terça-feira, 28 de abril de 2015

Um balão nas Cataratas do Iguaçu lado argentino

O balão estacionário das Cataratas Argentinas
Tomo a liberdade de divulgar esta foto publicada no Facebook e já divulgada pelo amigo e fotógrafo Blas Martinez de Posadas que lembra a tentativa nos anos 90 de instalar um balão na área das Cataratas para que os turistas pudessem ver as Cataratas do Iguaçu das alturas sem o barulho dos helicópteros. Blás Martinez a compartilhou de postagem de Ricardo Barrios Arrechea, descendente da família que deu o nomes ao Salto Arrechea das Cataratas. O balão pertencia a empresa Empresa Misionera de Turismo (EMITUR) e era parte da guerra ideológica relacionadas à escolha de  diferentes meios de transporte de turistas dentro dos parques nacionais do último trecho do rio Iguaçu / Iguazú.  Quando o Plano de Revitalização do Parque Nacional do Iguaçu (Brasil) - que não era nem plano e nem previa revitalização do PNI - foi apresentado nos anos 90, ele mencionava um transporte único horizontal para passageiros no interior do Parque. Previa também a existência de um transporte vertical no parque brasileiro e se mostrava contrário ao helicóptero.A foto mostra o meio de transporte vertical que chegou a ser implantado no lado argentino. 

Note que o balão estava estacionado em área que hoje foi retomada pela vegetação. Não existe mais este campo. A construção, atrás, que lembra um farol, era uma torre de observação do que os argentinos chamam de "área cataratas". Hoje ela está desativada. No andar térreo dela funcionou uma lojinha de artesanatos. Também fechada hoje. 

O Farol Mirante das Cataratas no lado Argentino ao redor de 1997


O Farol Mirante hoje ...

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Obras completas de Eduardo Galeano

Coloco aqui, brincando, uma lista que vi em um site. Copiei e colei e perdi o original. Estou procurando para acrescentá-lo. Assim está à disposição. (Achei o original. Aqui está).



Galeano Eduardo – Bocas del tiempo

Dia Internacional da (Mãe) Terra: Feliz dia para todos!



Esta foto da terra foi tirada há pouco, neste dia 22 de abril de 2015, pelo satélite MSG-3 da Agência Espacial Europeia (ESA) para homenagear a Terra e seu dia celebrado desde 1970 para lembrar onde vivemos, a grandeza e a fragilidade de nosso planeta-lar comum.  O Dia da Terra foi lançado em 1970 pelo senador dos EUA Gaylord Nelson para trazer à tona os problemas do planeta até então abordados pela visão de país, de sua administrações e soberanias nacionais. Desde 2009, a ONU referendou o dia aprovando a proposta do governo da Bolívia de instituí-lo como o Dia Internacional da Mãe Terra. Daí o motivo de minha homenagem  à inicitativa de Gaylor Nelson e do Governo da Bolívia colocando em parêntese a palavra "mama", mãe, madre, mother, mатер, 母亲 (chinês) e  母なる em japonês. Mãe Terra foi aprovada pela ONU por ser uma frase-conceito já amplamente usado no mundo por culturas originais como é o caso da "Pacha Mama" quichua e aimará. Note que na lista abaixo, o francês preferiu oficialmente designar o termo "mãe terra" por "Terre Nourricière"ou "Terra Nutridora" o que dá mais sabor ainda ao conceito.  Feliz Dia Internacional da (Mãe) Terra

 
Journée internationale de la Terre nourricière
 Día Internacional de la (Madre) Tierra
Международный День (Матери) - Земли
International (Mother) Earth Day
际地球(母亲)日  
国際(母なる)地球デー

 Veja Resolução nas línguas oficiais da ONU

Árabe  
Chinês
Espanhol
Françês
Inglês
Russo


sexta-feira, 17 de abril de 2015

China e Rússia acham solução para comércio fronteiriço: pagamento online em rublo

Russa prova casaco chinês em loja de Suifenhue (Sinoperi)


Há três décadas a cidade tinha: “uma rodovia, uma lâmpada e um auto
falante que podia  ser escutado na cidade inteira”, diz um artigo de 2006 da revista China Pictorial. Hoje Suifenhue, com 100 mil habitantes  na fronteira com a Rússia é para o país de Vladimir Putin o que Ciudad del Este é para o Brasil. Milhares de russos  desembarcam diariamente para comprar produtos chineses e também interagir, provar comida chinesa e apreciar a arte do colosso asiático. No lado russo, a cidade se chama Pogranichny.  Com os problemas politicos e econômicos mundiais como as sanções comerciais e bancárias à Rússia, a crise da Ucrânia com Rússia tendo pego a Crmeia de volta, mas a queda do rublo (moeda russa) perante o dólar fez a crise querer pegar o trem e desembarcar na região de Pogranichny –Suifenhue.
 
Ruas movimentadas com consumidores russos (China Daily)
Isso fez as autoridades russas e chinesas se sentarem e decidirem resolver o problema. Entra em ação aquela série de medidas que diminuem a dependência do dólar americano. China e Rússia criaram uma ferramenta online de pagamento nas moedas locais. Por meio dos sistema de pagamento online chinês (TradeEase) e russo (Yandex Money) chineses e russos poderão comprar e pagar online. Tenho entendido que nas lojas de Suifenhue já há funcionários habilitados para atender nesta categoria e processar pagamentos online.  Esta simples ação experimental poderá estender-se para outras regiões da China. 


Com gestos, atendente de loja rompe barreira russo-chinesa (China Daily)

Espero que isso sirva de exemplo para que o comércio Brasil – Paraguai, Brasil-Argentina ou inicialmente Ciudad del Este – Brasil (via Foz do Iguaçu) pense na utilização de pagamentos em moedas locais via sistemas de pagamento que já temos ou que venham ser criados. Neste momento, o dólar está alto nos dois lados e o que levanta ou baixa o dólar é a especulação do mercado de divisas. Claro que isso exigirá a iniciativa dos governos federais (nacionais) dos países envolvidos. 



Na estação do trem (Sinoperi.com)

Суйфэньхэ, Китай - YouTube

Audiência Pública sobre CMEIs na Câmara de Foz



Material da CMFI, retransmitido:

A audiência pública que discutiu a falta de vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil – CMEIS, realizada na noite de terça-feira, 14 de abril, no plenário da Câmara de Vereadores, contou com a participação da Sociedade Civil organizada, Vereadores, Promotores, integrantes da Secretaria Municipal da Educação, Conselho Tutelar e outros. A audiência foi proposta pelo Vereador Gessani da Silva (PP), por meio do requerimento n°62/2015, aprovado em sessão pelos parlamentares.

O proponente, Vereador Gessani da Silva (PP), explanou a respeito dos motivos que a levantar o debate. “Diante da realidade que encontramos no município, especialmente com o trabalho da comissão de obras paradas. O CMEI do Jardim Curitibano que abriga cerca de 250 crianças e apresenta dificuldades. Só na região do Porto Meira, estive ontem visitando e tem 15 salas fechadas, visitei basicamente 98% dos CMEIS existentes”, enfatizou o Vereador Gessani da Silva (PP).

O Promotor da Vara da Infância e Juventude, Fernando de Paula Xavier Junior, relatou um pouco no tocante à visão jurídica do que está acontecendo. “O problema da falta de creches (CMEIS) é acompanhado pelo Ministério Público desde 2011 e diante do não atendimento e não cumprimento das vagas faltantes, houve necessidade do ajuizamento de uma ação civil pública. O Processo foi julgado, no final do ano passado e no começo desse ano foi julgada procedente a ação par ao município atender as vagas dos CMEIS”, salientou o Promotor ao afirmar que “nesse processo, merece destaque a ação da Câmara que está indo aos locais verificando os problemas materiais e buscando caminhos para se resolver essa questão, que é gritante. Nós na promotoria recebemos pais desesperados que não têm onde colocar seus filhos”.

Estiveram presentes no evento: Representantes dos Conselhos Tutelares (Sul e Norte); Coordenadora da Rede Proteger; Secretária Municipal da Educação; Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social e os Vereadores: Anice (PT); Luiz Queiroga (DEM); Nilton Bobato (PCdoB); Rudinei de Moura (PROS); Paulo Cesar Queiroz-Coquinho (SD); Hermógenes de Oliveira (PMDB) e Dilto Vitorassi (PV). 

Dentre os aspectos mais abordados durante a discussão, estão: cumprimento dos Direitos da Criança e do Adolescente de direito integral à Educação e necessidade de planejamento das esferas de poder, tanto com relação à questão orçamentária, quanto organizacional, a fim de que o problema de falta de vaga nas creches do município não seja cada vez mais recorrente. 

Gabriel Rugoni, Representante do Conselho Tutelar 1 (SUL), questionou que, “alguns espaços são usados como depósitos e poderiam ser utilizados na área da criança, em benefício delas. O que acontece muitas vezes hoje é que  a criança já nasce com o direito à educação violado, então ela já fica à mercê do crime”. O Representante do Conselho Tutelar 2 (Norte), Paulo Batista, questionou que é “preciso aumentar o número de profissionais para atender  mais crianças no município”.

A Diretora de Educação Infantil da Secretaria Municipal da educação, Fabiane Moraes, ressaltou “O que nos falta hoje é recurso humano. Nós podemos atender as crianças em turno parcial de 4 horas e integral de 7 horas. De repente, se fosse possível repensar horário de entrada e saída das crianças poderia nos auxiliar no sentido de organização”. 

Outro aspecto da qualidade da educação levantado pela Presidente do Sinprefi, Maria Aparecida Rice, “Se queremos educação de qualidade para nossos alunos, isso perpassa também pela hora atividade que o professor tem para preparar os conteúdos para seus alunos e sobre isso precisa dar maior atenção. Quanto, aos coordenadores de CMEIS, eles estão ficando doentes em fazer todo trabalho sozinhos”. 

A Secretária Municipal da Educação, Lisiane Sosa, enfatizou que “conseguimos atender uma grande demanda ano passado, graças aos esforços que os coordenadores dispensaram aos CMEIS. Tivemos de remanejar vagas, dar atenção às crianças portadoras de necessidades especiais. Temos hoje de buscar alternativas, porque nascem cerca de 400 crianças por mês na cidade, então teremos de pensar nisso para o futuro. Precisamos de dois professores por sala, o prefeito está se empenhando e encaminhará a proposta para câmara. Até o dia cinco de cada mês disponibilizaremos a lista de espera das crianças ao Ministério Público e aos Conselhos Tutelares”. 

Ao final de toda a discussão, diante dos problemas abordados, o Vereador Gessani da Silva (PP) propôs como encaminhamento da audiência, um prazo legal para nos reunirmos para ver no que avançarmos. Segunda quinzena de maio para trazer uma proposta de solução. Até porque no final de abril será época de conferência na área de infância e juventude”.  

TRIBUNA

Ricardo Mucelin, Presidente da Associação de moradores da AKLP, abordou que “há falta de planejamento nesse governo, organização do profissional, material humano, devem cumprir com as obrigações políticas. Todo político deve dar atenção à Educação, saúde, segurança e transporte”.
 
José Camilo, Presidente do Bairro Jardim Europa, relatou a situação pela qual enfrenta. “Minha filha está na lista de espera há uns três anos, tem criança que foi colocada depois dela e já tem vaga”.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Vulcanismo: O quem tem a ver as Cataratas do Iguaçu e a ilha de Tristão da Cunha?


Clique para ver uma animação sobre a separação dos continentes
Localização de Tristão da Cunha no meio do Atlântico a 3.200 km de Cabo Frio (RJ)


Áreas de rochas vulcânicas (basalto) na América do Sul e África
Província Magmática Paraná-Entedeka ilustração do site de Tristão da Cunha
Em abril de 2008, sete anos atrás, escrevi neste blog sobre o IV Simpósio de Vulcanismo e Ambientes Associados realizado no Hotel Bella Italia. Destaco o conceito de ambientes associados ao vulcanismo. Foz do Iguaçu está na lista. O vento incluiu uma palestra pública com o título: Fundação e Estruturação do Planeta Terra e sua relação com as Cataratas do Iguaçu. Hoje tomo a liberdade de fazer um link para a postagem da época que continua atual. Lá você vai encontrar uma menção da Ilha britânica do Atlântico Sul chamada Tristão da Cunha  o lugar que hospeda a população humana mais remota do mundo. Nesta postagem trago mapas da ilha que é um vulcão. Ele é parte das ferramentas que a natureza usou para separar as placas continentais e formar o mundo que conhecemos. Como um ambiente associado ao vulcanismo, Foz do Iguaçu está em uma área que foi altamente vulcânica. Essa parte você pode conferir na postagem de 2008. 


A ilha  é um ‘estratovulcão’ formado sobre um núcleo localizado 400 km a leste da cordilheira central do Atlântico. O pico em forma de cone se chama Queen Mary's Peak e está a 2.060 metros sobre o nível do mar. A última erupção dele foi em 1961 quando toda a população foi evacuada e levada para a Inglaterra. Em 2004 houve outra erupção desta vez submarina cujo epicentro estava a 3 mil metros de profundidade no leito do oceano. Lá, atividade vulcânica não é história.    

A ilha que serviu de alavanca para separar os continentes

Queen Mary's Peaké o ponto mais alto da Ilha com 2.060 metros acima do nível do mar
Edinburgo dos Sete Mares - a capital da Ilha 
(Edinburgh of the Seven Seas)