisitando apoio para iniciativa. Motivos não faltam. O Bairro Obrero é o primeiro bairro de CDE quando ainda era chamada de Puerto Presidente Stroessner. O bairro nasceu em 1962 quando ocorreu o desmantelamento das estrutras de alojamentos para os trabalhadores que vieram de todo o Paraguai para trabalhar na Ponte. No início, 12 famílias foram enviadas para a área do Bairro Obrero.  Essas 12 famílias formam o núcleo dos pioneiros do bairro. A casa onde está o Museo é uma das mais antigas. Pode-se dizer que o Museo del Barrio paga aluguel. O Blog apurou que o aluguel está na faixa do equivalente a R$ 1.000 por mês. É preciso garantir o aluguel no orçmaneto.     
Moradores de diversos bairros da cidade se surpreendem positivamente com a história do bairro

Fotos fazem parte do acervo que começa a crescer



quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Feira de Madri é muito mais que uma exposição de produtos. É uma exposição de tudo

A 44ª edição da Feira Internacional de Turismo (FITUR) de Madri, abre hoje dia 24 e continuará até domingo, 28. Todo ano um pais é apresentado com Honra especial de País Convidado. Este ano será o Equador. O presidente Daniel Noboa estará lá para cortar a fita com os Rei Felipe VI e Letizia. A Feira de Madri é um mundo. Embora seu propósito seja "expor" produtos turísticos de mais de 9 mil empresas e entidades de 152 países, o evento deveria ser destino de todo estudante, acadêmico, jornalista, empresário do turismo para ver e absorver ideias de todo o mundo. Infelizmente ninguém tem tempo de aproveitar tudo o que a Feira oferece. Como cada destino nosso vai a Madri mostrar o seu produto (Foz do Iguaçu, o Brasil em peso, Paraguai, Argentina, Uruguai, Maurício, Micronésia) a Espanha passa batida. Cada região, cada "ayuntamineto, cada vale da Espanha estará lá com seus stands.

Vou dar um exemplo com nome e endereço:
O melhor restaurante da Espanha
A localidade se chama Sardas, com 37 habitantes na província de Huesca. Desta localidade estará em Madri, o Restaurante La Era de los Nogales, vencedor do prêmio "Con Mucho Gusto 2023", por isso aclamado como o Melhor Restaurante da Espanha. O restaurante se apresenta com seu chefe Toño Rodríguez, que por esta hora já é uma estrela. Veja a opinião do Guia Michelin. Conheça o stand de Huesca / Aragón. Foto cortesia Heraldo.es. Veja a programação completa do Brasil / Embratur na Fitur


segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Duas coisas para dizer da estrutura aduaneiro-migratória na Ponte da Amizade: uma boa. Outra ruim

Primeiro a Coisa Boa

As duas coisa foram registradas no sábado, dia 13 de janeiro deste ano. Publiquei o material em duas postagens diferentes no Facebook.

A primeira super positiva:

Feliz domingo
A vista do rio Paraná a partir da área primária aduaneiro-migratória do lado brasileiro da Ponte Internacional da Amizade Brasil-Paraguai, começa a ser alegre e fantasticamente recuperada. Parabenizo as pessoas (porque sempre há pessoas) por trás da iniciativa inicialmente tímida e silenciosa. O propósito desta publicação que reforça a postagem de ontem é compartilhar esta velha postagem de 2006, em um blog quase abandonado chamado Jacksonlima.jor intitulada "Muro Local" Na época eu fazia títulos muito curtos. Na verdade o que eu queria dizer era: O Muro de Berlim Local. O JacksonLimaJor tem muito material da época.

Na postagem de 2006, no fervor das obras para ampliação da estrutura, ps predios antigos foram demolidos. Como havia muitas ações de descaminho e contrabando, com lançamento de objetos para burlar a fiscalização as autoridades decidiram construir um muro. Na postagem eu disse que meu sonho era ver o muro no chão e a vista do rio recuperada. As fotos da postagem no Face, republicadas aqui o rio reaparecendo pouco a pouco. Meu sonho em relação a isso está sendo realizado.
Atenção autoridades envolvidas, está na hora de autorizar suas assessorias de imprensa para que compartilhem o que está acontecendo. É uma notícia que pega bem. Meu conselho! A próxima postagem vai mostrar algo que não pega muito bem! AS fotos da postagem sobre a positiva recuperação da vista do rio e obras de arte da Ponte que continua mais charmosa com passar do tempo. As fotos:

O muro que roubou a vista do rio recebeu pinturas de atrativos turísticos

Esta estradazinha passa por baixo da Ponte da Amizade

O mirante já pode ser visitado sem custo. Obrigado!  

Uma maravilha de Ponte

Muro sendo desmanchado em uma das extremidades
deixando ver a estradinha

Mais uma visão da estradinha


A Segunda não tão positiva:
O texto é grande. Mas o sufoco na Ponte (da Amizade) é maior

Daqui dá para ver o começo da fila lá atrás. Também pode ser chamado de fim da fila. Note um senhor retornando para o começo depois da tentativa de furá-la. 

Junção de filas: a oficial na calçada e a não oficial crescendo abaixo do meio fio um pouco antes do liberou

A coisa ruim

Fase I

Eu e todo o mundo que atravessamos a Ponte Internacional da Amizade a pé no sábado, procedente de Ciudad del Este por volta das 14h, esbarrou com uma fila. O boato na fila é que quem nela estava tinha que apresentar nota fiscal. A fila empacou. Logo quem obedeceu viu pela rabada lateral do olho, um casal de fura-filas passar direto se dirigindo à mesa do desembaraço. Felizmente os guardas terceirizados detectaram os furões e os fizeram voltar para o começo da fila. Infelizmente o número de furões começou a aumentar. Primeiro quatro, depois mais seis, e mais 20, eu perdi a conta, os guardas perderam o controle e uma voz entre os pacientes acatadores da fila anunciou: liberou! Todos alegremente começam a andar. Na mesa do controle, o funcionário, talvez dois, pegou uma maleta para revisar.

Todo mundo continuou a jornada. Para onde? Escutei alguém vociferar um "Oh Não" e outro disse: Catraca! Se quando a boiada estourou eu pensei em gado, agora ao ver a "Catraca", não tive como não pensar em gado de novo. Como na minha frente ia uma senhora com hijab (véu), eu, com minha leve labirintite senti a cabeça rodar e pensei por um momento que estava em Israel em um daqueles postos de controle nas fronteiras de povoados e bairros ocupados da Cisjordânia. Não tive como não falar alto para os companheiros de calvário dizendo que essa catraca parecia coisa de Israel versus Palestina. O senhor árabe confirmou que naquela fronteira tem sim catracas como esta mas com arame farpado.
Daí minha mente me perguntou o que aconteceria se alguém desse um grito de horror, ou se houvesse uma troca de tiro, qual seria a rota de escape para aquela multidão de civis, homens, mulheres, crianças, carrinhos de bebê e cadeiras de roda? Como passariam todas por aquela catraca de uma vez, um por vez? Minha mente perguntou também quem teria inventado essa catraca? Quem fábrica? Na disciplina prevenção de acidentes deve ter um capítulo sobre saídas bloqueadas. Não esqueçamos da Boate Kiss no Brasil e do Shopping Ykua Bolaños no Paraguai. As Três Fronteiras ou Região Trinacional merece respeito por abrigar as Cataratas do Iguaçu, Sítio Sagrado reconhecido por seus próprios méritos etc

Fase 2 - A catraca
A Catraca

Uma pessoa por vez






domingo, 14 de janeiro de 2024

Os Anzoátegui-Peters-Pasini de Foz do Iguaçu

Mara Kosciuk uma iguaçuense descendente dos Peters-Anzoátegui da época da Colônia Militar 

 

O cep 85851-480 Corresponde a uma pequena via  do Centro Velho de Foz do Iguaçu chamada Beco Mathias Peters localizada bem ao lado da Capitania Fluvial do Rio Paraná. A rua não é conhecida do grande público mas, ela honra a memória de um imigrante alemão que nasceu em 26 de agosto de 1863 na pequena cidade de Mönchengladbach na Renânia-Vestfália Norte.

A história conta que Mathias Peters veio para a América do Sul com 32 anos de idade, via Argentina, passando pela cidade de Posadas e pelo antigo Porto de Tucuru-pucú, hoje Hernandarias antes de aportar em Foz do Iguaçu no começo dos anos 1900.  

Sua saída da Alemanha foi motivada pela divulgação da fartura de terra que se noticiava sobre o Brasil e também pelas transformações sócio-política-econômicas que passava a Alemanha no final do século 19. Aqui se integrou no contexto da vida dos paraguaios e brasileiros, típicos campesinos que habitavam nesta região. 

Mathias Peters era contador e trabalhou como guarda-livros no circuito das casas comerciais da época em pleno ciclo da erva mate. A vida de solteiro, acabou logo. Na terça-feira, 25 de agosto de 1903, casou-se com Cândida Anzoátegui, filha de Juan Anzoategui, cônsul do Paraguai em Foz do Iguaçu. Eu tenho desconfiança que os Anzoáteguia tinham ligação com Hernandarias pos já detectei que há Anzoátegui por lá. Em 1904 o casal já estava em Foz  na então Colônia Militar. O casal teve três filhos: Lauro, Nestor e Carlos Magno Hindemburg Peters, todos falecidos.

Mathias Peters foi vereador em Foz do Iguaçu de 1916 a 1920, e na condição de parlamentar dotado de conhecimentos técnicos contribuiu no campo tributário, contábil e, principalmente, nas formulações de ideias que transformou a Vila Iguassu em Município em 1914, auxiliando assim nas legislaturas, inclusive naquela em que se oficializou o atual nome da cidade, passando a chamar-se a partir de 1918 de Foz do Iguaçu. 

Mathias Peters e Candida Anzoategui construíram uma casa na Avenida Jorge Schimmelpfeng que passou a ser o ponto de encontro dos amigos alemães Frederico Engel, Jorge Schimmelpfeng, Cristiano Weirich, August Werner e outros bem como o inglês George (Jorge Samwais). 

Mathias Peters foi sepultado em 29 de julho de 1948, no Mausoléu da Família Peters, Quadra 1, no cemitério São João Batista em Foz do Iguaçu. Netas e netos de Mathias Peters moram em Foz do Iguaçu e contribuíram com essa pesquisa da história dos 200 anos da imigração alemã no Brasil*. 

A visão da família Peters é a de que os historiadores em suas publicações não se aprofundaram sobre o nome de Mathias Peters, assim como tantos outros, talvez por sua característica tímida e elegante de não querer se fazer notar. 

O profesor Adilson Pasini, da Unioeste, casado com uma bisneta de Peters. disse que a família espera que pela sua notória e efetiva participação para o surgimento do município no início do século passado, os atuais governantes reconheçam a sua história homenageando-o  como o verdadeiro e ilustre cidadão pioneiro de Foz do Iguaçu que foi. 

No fim da rua, a Torre de Água de Mönchengladbach. Ainda é uma Caixa d'água municipal (Foto da Trip Advisror)

Notas

O senhor Mathias Peters saiu da Alemanha e de sua pequena cidade, do seu vale, como dizem os paraguaios sem ver duas coias. Primeiro, a criação do time Borusia Mönchegladbach fundado em 1900 e a Mönchengladbach Wasserturm de 1909. A palavra grande não é nada mais que a Torre de Água da cidade, um dos ogulhos da cidade do Mathias Peters.  

Este texto fez parte de ua série escrita para relembrar a história de imigrantes alemães em Foz do Iguaçu e outras cidades de SC e RS para ajudar na comemoraão dos 200 anos da imigração alemã 1824 -2024. Mas, inflrizmente não cheguei a lugar nenhum por que começaram a soprar os demoníacos ventos de guerra. Escolhi Mathias Peters e Kurt Schorottky para fazer minha homenagem pessoal.