sexta-feira, 28 de junho de 2024

Conselho Municipal de Patrimônio Cultural implementa política pública de preservação do patrimônio cultural


Press Release

Em uma decisão histórica para Foz do Iguaçu, o CEPAC (Conselho Municipal de Patrimônio Cultural) aprovou, durante uma reunião ordinária ocorrida em maio, o tombamento definitivo do obelisco do Marco das Três Fronteiras como patrimônio cultural municipal. Após o encerramento do período de recurso, este se tornou o primeiro tombamento municipal na história de cidade.

Segundo o entendimento dos conselheiros, o obelisco construído em 1903 preenche os critérios previstos na Lei nº 4470/16 e constitui um elemento cultural importante como portador da identidade iguaçuense. A medida deverá impulsionar ainda mais o “turismo cultural” na cidade e poderá aumentar ainda mais a visitação de turistas ao local.

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Fotos lembrança / Fotos recuerdo / Ta'anga Mandu'arã - Dia de São João, Paraguai

Para os amigos brasileiros de Foz, Mundo Novo, Ponta Porã e da fronteira Brasil - Paraguai: estas fotos foram tiradas na manhã de sábado, 22 de junho de 2024 para registrar duas coisas: 
1)  um dia de atividade de alunos do Instituto Superior de Lengua y Cultura Guarani, regional Ciudad del Este para comemorar o San Juán Ára, Dia de São João ou ainda Huã Marangatu Ára como parte da disciplina Literatura Guarani. O evento aconteceu nas dependências da Escuela Basica No. 1530 General Eusebio A. Garay;
2) Registro minha satisfação, alegria e realização de ser parte das atividades o que me dá a oportunidade de aprender a cultura paraguaia desde seu interior. Eu sempre achei que não vale a pena viver na fronteira se não mergulhamos nas culturas vizinhas.Já estou de olho nas atividades do Dia do Folclore em agosto. 

É uma inspiração ver como o Paraguai preserva sua cultura. O curso dura quatro anos. Tanto faz dizer primeiro ano como "primeiro curso". Nas atividades participaram calouros e veteranos: Primeiro Curso -  Mobo'esyry Peteĩha, Segundo Curso - Mbo'esyry Mokõiha, Terceiro Curso - Mbo'esyry Mbohapyha e Quarto Curso - Mbo'esyry Irundyha   

Igreja Tenrikyo completa 10 anos em Foz do Iguaçu

Foto oficial para a história 
Nota:
Estou liberando algumas fotos para registrar o evento que celebrou os 10 anos da transformação da antiga Casa de Divulgação da IgrejaTenrikyo em Foz em Igreja, Voltarei com mais informações. Por enquanto um agradecimento ao reverendo Lioji Kimura, a Junko Kimura, Hatsumi Kimura e a todos os membros da Igreja de origem japonesa em Foz do Iguaçu. Foi elogiada na cerimônia o trabalho com pessoas da comunidade e crianças presentes que participaram no  evento.Várias vezes foram destacadas a alegria e a animação como características desejáveis da religião. 
  


Por um tempo, casamentos e outros eventos religiosos em Foz eram registrados em Posadas

Transcrição parcial do documento logo abaixo:

Vicario Foráneo
San Martin 325
Posadas, Misiones

En el día nueve de Noviembre del año del Señor de mil novecientos siete habiendo procedido la información de libertad y soltería sobre el matrimonio que libremente intentaba contraer D. Manrique M. Neiva de Lima, de veintiun años de edad, natural del Brasil, de estado soltero, domiciliado en la Colonia Militar ... (hijo)  legítimo de Juan Suarez Neiva de Lima, natural del Brasil, y Dna Alcira Neiva Müller de Lima,  
con Dna Jusina Sottomaior Ramos, natural del Brasil, de estado soltera, de veintedos años de edad, domiciliada en la Colonia Militar Foz de Iguazu, hija legitima de D. Manuel Ramos, natural de Brasil, y de Dna Maria Concepción Sottomayor, natural del Brasil, y no habiendo resultado impedimiento alguno canónico, en dispensa de las tres conciliares proclamas y estando habiles en la doctrina cristiana, enterado de su libre y espontàneo consentimiento, ... por palabras de presente IN FACIE ECCLESIAM ... siendo testigos D. Hildebrando Segismundo ... de treintatres años de edad, natural del Brasil, domiciliado en la colonia Militar, y Dna Palmira A.C. Sottomayor Ramos, natural del Brasil, domiciliada en la Colonia Militar ... Jorge Kémerer, cura, párroco y vicário de Posadas...copia fiel del original archivado en esta parroquia ...    
Posadas 25 de mayo de 1947

Tradução livre (google Tradutor)
Vigário Forâneo
San Martin 325
Pousadas, Misiones

Aos nove dias do mês de novembro do ano de Nosso Senhor de mil novecentos e sete, tendo recebido informação sobre liberdade e solteirice sobre o casamento que o Sr. Manrique M. Neiva de Lima, vinte e um anos de idade, natural do Brasil , de Estado solteiro, de livre intenção de contratar, domiciliado na Colônia Militar... (filho legítimo) de Juan Suarez Neiva de Lima (João Soares Neiva de Lima), natural do Brasil, e da senhora Alcira Neiva Müller de Lima (Alzira Müller Neiva de Lima), com a senhora Jusina Sottomaior Ramos , natural do Brasil, solteira, vinte e dois anos de idade, domiciliada na Colônia Militar de Foz do Iguaçu, filha legítima do senhor Manuel Ramos, natural do Brasil, e da senhora Maria Concepción Sottomayor (Maria Conceição Sottomaior), natural do Brasil , e nenhum impedimento canônico tendo resultado, na dispensa das três proclamações conciliares e sendo versado na doutrina cristã, ciente do seu livre e espontâneo consentimento, ... por palavras do presente IN FACIE ECCLESIAM ... sendo testemunha o Sr. Hildebrando Segismundo . .. trinta e três anos de idade, natural do Brasil, domiciliada na Colônia Militar, e Dna Palmira A.C. Sottomayor Ramos, natural do Brasil, domiciliado na Colônia Militar... (assina) Jorge Kémerer, pároco, pároco e vigário de Posadas... cópia fiel do original arquivado nesta paróquia...
Posadas 25 de maio de 1947
 


Dr. Luiz Sérgio Neiva de Lima, bisneto de Dona Alzira e João Soares Neiva de Lima 

Dr, Luiz Sérgio Neiva de Lima e o padre pároco Willian Paiva na Igreja São João Batista  

Kathlen e Izabelle Ferrari, Jackson Lima (eu) e o Dr. Luiz Sérgio Neiva de Lima, na Secretaria da Casa Paroquial  

Documento de 1911 publicado no Jornal do Paraná, destaca o então tenente-coronel João Soares Neiva de Lima, diretor da Colonia Militar   

Ano Jubilar da Paróquia São João Batista
O documento que abre esta publicação é muito importante. Ele é o registro do casamento do senhor Manrique M. Neiva de Lima com a  senhora Jusina Sottomaior Ramos em 1907. O casamento religioso foi registrado no livro de matrimônios da Paróqruia de Posadas hoje capital da província de Misiones, Argentina. Na época Posadas ainda era parte da atual vizinha Província de Corrientes. 

O documento foi compartilhado com as colegas Izabelle e Kathlen Ferrari e a mim durante entrevista com o ex-juiz de direito de Foz do Iguaçu e ex-desembargador Luiz Sérgio Neiva de Lima, bisneto de Manrique e Alzira Neiva de Lima. O centenário da Paróquia São João Batista ajudou a trazer à tona esta parte da história da Foz do Iguaçu quando "os padres vinham de Posadas". Não só vinham de Posadas mas realizavam casamentos, batizados e outras atividades religiosas. O Dr. Sérgio Neiva de Lima, lembrou que os bisavós dele, Dona Alzira e o Sr Manrique casaram em um vapor ancorado no porto de Foz do Iguaçu. 

Esclarecimentos
O documento acima é uma cópia exedida em 1947 - quer dizer alguém requereu uma segunda via assinada pelo então "vigário forâneo" e futuro bispo de Misiones, Dom Jorge Kémerer.  O ano de 1907 marcou o último ano em que a Paróquia de Posadas cuidou dos fiéis na Colônia Militar do Iguassu. Note que o mês em que se registrou o casamento foi novembro de 1907. Nesse momento já estava em pé a ordem do Bispo de Curitiba, Dom João Francisco Braga, para que a Paróquia de Guarapuava incluisse a Colônia Militar em sua área de evangelização.  

Vale a pena notar  as diferenças não só nas grafia dos nomes como a ordem dos sobrenomes. Em Português no Brasil, o nome do pai ocupa o útlimo lugar - o que identifica como nome de família. Em espanhol, o nome final é o da mãe.  Isso se nota no nome da Dona Alzira: Alcira Neiva Müller de Lima (Alzira Müller Neiva de Lima) onde o nome aparece como Neiva Müller de Lima em vez de Alzira Müller Neiva de Lima.   

Relembre             
O que a Dona Alzira fez que garantiu um lugar na história da Paróquia São João Batista? 

segunda-feira, 17 de junho de 2024

A Importância da Congregação do Verbo Divino para a Tríplice Fronteira

 Comemorando os 100 anos da Paróquia São João Batista, Foz do Iguaçu, com uma viagem panorâmica sobre a história da Congregação do Verbo Divino nas fronteiras do Brasil, Argentina e Paraguai 

 


Quando escutamos ou lemos narrativas sobre a história de Foz do Iguaçu é normal encontrar afirmações sobre o abandono da região pelo governo, o que é certo, e da invasão de exploradores estrangeiros com suas línguas (castelhano ou guarani) e suas moedas, no caso do guarani e do peso argentino. No caso dos exploradores, uma peneirada geral e regional por uma ótica de "região onde três países se encontram" no mesmo grau de abandono, passamos por alto, as inúmeras, práticas de integração. 

Ou seja todos estavam juntos. Essa tendência de "amargurar" a imagem do outro lado nos leva a cometer grandes injustiças. Neste artigo,  o propósito é destacar uma injustiça nessa categoria no âmbito religioso. Tenho em mente aqui o caso e a história dos missionários da Congregação do Verbo Divino. Quem procura a história da Igreja Católica em Foz em nossos arquivos vai encontrar afirmações como a que segue abaixo, em destaque:           

        "No início quem dava atendimento religioso era um padre de Posadas, Argentina, que vinha muito esporadicamente a Foz do  Iguaçu, motivo  que fez com que os moradores reclamassem a presença de padres brasileiros que dessem assistência permanente às almas"

segunda-feira, 10 de junho de 2024

O Bairuzú, o rio Paraná, suas ilhas, a fronteira e a importância da Ilha Acarai

Ilha-Parque Provincial  
Esta ilha não é a Acaraí (Acaray) entre Paraguai e Brasil. Acaraí é brasileira porque  está  à direita do canel de navegação  ou do talweg que faz a fronteira. Pode-se dizer que a Ilha acima é irmã da Ilha Acaraí já que ela tem formação semelhante. A ilha da imagem acima é Argentina. O nome dela é Caraguatay. A ilha inteira é um parque que se chama Parque Provincial Caraguatay, localizada na região de Montecarlo, Misiones e é igual à Ilha  Acaraí, uma ilha de fronteira. Não existe ameaça à Ilha Caraguatay, assim como existe à Ilha Acaraí. O status da Ilha argentina Caraguatay está definido. Não é o caso da Ilha Acaray parte de Foz do Iguaçu e de propriedade federal. O uso dado pela Argentina e a Província de Misiones à ilha Caraguatay visa à preservação da Ilha. No caso da ilha brasileira fronteiriça com o Paraguai não há projetos de preservação. Pelo contrário.  Foz do Iguaçu bem que poderia declarar a ilha como uma unidade de conservação em parceria com o Estado e a União tipo "Parque Municipal Ilha Acaraí.
    
Bairuzu ou "Vairusu" 

A foto acima é de um fenômeno do rio Paraná próximo à Ilha Caraguatay. É uma série de redemoinhos que se juntam ao lado da ilha. O nome do redemoinho é Bairuzú. Navegantes de Montecarlo providenciam transporte para os viajantes que chegam para ver de perto o Bairuzú. Vale lembrar que o Bairizú não se forma todos os dias. E quando se forma, o faz de surpresa. Não é um boa ideia ser pego pelo Bairuzú especialmente aquelas pessoas que navegam em canoas e caiaques - um esporte popular na Argentina. São três redemoinhos grandes. O Baíruzú se forma quando a água dos três se encontram. Confira este vídeo sobre o Bairuzú

Visão Iguaçuense do Rio Paraná

A criança de Foz do Iguaçu aprende, se é que aprende que o Rio Paraná em Foz do Iguaçu mede 19 quilômetros entre a barragem da Usina Hidrelétrica de Itaipu até o enconrtro dos rios Iguaçu e Paraná ou seja até a foz so rio Iguaçu. É como se o rio a partir daí não exista. Como se houvesse uma cerca. Essa amputação da visão do rio Paraná ocorreu com  o fechamento das comportas que criou o Lago de Itaipu. Entre a Usina e Guaíra onde havia as Sete Quedas a rica cultura fluvial deu lugar a uma existência lacustre nesse trecho de 190 km. E entre a barragem e a foz do rio Iguaçu passou a existir esse pedaço ou trecho de rio cada vez mais distante da vida dos cidadãos. 

O Paraguai e a Argentina têm 690 quilômetros de fronyeira no Rio Paraná divididas em três trechos (tramos): da foz do Iguaçu  até Corpus (172 km), de Corpus até Itabaté (278 km) e de Itabaté até a foz do rio Paraguai  (170 km).  

Um rio de Ilhas  

No trecho de 690 km entre a foz do rio Iguaçu e a foz do rio Paraguai, o rio Paraná tem 540 ilhas. Não inclui a Ilha Acaraí. Eis mais um motivo para preservar a ilha iguaçuense entre Brasil e Paraguai, entre Foz do Iguaçu e Hernandarias ou ainda entre o Jardim Jupira e o bairro Country Club e outros. 

Dessas 540 ilhas 256 são paraguaias e 285 são argentinas. A soberania dessas ilhas estão resolvidas pelo "método" (modelo) jurídico conhecido como "adjudicação". Não são propriedades demarcadas. Não são demarcadas por não terem "marcos" (hitos) de fronteira e não possuem marcos até por não serem necessários. É o mesmo que acontece nas Cataratas do Iguaçu onde a fronteira nas Cataratas não possui um arco de pedras. De novo, lembro, não ser necessário e ser impossível. Que marco aguentaria uma cheia do rio Iguaçu no interior da Garganta do Diabo?  

Extra!

Para pensar: Das  541 ilhas fluviais do río Paraná entre a barragem da Itaipu Binacional e a foz do rio Paraguai, só uma é brasilera - a ilha Acaraí / Acaray (Acima). Só isso faz dela um patrimônio. Ou as futuras gerações não saberão como era uma ilha brasileira no rio Paraná em seu estado natural.

Para saber mais: 

A fronteira Argentina-Paraguai: Informação Oficial 

Sobre o projeto para a Ilha Acaray aqui no blog, O ponto de apoio para ver o Bairuzú (Vairusu) é o Club de Pesca de Montecarlo, Avenida El Libertador, Puerto Montecarlo, a 122 km de Puerto Iguazu. O clube está a 3km do centro da cidade via (trilha/estrada). 


 

domingo, 9 de junho de 2024

Turismo religioso ou turismo de motivação religiosa cada vez mais presente no Festival das Cataratas

Imagem de Nossa Senhora e os Três Pastorinhos

É uma pena que a Feira e Exposição de Turismo do Festival das Cataratas dure só dois dias. Percorrer os corredores da  exposição é uma viagem sem sair da cidade anfitriã neste caso Foz do Iguaçu. Nesta nota prestei atenção na presença de propostas de turismo religioso, aquele em que as pessoas viajam por motivação religiosa. Pode ser ou não ligado à peregrinação.   

Registrei com alegria a presença de Juranda que tinha um stand na feira-exposição e nesse stand havia a presença de imagens religiosas. Por quê? A explicação é a ocorrência de um milagre atribuido aos tres pastorinhos de Fátima, Portugal. O milagre de Juranda ajudou na canonização das três crianças que testemunharam as aparições de anjos no campo seguido pela aparição de Nossa Senhora de Fátima. 

Mirta Deringer explicava aos visitantes do stand a história do milagre, o que colocou Juranda na lista de lugares com apelo religioso sem esquecer de falar sobre a "JUranda além do Milagre". Coloco Juranda na minha lista também. A canonização dos meninos aconteceu em 2017 quando o Papa Francisco reconheceu o milagre de Juranda como o terceiro milagre necessário para o processo.        


Mirta Deringer no stand de Juranda 

Stand de Juranda

SStand cedido às comunidades Maka do Paraguai e Mbya de POuerto Iguazu

Também com inspiração religiosa, histórica e cultural foi a participação de Puerto Iguazu que trouxe artesanato indígena e alguns de seus autores maka do Paraguai e Mbya guarani de Puerto Iguazu. Uma bandeira com a cruz jesuíta que lembrava as missões jesuitas. A bandeira é hije um convite integração entre os municípios "misioneros" (missioneiros) beneficiários do legado dos 30 Povos da Missões.      
Nossa Senhora do rocio padroeira de Parabaguá e do Paraná

Nossa Senhora do Rocio (Rocío) é a Padroeira do Paraná e como o Paraná começou em Paranaguá, a devoção a ela começou em Paranaguá. O stand de Paranaguá lembrava que Paranaguá não é só o seu respeitado Porto. O Santuário Estadual da N.S. do Rocio é um dos lugares de alta estima na primeira capital do Paraná. 

Paranaguá tem uma área histórica rica em registros. Entre eles está o antigo Colégio dos Jesuítas construído entre  1740 e 1775.  O antigo Colégio dos Jesuítas é sede do atual Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná. 

Logo após a expulsÃo dos Jesuitas dos domínios de Portugal, cinco anos após a finalização do prédio, a Real Fazenda portuguesa confiscou o edifício que hoje é parte do Patrimônio Histórico e Cultural brasileiro designado pelo IPHAN.

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Dia do Meio Ambiente: Alto Solimões quer universidade federal de integração inspirado na UNILA

Tomem seus lugares ao lado da canoa
 

Professora destaca necessidade de curso em taxonomia botânica

Liderança ticuna Sandro Flores agradece o acolhimento da UNILA a estudantes magüta (ticuna)


Prefeito de Benjamin Constant apoia o projeto 

Representantes marubo e matis do Vale do Javari


O mestre de cerimônia chamava as autoridades por nome e pedia que tomassem seus lugares na mesa oficial simbólica. 

Simbólica porque em vez de mesa de autoridades, havia uma canoa amazônica. Na lateral da canoa havia seis paneiros - uns cestos usados para transportar farinha. O pameio de farinha poderia até ser usado como uma medida econômico para indicar o índice da inflação.   

O evento foi I Fórum Internacional de Gestores de Universidades em Território de Fronteira entre os dias 4 e 6.   O fórum defende a instalação da Universidade Federal da Pan-Amazônia (UNIPAM) com sede em Benjamim Constant, AM, cidade separada do Peru pela ilha chamada Islandia a menos de 50 metros do Brasil. O projeto nasce no Instituto de Natureza e Cultura (INC) que pede um universidade dirigida à realidade da Tríplice Fronteira amazônica (Brasil, Colômbia, Peru) com currículos que tratem dos características locais como a fauna e a flora. 

A Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e a Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) são consideradas modelo pelos organizadores do evento. A reitora da Unila, Diana Araujo Pereira esteve presente na audiência pública e paticipou do fórum. Uma liderança da comunidade indígena Filadelfia agradeceu a reitora da Unila pela acolhida a membros de comunidades ticunas (magüta) que estudam ou estudaram na Unila em Foz do Iguaçu. 

Professora Diana Araujo Pereira da UNILA, penúltima à direita
Nota:  

As fotos são reprodução de imagens de transmissão ao vivo. Documento com minuta de projeto será entregue ao MEC, em mãos, ainda este mês





terça-feira, 4 de junho de 2024

Lago Monjolo patrimônio natural de Foz do Iguaçu sob pressão

 

Lago do Parque Monjolo, dia 3 de junho de 2024 

Turistas chineses fotografando aves em Foz do Iguaçu

Foi publicado nas míidas sociais uma nota de um cidadão preocupado que alertava para a possibilidade do Lago do Parque Monjolo está sendo aterrado. Basta lembrar que toda a região da vizinhança chamada Monjolo é área de nascente do rio Monjolo - um rio que parace ter sido condenado. Basta lembrar trambém que Monjolo é o nome de um riozinho; segundo o naturalista, antropólogo e viajante argentino Juan Bautista Ambrosetti, o rio Monjolo ganhou este nome porque fazia funcionar um monjolo na área da Colônia Militar do Iguassú, um dos motivos da Colônia ter escolhido fixar-se no centro e não na área do futuro Coleógio Agrícola.  Portanto, o rio Monjolo é histórico. E deveria ser preservado.
Marcelo Rocha, um guia para observadores de aves, focado e respeitado na Terra das Cataratas (2019)   

E então, o lago está sendo aterrado? Publico aqui uma série de fotos que tirei ontem (3 de junho). E publico também umas fotros do Guia de Turismo reconhecido como uma autoridade nos pásaros e aves de Foz do Iguaçu. Marcelo como guia para observadores de aves aparece nas fotos guiando um casal de observadores que veio da China com suas lentes poderosas para observar aves em um dos melhores locas para ver pásaros e aves em Foz do Iguaçu. Veja os dois grupos de fotos e tentemos ver se houve mudança no formato do lago Acrescentei  outras fotos. 

O turismo de Foz do Iguaçu é sério ou não é sério?
O lago do Monjolo entou na lista de melhores lugares de Foz para a oservação de aves. Uma cidade turistica séria faria o possível para manter os valores naturais deste parque. Providenciaria até uma estrutra para observação. Eu digo que são mais de 50 espécies de passaros. 

Veja mais fotos 
 
A cidade e a civilização estão cercando o parque. É o que em inglês se chama de "encroaching civilization" (se ligue na palavra "encroach") 








Casais de quqero-quero e galinhas d'água. É como se algo tivesse acontecido aos ovos do quero-quero (tero-tero, téu-téu)  

Este quero-quero parece um pouco perdido 



Água secando. Esta água é de nascentes ou da chuva? Faz dias que não chove 

Parece que teve mudança sim

Grama de grameira foi plantada aqui
Bueiro: capta água de chuva. Um dia isso vai alagar geral. O bueiro manda água para onde? 

De publicação do colega Francisco Amarilla no Facebook. E o jacaré? (2022)

Publicação minha em março 2024

Março de 2024 - havia grama onde estão as palmeiras

Março de 2024 - Trabalhadores de empresas da vizinhança observam a intervenção  


Foto de publicação da Rádio Cultura: imagem lavou minha alma

Primeira postagem após as cirurgias de olhos. Vendo de novo. O mundo é lindo.

Outras Publicações sobre o Monjolo no Blog de Foz 

De olho na Fauna do Monjolo: o Parque e o Bairro - o Monjolo das Águas
Parque Monjolo em Foz é um ótimo lugar para observar pássaros
Fique de olho no Parque Monjolo! Poluição ganhou acesso ao lago das nascente do rio Patrimônio de Foz
Material sobre resort de Assunção, Paraguai que apostou na observação de aves e construiu um abrigo-observatório (2021). O Parque Monjolo já poderia ter um desses que não dependeria tanto da oficialidade.


domingo, 2 de junho de 2024

Obrigado Dona Neiva de Lima pela estátua de São João Batista

Incêndio da capela - Foto Harry Schinke
Em 1925, a primeira capela de Foz do Iguaçu foi destruída por um incêndio. Ela já  era chamada São João Batista. A capela fora construída pela comunidade um ano ou um ano e meio antes. ´
Quando ela havia sido concluída, parece que ainda não havia sido decidido qual santo seria o padroeiro da primeira capela da cidade. Logo a situação foi resolvida. A senhora Alzira Neiva, esposa de um militar das forças de intervenção*, tinha uma imagem de São João Batista. 

Afirma a historia que a Dona Alzira Neiva decidiu doar a imagem de São João Batista para a capela fazendo uma única exigência: São João Batista deveria ser o padroeiro de Foz do Iguaçu. E assim foi feito.      
Matriz São João Batista - acervo Rita Araújo

O sangue de Dona Alzira Neiva é representado em Foz do Iguaçu, por um de seus bisnetos. O ex-juiz de direito de Foz do Iguaçu, Luiz Sérgio Neiva de Lima. Quem levantar a história do judiciário estadual em Foz do Iguaçu que inclui a história do prédio onde hoje funciona a Fundação Cultural encontrará o nome do Juiz Sérgio Neiva de Lima. 

   

Dr. Luiz Sérgio Neiva de Lima


Intervenção de quê?

Não esqueçamos que em 1924 parte da Coluna Prestes passou por Foz do Iguaçu. Está ligado àquele capítulo iguaçuense que incluia a fuga em massa dos habitantes da cidade. Mas não de toda a população. O  Sr. José Schlögl que foi personagem de um vídeo da colega Izabelle Ferrari e Cidadão Benemérito pela Câmara Municipal contou que a família dele não fugiu. 

Fugiram as autoridades governamentais e autoridades empresariais na época pessoal ligado às obrajes e exploração da erva mate sob um regime quase de escravidão. Uma das profissões respeitadas da época era a do capataz de erval pessoas com hanbilidades pistoleiras. A Coluna Prestes tinha recebido denúncias desse sistema em todo o território de Foz do Iguaçu que na época ia até Guaíra. Há relatos  que a Coluna fuzilou os capatazes mais "machos". Por isso, em caso de dúvida, ocorreu a fuga para Puerto Aguirre (Puerto Iguazu).

Exército em Foz em '24?

Já ouvi questionamentos sobre a presença de militares do Exército Brasileiro em Foz em 1924 já que, afirma-se, o Exército só voltou a Foz do Iguaçu em 1933. Tem razão quem duvida. Porém é aqui que entra o termo "força de intervenção". A força interventora veio para garantir a ordem, dar tranquilidade à população e restabelecer a paz. É a esta força que as lembranças dos antigos moradores chama de "legalistas" e os da coluna de "rebeldes" ou "revoltosos". O tema da força de intervenção precisa de um estudo aprofundado. 

Parte do legado da Coluna Prestes foi decretar o fim lento mas certeiro do chamado "ciclo da erva mate" em Foz do Iguaçu. O tema da erva mate no Oeste do Paraná é outro que necessita aprofundamento. A memória física do ciclo da erva mate foi enterrado sob as águas do Lago de Itaipu. Lá por volta de 1939, a erva mate em Foz declinou completamente. 

Foto do Dr Luiz Sérgio de Lima é da Revista Nova Fase