sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Obrigado Mundo, o Carnaval venceu a Zica

Carla Daniele, o filho Victor de seis meses e o marido Claudinei apostaram na festa
 Obrigado Mundo e parabéns Brasil por ter vencido o medo em relação ao vírus da Zika e as sugestões da grande mídia também chamada de mídia corporativa ou mainstream media (inglês). O Telegraph desceu o cacete no Brasil por não ter cancelado a festa e por não incentivado o povo a ficar em casa chorando a “crise” com mdeo da zika, dengue e chikungunya  e o The Economist lembrou que o Brasil festeja à beira do precipício. 

Escutei, e celebro, até que os números do carnaval do Rio este ano foram melhores do que em 2015. A ocupação hoteleira ficou em 85%. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH/RJ). Em Ipanema, a lotação foi de cerca de 92%; Copacabana registrou em torno de 88% e a Barra da Tijuca, 75%. Em 2015, a média geral da cidade foi de 83,79%. Daí meu obrigado mundo! 

Durante o Carnaval 13 navios atracaram na cidade. No domingo, segundo a RioTur 11 estavam atracados simultaneamente, um recorde no Píer Mauá. Deles desembarcaram 130 mil passageiros, enquanto no ano passado, com menor crise, os desembarques foram  70 mil.
Crianças e bolinhas de sabão presentes
Os cariocas e convidados brasileiros e estrangeiros me orgulham. Enquanto a “mainstream media” descrevia um Brasil à beira do precipício as ruas do Rio estavam tomadas de blocos carnavalescos. O Bola Preta puxou 1 milhão de pessoas nas ruas. O Bloco da Preta ‘perneou’ 300 mil. O Bloco da Favorita + Empolga foi seguido por  200 mil. O Sargento Pimenta celebrou com 180 mil. O Simpatia é quase amor também com 180 mil. O Bangalafumenga levou 100 mil. 

Os especialistas em 'economia social carnavalesca' dizem que os números mostram a tendência de crescimento de blocos pequenos e médios, estabilização dos blocos grandes, melhor distribuição de público entre os bairros da cidade. 

E os jornalistas? A cobertura foi feita por 1.282 jornalistas brasileiros, 225 veículos de 9 estados. Estavam lá cobrindo a festa também 287 profissionais de 111 veículos do mundo incluindo o The Telegraph que teve que reconhecer "Cenas Vibrantes enquanto milhares dançam apesar de preocupações com a saúde". A RioTur disse que o destaque para a participação da imprensa internacional vai para os EUA e Inglaterra. Por isso, mais uma vez obrigado. 

Crianças e Mulher Maravilha
Um bloco carnavalesco de Foz
Tudo isso sem falar em carnavais como o do Recife, Salvador, o de Maceió, litoral do Paraná e outros carnavais inclusive o de Foz do Iguaçu que este ano, imaginem, ocorreu no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Charrua. Mas teve e parabenizo um carnaval no Iate Clube Lago de Itaipu (ICLI) no estilo antigo de Foz do Iguaçu quando havia muitos bailes em clubes e, um carnaval no Centro batizado como Carnaval da Saudade. Eu estive lá.

Sorrisos e alegria por toda parte *

As fotos que aparecem nesta postagem são do Carnaval da Saudade de Foz do Iguaçu. Como no horário de verão o sol se pões às 21h, lá por volta das 20h escureceu e choveu. Ninguém foi embora. E em uma ocasião quase mística, para mim, vi todo aquele povo se comunicando com o universo. Eu conto: foi quando um trovão rasgou o silêncio do firmamento e todo aquela bela gente respondeu trovão com um grito. Quem disse que Foz do Iguaçu esqueceu o grito do Sapucái! 

Chuva e a conversa direta com trovão


Conversa linguística

O que é Sapucái? Sapucái – escrito assim em guarani – que originou o a palavra Sapucaí do Brasil é um grito. Há várias espécies de Sapucái: Sapucái da vitória, de dor, de alegria e outros. Confira neste texto (en español) mas, aviso, não gosto da grafia.      
       
      

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